Aqui ao pé da porta...
Não preciso de ir ao cinema para ter cowboiada. É quase só chegar à janela...
O interessante é que eu também chego pouco à janela ( e agora com as minhas janelas novas não há barulho que me atinja) ...
Ligo para o telejornal e vejo que no desgraçado do Bairro «Portugal Novo» (OK, já li brincadeiras que chegassem sobre o nome deste bairro...) andou tudo à pancadaria. Eu não dei por nada, abençoadas janelas.
Vivem ali pessoas numa situação estranha. Dizer que a sua situação é ilegal é quase um eufemismo, é mais do que ilegal, aquilo é a bagunça completa. E, pelos vistos, para além de não haver arrendamentos é um pouco o estilo de quem chega primeiro instala-se e até parece que 'despejam' quem lá estejam para se instalarem de novo! Com licença, com licença, agora sou eu!
Duas etnias em confronto, não sendo segredo para ninguém que, neste caso em concreto, a etnia cigana é muitíssimo violenta. Estes ciganos da minha zona, parecem simbolizar todos os preconceitos que se podem ter em relação e eles: não se entende de onde lhes vêm rendimentos que permitam carros de topo de gama, mulheres cobertas de ouro, adolescentes com roupa de marca e telemóveis último modelo, e no supermercado se me cruzo com uma das ciganas a empurrar um carrinho de compras fico apalermada com o valor das mercadorias que ela escolhe...
Bom.
O certo é que entraram em confronto com alguns habitantes deste tal bairro e foi uma guerra aberta, com tiros e carros destruídos. Na manhã de ontem, era o tema de conversa aqui na minha zona, do quiosque de jornais, ao café, à fila para o autocarro...
Mas para quem não viu o telejornal fica aqui o modo como uma das pessoas implicadas descreveu esta história. Faço notar, não apenas o bom português que ele fala, como a excelente gestão do tempo de que dispunha, e o modo ordenado e muito claro como expôs os factos. Além de que temos de reconhecer, é um tipo muito corajoso ao dar assim a cara!Uma bela entrevista Um belo depoimento.
O interessante é que eu também chego pouco à janela ( e agora com as minhas janelas novas não há barulho que me atinja) ...
Ligo para o telejornal e vejo que no desgraçado do Bairro «Portugal Novo» (OK, já li brincadeiras que chegassem sobre o nome deste bairro...) andou tudo à pancadaria. Eu não dei por nada, abençoadas janelas.
Vivem ali pessoas numa situação estranha. Dizer que a sua situação é ilegal é quase um eufemismo, é mais do que ilegal, aquilo é a bagunça completa. E, pelos vistos, para além de não haver arrendamentos é um pouco o estilo de quem chega primeiro instala-se e até parece que 'despejam' quem lá estejam para se instalarem de novo! Com licença, com licença, agora sou eu!
Duas etnias em confronto, não sendo segredo para ninguém que, neste caso em concreto, a etnia cigana é muitíssimo violenta. Estes ciganos da minha zona, parecem simbolizar todos os preconceitos que se podem ter em relação e eles: não se entende de onde lhes vêm rendimentos que permitam carros de topo de gama, mulheres cobertas de ouro, adolescentes com roupa de marca e telemóveis último modelo, e no supermercado se me cruzo com uma das ciganas a empurrar um carrinho de compras fico apalermada com o valor das mercadorias que ela escolhe...
Bom.
O certo é que entraram em confronto com alguns habitantes deste tal bairro e foi uma guerra aberta, com tiros e carros destruídos. Na manhã de ontem, era o tema de conversa aqui na minha zona, do quiosque de jornais, ao café, à fila para o autocarro...
Mas para quem não viu o telejornal fica aqui o modo como uma das pessoas implicadas descreveu esta história. Faço notar, não apenas o bom português que ele fala, como a excelente gestão do tempo de que dispunha, e o modo ordenado e muito claro como expôs os factos. Além de que temos de reconhecer, é um tipo muito corajoso ao dar assim a cara!
13 comentários:
Só tenho uma dúvida e ainda vou reler as notícias para ver se entendi bem.
Vi, algures, que foi efectuada uma prisão depois de umas declarações à TV. Nem quero acreditar que no meio desta história tenha sido este rapaz o único detido?! Não pode ser...
Mas olhem que é o que parece! E ele atreveu-se a dizer que a PSP não fez rigorosamente nada a não ser bater-lhes a eles... Se calhar.
Mas é de pasmar, como tu sublinhas, o fio do discurso e o excelente português que ele falava. Este rapaz não só tem estudos como aproveitou o que estudou.
Ser preto não é ser burro.Não percebo estes comentários e acho-os um bocadinho estranhos.Pois parece que além do discurso ele tb. tinha uma arma de fogo não legalizada.E se foi um dos autores dos disparos(no Rio quem mora ao lado da favela tb costuma não ouvir nada)então a inteligencia é dupla porque fez a sua defesa na praça pública-o que significa um grande entendimento das regras do jogo-muito maior do que o de certos politicos que decidem misturar no mesmo bairro algumas etnias que se dedicam ao que podem dedicar-se, ou seja, ao mesmo a que outros se dedicam com cobertura legal e integram administrações de bancos etc.AB
Eu também ouvi a entrevista e tive exactamente a mesma reacção do que tu.
E continuo a ter.
O rapaz tem uma fluência de argumentos formidável, fala muito bem. Não se repete. Dá os elementos mais importantes da história. E o seu português envergonha muita gente!
Agora acabo de ouvir também na tv que ele foi preso. Custa-me bastante a engolir esta. Então daquela gente toda, o ÚNICO detido foi aquele que poderia ser logo identificado porque deu a cara?! O rapaz tinha uma pistola? E o resto do maralhal tinham os bolsos vazios???
Caiu-me muito mal.
Acho extraordinário.
O resto da maralha ninguém sabe quem foi e ele ao que parece não bufou.AB
O relato do rapaz seria interessante que fosse desmentido o que parece que não está a ser... Ele diz que chegaram cerca de 50 elementos da PSP, e ficaram à espera e seguidamente mais carrinhas com 100 elementos da PSD que ficaram «especados» em frente à esquadra. Que os ciganos meteram as armas numa carrinha e quiseram sair com essa carrinha, eles ('os populares' como diz o rapaz) não o deixaram e foi nessa altura que a PSP os agrediu a eles «heroicamente» à bastonada. Isto é o que se ouve na peça. Ele acrescenta que esses ciganos, os conhece a todos e foram os que provocaram os desacatos da Quinta da Fonte há uns tempos.
Se ele os conhece, um a um, como disse seria interessante que comunicasse isso à polícia. Mas acredito que a polícia tenha algum «receio» de se meter com esse tipo de ciganos.
Preciosa a achega de Ab, pelo menos este não o é.Corre é alto risco de "acidente", dos dois lados aliás.
Mas sempre pensei na composição deste tipo de bairros, e, se separar tudo não é bom, misturar, pelo menos até agora não tem dado resultados.Sugestões? Eu não o consigo ver.
Também ouvi a entrevista e tenho seguido os acontecimentos.
Se bem que acredite que o rapaz é capaz de ter algumas culpas no cartório (quando diz «não não gostamos» ou lá o que disse, foi um engraçado eufemismo!) a verdade é que é completamente impossível aceitar que seja ele o único que no meio disto tudo vai preso - com os irmão espancados e a irmã grávida de 7 meses também espancada...
Então os agressores ficam a assobiar???!
Eu tenho ideia do sítio.
(por acaso é bastante 'curioso' porque fica exactamente nas traseiras do belo edifício que alberga os serviços sociais da Câmara de Lisboa...!)
Parece-me que chamar-lhe «bairro» é algum exagero. Aquilo é no máximo 'uma rua' e nem sequer muito comprida, com uns prédios aí de 4 ou 5 andares. Não corresponde à imagem nem do «bairro da lata» nem da «favela», porque são prédios normais apesar de não beneficiarem de obras de conservação. Aliás é natural porque pelos vistos as casas são «vendidas e compradas» mas legalmente não são deles!!!! Começou por ser uma cooperativa que faliu e cada um ficou com a sua casa mas ilegalmente!....
e a Câmara não poderá olhar para as suas costas e ver aquilo?....
Quanto ao ser um guetto, olhem que não sei. Já experimentaram integrar ciganos num bairro 'normal'?
Quanto à moral da história, já tudo foi dito, por isso deixo só um pequeno apontamento: Depois de ouvirmos este depoimento, pergunto: Será mesmo necessário o Acordo Ortográfico? Só para quem não sabe argumentar, parece-me...
Tens razão, sem-nick, fica na parte de trás dos serviços sociais da Câmara o que pode parecer uma ironia... E para bairro é pequenito, além de que nem está ssim tão degradado como isso. Há muitos prédios de Lisboa mais estragados do que aqueles. Nem «bairro de lata» nem favela, nem nada disso. Claro que são casas com 30 anos que nunca levaram obras, mas lá isso aquela em que eu vivo também...
O complicado ali são os inquilinos? donos? mas naquele caso em concreto, a mistura das etnias (se é que existiram, coisa que está mal explicado) foi espontânea, as casas foram «vendidas» entre eles...
Há muita coisa ali mal explicada.
E desta vez a esquadra está mesmo pegadinha, só lá não foram porque tiveram medo, mais nada. Devem ter assistido a tudo da janela das traseiras da esquadra!...
Que País é este que faz de conta que não sabe o que se passa por ali?Cooperativa abandonada? Trinta anos? Venho pela noite mas nem me ocorre nada para comentar .O rapaz tentou defender-se bem , mas para mim o mais importante nem é o desacato... que acho natural!!
engraçado que foi exactamente no que eu reparei: a forma correcta como o rpaz se exprimia!
melhor que alguns jornalistas!
fiquei pasmada, já que nestas entrevistas de rua é raro alguém falar assim!
Sabes Saltapocinhas, eu não quis comparar com jornalistas, mas para ser franca também me ocorreu... Ou a enorme maioria das pessoas que são apanhadas na rua para lhes pedir uma opinião e gaguejam, atrapalham-se, usam 'bordões' de linguagem, etc. E quanto aos jornalistas, quantos dariam tanta informação em tão pouco tempo?...
Kika, eu conheço este «bairro» que é perto de mim. Realmente começou por ser uma espécie de cooperativa que não se sabe como faliu. Depois foi um descalabro sem ninguém assumir nada até se chegar a este ponto. E o 'curioso' é ficar mesmo encostadinho ao edifício moderníssimo dos serviços sociais da Câmara.
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