segunda-feira, janeiro 12, 2009

Somos bons... lá fora!


Há qualquer coisa de bizarro que deveria despertar a curiosidade de um sociólogo, ou sei lá, de um psicólogo:
Porque é que um português, para ser reconhecidamente competente, tem de sair do seu país? Que terra é esta, de que gostamos tanto mas que abafa o nosso valor?!
Mais um exemplo, e desta vez até parece encomendado: eleita, entre 160 professores nomeados,
a “Professora do ano” na Austrália é... de Barcelos!
Claro que a história que lemos mostra uma professora de uma enorme dedicação ao que faz. Uma senhora que, inclusivamente, tirou carta de condução de veículos de passageiros para levar os alunos a visitas de estudo. Mas, o certo é que ela mesmo reconhece que se estivesse a viver em Portugal como os seus familiares não teria o mesmo sucesso.

Pois é.
A frase publicitária do «vá para fora cá dentro» só serve mesmo para o turismo...



9 comentários:

Anónimo disse...

Esta, como disseste, é oportuna, mas a gente anda a ver isso por todo o lado. Pessoas que por cá andam a espernear para conseguir fazer alguma coisa de jeito, «dão o salto» e de repente aparecem com um prestígio que cá não era
reconhecido. Não é um caso nem dois...

Anónimo disse...

É o conselho que eu dou à malta mais nova.
Emigrem, pá!
Ponham-se a andar!!!!

Anónimo disse...

São uma espécie de plantas transplantadas para melhores terras e melhores nutrientes...Como o King passo a vida a dizer isso:pirem-se que isto nem jangada de pedra já é.AB

Anónimo disse...

Isso é.
Pirarem-se enquanto é tempo.
(o que é chato porque afinal quem se resigna a ficar é quem tem menos iniciativa)
.......
Na minha área profissional, tenho colegas de curso que vivem incomparavelmente melhor do que eu e em países onde a qualidade de vida não se compara com a nossa. Que estúpida que fui!

josé palmeiro disse...

Este é que é o mal. Todos nos revemos nisto e torcemos a orelha, por atempadamente não termos dado o salto e deixarmos as saudades, para trás.

Anónimo disse...

Valorizamos muito o que vem de fora portanto exportamos e depois voltamos a importar, e aí já é muito bom.Há um problema de auto estima talvez, não sei.Olha Mary, sem querer contrariar o teu pensamento que é correcto, tambem tenho alguns colegas curso, com piores qualificaçoes, em muito bons lugares neste pais e bem cá no intimo sinto alguma revolta... Têm sorte
como disse uma vez o Mário Soares ``Tive muita sorte``. Na verdade é um factor a ter em conta.

Anónimo disse...

Tens toda a razão Kika, toda a razão. Mesmo cá, o «segredo do sucesso» é coisa que não se explica bem.
Como disse há colegas que singraram de uma forma magnífica lá fóra. Também tenho visto outros, de qualidade muito semelhante, quer intelectualmente quer pelos conhecimentos que de facto têm, e enquanto uns andam a patinhar em trabalhos sem o menor interesse, os outros conseguem trabalhos de boa qualidade, mesmo cá.
Há muito de sorte, se calhar.
Será a tal «inteligência emocional» de que se fala?...

André disse...

Para mim a grande questão é esta: Ir lá para fora, tudo muito bem, nada contra.

Mas será que já chegámos a um ponto, em que o melhor é desistir, desistir de nós, do país, em alguns casos extremos da nossa língua (vidé a baboseira do acordo ortográfico, né cara!).
Francamente, acho, que malamente, ainda se está melhor no nosso país. Emigrar, talvez só para Nuestros hermanos e pertinho da fronteira, não vá contrair demasiado o pescoço de tanto olhar para trás...

cereja disse...

Claro que a solução da imigração é uma resposta de desespero, Palmeiro. Mesmo quem gosta muito de viajar e conhecer mundo, preferiria a sua terra para trabalhar.
Mas...
O certo é que é preciso primeiro que tudo que exista trabalho, e já agora também seria bom que o trabalho nos desse gosto. e a verdade é que cada vez isso se vê menos.