«Conta-me como foi...»
É uma série de que já aqui tenho falado várias vezes, porque quando se pode ver na nossa TV um “trabalho asseado” (coisa que não é frequente) é de louvar.
Vai na segunda série de episódios e é feita com bastante rigor, pormenores cuidados desde os anúncios da TV, às toalhas da mesa ou individuais, aos fechos das portas vê-se que a pesquisa foi feita com cuidado, para além dos actores principais serem muito bons.
É curioso, contudo, que existem aspectos que foram decerto levados em conta, e por isso a vida decorre num Bairro popular e um pouco periférico.
Eu interpreto que foi assim escolhido para a mentalidade que é descrita como sendo a dos personagens da série poder ser representativa de uma fatia maior da população portuguesa.
Ora, em conversas que tenho tido com uma amiga, sentimos que naquela altura, finais de 60 e início dos anos 70, entre nós tínhamos um modo de pensar mais liberto, mais solto. Relembrámos situações, e consideramos que algumas das atitudes e modos de pensar que vimos estavam um tanto ‘atrasadas’ no tempo, recordávamos como mais típicas de meados da década de 60.
Contudo, este fim-de-semana, falando com outra amiga que viveu essa época na província, garantia-me que sim senhora, era exactamente assim!
Donde, a conclusão que tenho de tirar, é que afinal o rigor existe mesmo para além dos pormenores que se notam, materiais, mas também quanto aos usos – depende é do local onde se vivia e da classe cultural.
Vai na segunda série de episódios e é feita com bastante rigor, pormenores cuidados desde os anúncios da TV, às toalhas da mesa ou individuais, aos fechos das portas vê-se que a pesquisa foi feita com cuidado, para além dos actores principais serem muito bons.
É curioso, contudo, que existem aspectos que foram decerto levados em conta, e por isso a vida decorre num Bairro popular e um pouco periférico.
Eu interpreto que foi assim escolhido para a mentalidade que é descrita como sendo a dos personagens da série poder ser representativa de uma fatia maior da população portuguesa.
Ora, em conversas que tenho tido com uma amiga, sentimos que naquela altura, finais de 60 e início dos anos 70, entre nós tínhamos um modo de pensar mais liberto, mais solto. Relembrámos situações, e consideramos que algumas das atitudes e modos de pensar que vimos estavam um tanto ‘atrasadas’ no tempo, recordávamos como mais típicas de meados da década de 60.
Contudo, este fim-de-semana, falando com outra amiga que viveu essa época na província, garantia-me que sim senhora, era exactamente assim!
Donde, a conclusão que tenho de tirar, é que afinal o rigor existe mesmo para além dos pormenores que se notam, materiais, mas também quanto aos usos – depende é do local onde se vivia e da classe cultural.
8 comentários:
Às vezes esquece-me de ver, mas depois tenho pena.
Eu penso que devem publicar em DVD, nem sei se não o fizeram já.
Merece!
Vale muito pena ver-se.
E os actores são muito bem escolhidos. Mesmo os secundários são bons.
Sabes que senti um pouco isso que disseste. Houve um episódio ou outro que achei que o 'tempo' não estava certo!
(cliquei para entrar mas queria concluir)
Se calhar também pertencia a uma burguesia urbana que estava um pouco adiantada. Na minha casa eram bastante «estrangeirados» em muita coisa e na forma de pensar...
Ontem não vi, mas considero realmente que desta vez anda a fazer-se um serviço público!
Devia ser obrigatório passar nas escolas, aos meninos que nem sabem o que foi o 25 de Abril!!!
Do "Muito Bom" que se tem feito em televisão, no nosso país. Não perco!
O promenor que referes é tal e qual. A tua amiga que vivia na província, e esses bairros periféricos de Lisboa, eram prolongamentos da "terrinha", as coisas pasavam-se exactamente assim.
Tal como o King, direi que é uma série que merece ser editada em DVD.
estou plenamente convencida que acaba em DVD, porque até vai ter saída.
Eu também só não vejo quando tenho algum impedimento, e tenho a esperança desse DVD para apanhar os que me faltam ver.
é, era mesmo assim!
com a agravante de, na provincia, não termos acesso a muitas coisas a que o Carlitos tem (e falo no Carlitos porque é - ou era - exactamente da minha idade naquela altura!!)
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