Poesia
Natal
Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Stou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!
Fernando Pessoa
(é quase inevitável, nesta altura do ano evocar esta poesia...)
10 comentários:
Fernando Pessoa é o meu poeta preferido , mas agora vou tratar da minha saude e bem estar fazendo uma aulinha de Pilates e está na hora de me por a andar
Como dizes é um dos poemas que mos ocorrem de imediato.
E Pessoa é sempre Pessoa...Neste caso um doce/amargo.
«Natal... Na província neva.»
Quem não sabe de cor?!
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!
Como é actual porra!
O poema é ... Pessoa.
Não dá para nos pormos com classificações. Mas é triste, Emiéle. É mesmo triste!!!
Claro que não será «anti-Natal» mas fala de facto do «outro natal» como aqui disse o André, que actual que é!"!!!
Fui 'atrás' do André e fiquei a conhecer algumas coisa dele (excepto o blog, se é que o tem) e para além disso uma dúvida: Palmeiro não é um nome corriqueiro.
É da família aqui do nosso colega de tertúlia?...
sem nick, amigo, se fores a factor_infra.blogs.sapo.pt encontras lá umas coisitas de minha lavra. Quanto ao Palmeiro, sim, não é apenas coincidência...
Claro que é triste, sem-nick. Desencantada, talvez.
Mas é um certo contraponto a outros Natais muito festivos (talvez exageradamente...
Pois André Palmeiro, eu linha feito a ligação. Senti-me muito solidária pelo roubo do teu portátil (roubo e destruição!) Obrigada pelas visitas que tens feito, vou passar a visitar mais o factor_infra. :)
Eu ontem não estive cá e, ao dar estes passos hoje, fico com o coração apertado e ao mesmo tempo feliz.
Apertado, pelo poema e pela situação em que o André se encontra. Ele é, neste momento, o elemento ausente, desta família! Todos os outros es encontram em S. Miguel e ele não. Razões imperiosas o justificam mas, a similitude com o poema, é demais. A juntar a tudo isso, passam hoje 39 anos de uma vida conjunta que nos deu os filhos que hoje temos, o que torna as coisas com duas vertentes uma alegre e outra triste, pois não foi possível reuni-los a todos, mas, sabemo-lo connosco.Esta é a parte que nos deixa contentes...
A visita inesperada da minha neta, fez-me perder o fio à meada, mas, retomo-o aqui, dizia eu que a parte que me deixa contente tem a ver com voçês, meus amigos, pela força que estão a dar ao "factor_infra", essencialmente, porque a sei, sincera!
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