Um escândalo
As minas de Aljustrel estiveram paradas durante 13 anos. Mineiros sem trabalho, famílias desesperadas. Em meados de 2006 foi reaberta, iniciaram-se trabalhos preparatórios e este ano a 19 de Maio foram oficialmente reabertas, com a alegre presença de uns senhores importantes.
Voltaram a funcionar com satisfação de toda a gente. Era um passo em frente. Trabalho para muita gente. A esperança. luz ao fundo do túnel no sentido literal do termo.
Mas o incrível acontece:
Poucos meses depois, a Lundin Mining Corporation, a empresa dona dos dois complexos mineiros alentejanos, Neves-Corvo e Aljustrel, decide a suspender a extracção e produção de zinco (embora continue a extracção e produção de cobre) até que "haja uma recuperação dos preços" daquele metal no mercado
Isto é possível? Quando se imaginava que para o ano estivesse tudo a funcionar em pleno...? Quando a inauguração meteu o Primeiro-Ministro, e muita gente a auto-congratular-se?!
Fica-se à espera que os preços subam.(???!!!)
Mas que estudos é que foram feitos para decidir reabrir as minas? Em meia dúzia de meses muda tudo radicalmente.
Alguém foi inacreditavelmente incompetente, e não foram os mineiros.
Mas o incrível acontece:
Poucos meses depois, a Lundin Mining Corporation, a empresa dona dos dois complexos mineiros alentejanos, Neves-Corvo e Aljustrel, decide a suspender a extracção e produção de zinco (embora continue a extracção e produção de cobre) até que "haja uma recuperação dos preços" daquele metal no mercado
Isto é possível? Quando se imaginava que para o ano estivesse tudo a funcionar em pleno...? Quando a inauguração meteu o Primeiro-Ministro, e muita gente a auto-congratular-se?!
Fica-se à espera que os preços subam.(???!!!)
Mas que estudos é que foram feitos para decidir reabrir as minas? Em meia dúzia de meses muda tudo radicalmente.
Alguém foi inacreditavelmente incompetente, e não foram os mineiros.
10 comentários:
A imagem é de uma beleza enorme!
Não se pode pô-la maior?....
Quanto à história é de loucos!
Então inauguram uma coisa que suspendem 6 meses depois?... Os estudos eram só para o mês seguinte?
Parece que já há uma outra proposta de compra para a exploração.Lembram-se do projecto-modelo Thierry-Roussel?Noutra área aconteceu rigorosamente o mesmo.Às vezes estes investimentos "justificam"só por si dinheiro que "precisa" de ser "apenas"justificado.Os resultados já não interessam a quem investiu.No caso Thierry o Cavaquismo deu palmas e deitou foguetes,Depois calou-se e os plasticos das estufas lá ficaram a fazer do Brejão uma paisagem fantasma durante anos.COm as minas e toda a carga "operária" que comportam não acredito que os poderes neste momento não façam algum esforço...(devem ter posto um site no Magalhães para compra ou pedido a um director do Banco de Portugal se por acaso no Brasil.etc,etc,)AB
A beleza da foto é igual ao perigo ecológico que a mesma representa.
Este caso é paradigmádito, como a AB tão bem expõe citando o caso, Thierry-Roussel. Estes grandes empórios, sem sequer investir um cêntimo, instalam-se, criam expectativas, e depois, quando teriam que começar a investir do "seu", dão o fora, sem remissão e sem que os governos, que os aplaudiram e eleveram aos mais altos píncaros, tenham, uma qualquer possibilidade de lhes exigir qualquer retorno.
A foto é tão linda que deve ter sido 'trabalhada' com o photoshop ou coisa assim! Parece uma paisagem de um planeta distante todo de prata e oiro!
Apetece-me deixa-la como savescreen!
também ouvi que andam a negociar qualquer coisa, e as minas não pararam completamente.
Mas a base do que dizes, é certa: quando fizeram os estudos e planos não levaram em linha de conta as oscilações do mercado?
Conheço um casal que montou uma loja. desde que abriu que eles sempre têm dito que o primeiro ano é para «fazerem nome». Planearam tudo, de modo conseguirem sobreviver com o mínimo dos mínimos. a verdade é que agora já «têm nome» a a empresa vai lindamente, mas ainda há pouco a senhora me disse que o primeiro ano foi muito, muito difícil. Mas isso estava já nos planos que fizerem.
Neste caso, é espantoso como 6 meses depois há esta 'paragem'....
É isso mesmo, Mary.
O que me chocou foi a ligeireza como tão pouco tempo depois se deixa as pessoas de coração nas mãos.
Tess, infelismente, não é outro planeta, nem recurso ao photoshop, são o resultado das escórias e escorrências, resultantes da exploração da mina.
À Tess,que admira paisagens de outro "planeta",aconselho vivamente uma viagem a Lanzarote.Não,não tem a ver com Saramago mas com a própria ilha.Vá,suba a "montanha do fogo" e depois diga-me o que é fascinio pelos tais tons de oiro,prata,olivina,brique com muito metal à mistura...Inesquecivel.AB
É tudo investimento para o lixo, acho tudo muito amoral, mas parece que o problema desta vez vai ser . resolvido, pelo menos por uns tempos. Quanto á imagem belissima!!!!
Pode ser que se resolva ou pode ser que não. A TSF diz:
José Sócrates confirmou que há um grupo internacional interessado em comprar as minas de Aljustrel[....] Entretanto, os sindicalistas falam em tentativas de forçar os trabalhadores a rescindir.
Eu percebo bem o comentário do Zé Palmeiro, a imagem é linda mas «o resultado das escórias e escorrências, resultantes da exploração da mina» ou seja, afinal é uma espécie de lixo...
Mas fica tão bonito!....
AB - Tenho pena de quando fui às Canárias a estadia em Lanzarote foi muito curta. Não subi lá acima e por aquilo que me tens dito é um espectáculo maravilhoso.
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