segunda-feira, janeiro 05, 2009

Proporção

Tenho falado muito pouco aqui nesta última fase da guerra na Palestina.
Acho que é falada em muitos blogs, e até com reflexões correctas, vejo e leio notícias, por um lado ou por outro e tenho a minha opinião que até já aqui a deixei.
Sinto que este é um dos tais casos onde cada um só ouve o que quer ouvir, onde se generaliza demais, onde facilmente se diz que ‘estes’ são TODOS bons e 'aqueles' TODOS maus. As discussões que tenho ouvido parecem muitas vezes conversas de surdos.
Em comentários a notícias ou em blogs que falam no assunto, tenho ouvido que se há mais mortos palestinianos do que israelitas é porque Israel está a ganhar a guerra, uma vez que está a matar mais militares e ‘terroristas’. A morte de civis é esquecida, ou isso são ‘danos colaterais’.
Se os números não mentem, resta apenas comparar as mortes de crianças de um lado e outro, durante os últimos 8 anos.
Não se pode dizer mais nada.
São crianças.
Alvos militares?...



11 comentários:

Anónimo disse...

Tens toda a razão na conversa de surdos.s posições estão tomadas à partida e cada um só ouve o que quer ouvir.
O certo é que o Hamas foi eleito, coisa que estranhamente parece estarem a esquecer-se. Gostem ou não dos resultados, houve eleições!....

Anónimo disse...

Se calhar o meu inglês fica a desejar mas ... «white phosphorus shells» não é uma «arma de destruição massiva»?!
E a a Europa ainda começou por falar em «guerra defensiva«?... Alguém anda doido!

Anónimo disse...

Já aqui tinha saudado o «Regresso do Zorro» e volto a fazê-lo.
Ainda bem que voltou aos comentários.

josé palmeiro disse...

Saudo o regresso do Zorro e um Olá especial para o King. Bom dia a todos!
Sobre o que escreveste e mostraste, ablolutamente irrefutável!!!
Só não vê, quem não quer.

André disse...

O certo é que existe um inapelável poderio militar de um dos lados, legitimado internacionalmente pelo contendor civilizacional dominante; daí ao branqueamento vai um curto passo, como se o valor da vida humana não fosse um fim em si mesmo. Se auscultarmos bem o público médio português (fico-me por esse), veremos que os Árabes são descritos como algo muito próximo da bestialidade animal. Com uma propaganda assim tão eficaz é fácil teorizar acerca desse mal endémico, chamado civilização e progresso; a premissa é, em si mesma, uma mentira, a qual encerra, pelo seu lado, um "je ne sais quoi" de sedução, que nos faz sentir melhores e mais sofisticados...
O que me conforta é saber que o nosso estado de desenvolvimento mental é ainda embrionário, e que há, efectivamente, uma terra prometida para quem lá chegar em primeiro lugar!

Anónimo disse...

Fotos excecionais, como é hábito."Arrastão" traz um importante artigo sobre este assunto,não tão surdo como alguns pensarão,com uma parte mais históricas que me parece bom recordar. Creio que é do Mário Tomé.

Anónimo disse...

Também achei que a foto da criança a olhar para o tank diz tudo.
Podem dar-lhe as voltas que quiserem, mas o Hamas foi eleito (mesmo que depois tivessem feito um Golpe de Estado) e quem vive na Faixa de Gaza não pode fugir para lado nenhum... Parece uma guerra de extermínio.

Anónimo disse...

Tudo isto faz uma confusão do caraças!
Como é que um povo vítima do holocausto, e perseguido séculos e séculos, pode virar sionista e passar a atacar deste modo?...
Claro que como tu dizes nem uns nem outros são TODOS isto ou aquilo, mas esta questão arrepia-me muito.

Anónimo disse...

È terrivel desde sempre.Tudo mal desde a 2ªGuerra.Ouvi e vi muita coisa também.È verdade que os alvos civis ,sendo crianças ainda por cima ,é de ums ignominia sem nome mas não é menos verdade que o Hamas tem armazenamentos de armas nas escolas.Sei que é falta de meios mais sofisticados, como Israel tem, uma potencia cujo exercito é dos mais bem equipados e organizados do planeta.Nada disto tem fim à vista.AB

Anónimo disse...

Concordo com AB,mas tambem não devemos esquecer que o Hamas é grupo guerrilheiro que não dá paz a Israel Foi a um dirigente do Hamas que ouvi a frase que há dias deixei aqui" o objectivo da nossa vida é o martirio" Havia negociações em curso que foram interrompidas pelo Hamas.Nas guerras sempre houve ou haverá vitimas inocentes.Obviamente que há desproporção, o que é natural.
Lamento que tenha começado algo cujo fim e consequencias desconhecemos para a Humanidade,Quem sabe?? Não gosto de radicalismos e fanatismos e outras coisas terminadas em " ismos" Só desejo que tudo seja breve.

cereja disse...

É uma história horrorosa.
Dizem no noticiário da uma que a ajuda humanitária entrou finalmente lá com água, trigo para pão e medicamentos. Até isso estava a faltar, a base da base.