sexta-feira, janeiro 02, 2009

«Chumbo endurecido»

A guerra continua.
Duríssima.
Chama-se a esta ofensiva israelita «operação chumbo endurecido»

Após 7 dias de bombardeamentos com mais de 400 mortos, e 2.000 feridos a ‘faixa de gaza’ é um caos pior do que já era. A
União Europeia tentou uma intervenção de pacificação não aceite.
Claro que aparecem sondagens a dizer que esta operação é apoiada por 70% dos israelitas, e possivelmente, por um número idêntico de palestinianos.


Até quando?


Havia rumores por aí, que o período entre o final das eleições americanas e a entrada em acção da Administração Obama ia ser duríssimo, de modo a conquistar pontos não negociáveis e a colocar o novo presidente numa posição dificílima.
Até à data isso não parece desmentido.
A política no seu sentido mais maquiavélico.


11 comentários:

Anónimo disse...

Andava a estranhar que não dissesses nada....
Também é certo que há pouco que dizer.

Essa ideia de «aproveitar» a mudança de Presidentes para dar forte e feio, já tinha ouvido assim no ar. É verosímil, mas eles dão-lhe o ano todo. Talvez não tanto...

Anónimo disse...

Interessante o link que nos dá mais informação que o Público (que não dá nenhuma...)
É giro os nomes de código que as guerras vão tendo. Pelo que ali diz o Chumbo Endurecido refere-se a ... um poema para
crianças!
Refere-se à festa Hanukkah.

(outros nomes 'poéticos' tinham sido Vinhas da Ira , Dia de Penitência, Chuva de Verão, Nuvens de Outono, Inverno Quente.)

cereja disse...

Estou a tentar responder mas a fire-wall aqui da minha net está a dar sinais de fraqueza, estou a apanhar com uma chuva de vírus que me obriga a desligar várias vezes o pc...

Também acho 'interessante' a escolha de termos poéticos para operações militares.
De resto, esta história do David e Golias dá-me volta ao estômago.

josé palmeiro disse...

Talvez por com ela ter convivido e essencialmente por convicção, sinta uma repulsa enorme pela guerra!
Não a consigo entender e por maioria de razões, esta, ainda menos.
Para amenizar um pouco o diálogo, vou contar uma história que se contava, nos finais de sessenta, princípios de setenta. A Guerra Colonial, estava em estretor, no teatro de guerra da Guiné desenrrolava-se mais uma operação, no solo um grupo de combate era comandado pelo Pardal(nome próprio de quem comandava o grupo), nos ares, bem longe do conflito, voava uma Dornier com o comandante supremo da operação que dava pelo nome de código de "Falcão".
Pela rádio estabeleceu-se o seguinte diálogo: "Daqui Falcão, Daqui Falcão:— Pardal ataca!, Pardal, ataca!
No solo o nosso amigo Pardal com o seu grupo bem escondido e completamente fora do combate, responde: "Não posso, o Pardal está no ninho, ataque voçê!"
As possíveis consequências, felismente desapareceram, pois o 25 de Abril estava, demasiado perto...
Quando é que os povos de Gaza e da Cijordânia, terão o seu 25 de Abril???

Anónimo disse...

Maquiavélico mesmo, e olha que já tinha ouvido essa!

A tua história é formidável, Zé Palmeiro!!!

Anónimo disse...

Quando para alguns seres humanos o objectivo de vida é o martirio, para mim está tudo dito

André disse...

As conspirações das cúpulas, das antecâmaras de poder, que arremataram o Kennedy quando este se tornou incómodo, despertaram. Muito trabalho vão ter nos próximos anos os profissionais dos serviços secretos americanos para proteger Obama das ameaças endógenas. Conspirações à parte, não se vislumbram soluções imediatas para o que se está a passar...

Anónimo disse...

Mas Kika, ao pensarmos que, como dizes «para alguns seres humanos o objectivo de vida é o martírio», dá bem a ideia de que a vida propriamente dita é outro martírio... Como será viver assim?

Quando se pensa nos cristãos que desejavam o martírio para ir para o céu, há alguma analogia, mas não era 'auto-martírio' e os outros iam sozinhos.
Neste caso está tudo muito baralhado, mas a força sionista é esmagadora, cega e surda. Isto sem pretender defender o Hamas nem os seus métodos, mas desigualdade de meios é chocante...

Anónimo disse...

Estou muito de acordo com RS, no salto de Kikas não @ acompanho, embora talvez tente compreender um bocadinho.
Não são só os meios que diferem, tudo me parece diferente, desde as convicções mais básicas, até ao valor dado à pessoa, à vida.Estamos em plena barbárie no seculo XXI, e praticada por descendentes de quem foi objeto da maior do século passado ( o que aliás não é bem verdade, pois muitos dos que barbarizam agora nada têm a ver com pessoas que tenham morrido ou vivido nas alemanhas ).
Desculpa Rs se foi uma interpretação muito extensiva, como dizem alguns juristas, mas foi onde o pensamento me levou, e só travei quase no limite.
Evidentemente que o periodo nem bush nem obama ia ser perigoso, falava-se até na invasão do Irão.Pessoalmente julgo que estão combinados, para bush já é indiferente,fora o gozo que lhe dá matar islamistas e para obama, se restar alguem vivo depois do dia 20, alguma pedra sobre pedra,pode permitir-lhe aparecer "de mãos limpas", sem -visiveis- manchas de sangue, feito pomba, e arranjar ou fingir que arranja uma ""paz"" qualquer.Nesta matéria não me parece que se possa ter fé nalguma mudança da política da administração americana, como se pode depreender das ligações do staff que escolheu.

Anónimo disse...

Palmeiro, achas mesmo que os serviços secretos quererão proteger obama. se esta vier a ser incómodo? Creio bem que, pelo menos muitos não estarão interessados. A ver vamos.

cereja disse...

FJ, estás a pensar na teoria «Quem matou Kennedy?» (e já agora o Bobby também)
Mas este Palmeiro júnior ainda não era nascido na época. Para nós é que algumas 'teorias da conspiração' nos deixam a pensar...