segunda-feira, novembro 24, 2008

Ponto de equilíbrio



O equilíbrio é necessário para tudo, é evidente. O que é demais, é demais, o que é de menos é de menos. Estamos fartinhos de saber isso.

E há casos onde entra pelos olhos a dentro o que é «isso» do demais ou de menos. A comida é um exemplo óptimo – quando se come de menos sentimos fome, se exageramos ficamos enfartados. E é também um bom exemplo porque não só depende de pessoa para pessoa, como também é uma coisa que ‘se aprende’. Se por um lado há quem coma pouco pelos valores normais mas seja o suficiente para o seu organismo e o oposto, quem precise de bastante ‘combustível’ para se sentir confortável - também é verdade que comer bem é coisa que se aprende. Actualmente há campanhas para ensinar a comer, concluiu-se por exemplo que os japoneses comem muito menores quantidades do que os europeus mas vivem mais saudáveis e mais anos…
Bem, mas desviei-me daquilo que vinha contar, e que era o tal ponto de equilíbrio no vestuário.
O «vestir-se bem» também depende de pessoa para pessoa. Pode ir do extremo de quem ligue muita importância à moda e àquilo que ‘se usa’, a quem se vista sempre do mesmo modo porque sente que aquilo é que lhe fica bem, mas em qualquer dos casos podem vestir-se até muito bem (ou muito mal, para o caso é igual)
Contudo pode ser chato e desconfortável quando uma pessoa se sente «mal vestida» como me estava a contar uma amiga minha.

Tinha sido convidada para uma festa. Festa grande. Um aniversário de casamento. Portanto ela, que usualmente se veste de um modo muito descontraído, jeans e tee/sweatshirt, dessa vez até me pediu conselho. Fomos escolher ao roupeiro uma saia, calçou sapatos com um pouco de salto, e escolhemos uma blusa mais sofisticada do que o que costuma vestir. Achei que ia lindamente!
Telefonei-lhe no dia seguinte. «Então?!» «Ai, menina! A festa foi muito agradável, as pessoas giras, ela gostou muito da prenda, mas…» «Mas quê?! Tu não estavas bem?!!!»
«Nãããão!» Fiquei pasma. Essa agora? É que os outros amigos tinham ido directamente do trabalho, parece. Tudo de jeans, ténis ou botas, camisolonas, ou seja vestidas como todos os dias. A única que se tinha aperaltado, era ela!!!
A única mal vestida, é claro! Que mal se sentiu…


12 comentários:

Anónimo disse...

Este é um post um tanto «feminino» que nós não sentimos assim tanto essa pressão de se estar 'bem vestido', mas não somos tão isentos como se pode crer.
Já passei exactamente por isso! Mas para nós é mais fácil, tirar a gravata e abrir a gola da camisa, por exemplo. Fica-se logo com aspecto descontraído sem grande custo.

josé palmeiro disse...

Acho que o King, já disse o ponto de vista masculino. Concordo inteiramente com ele, às vezes também passamos por essas situações.

Anónimo disse...

Cá está!
Quando é «demais» já não é «bem»!
O «bem vestida demais» o que também se chama «produzida» acaba por ser «mal vestida»!

Anónimo disse...

Tadinho do elefante!

Olhem que é maldade!!!!

Anónimo disse...

Essa coisa do bem vestido e do malvestido aqui com a Emiele tem que se lhe diga.Se eu me pusesse para aqui a contar umas histórias duma célebre ida ao S.Carlos...Mas não deixei de achar imensa graça a vê-la de "conselheira de moda".AB

Anónimo disse...

Conta! Conta! Conta lá, AB!!!!

Eu imagino a Emiéle a vestir-se muito descontraidamente e a ligar pouco à moda.
E de facto o vestir «bem demais» é tão constrangedor como o vestir «mal demais».
O pior é esse equilíbrio!

Anónimo disse...

E já agora, cá por mim penso que essa coisa dos géneros na preocupação da moda está cada vez mais diluída. Encontro muitos homens a pensar que «vão bem» assim ou assado. e a pedir conselho ás mulheres, o que dantes eram elas que vinham espontaneamente dar.
Agora já perguntam: achas que isto liga bem com aquilo?...

Anónimo disse...

As vezes no cabeleireiro ponho-me a cuscar as revistas do jet-set e constato que as pessoas acabam por ficar vestidas com tão mau gosto ,pelo exagero , e por não terem a noção da idade ,por exemplo. Então nos casamentos parece que é quando tudo lhes corre pior e em abono da verdade a mim tambem.O equilibrio do elefante era ideal, mas era na roupa e não no elefante coitadinho..

cereja disse...

Olá, olá!!!
Venho aqui dar umas respostinhas breves que hoje estou de saída,
Primeiro - a AB pode contar à vontade essa toillete do S.Carlos, que foi realmente a primeira vez que me vesti mais ... sei lá como! E entregue a mim própria nem sabia o que devia levar. Se ela contar eu depois acrescento a vergonha que passei quando confundi um senhor de farda (sabe-se lá se um general) com o porteiro....

Claro que isso de moda cada um tem as suas ideias, o que eu queria dizer é que muitas vezes pode estar-se «bem vestido» demais o que significa «mal vestido»!

saltapocinhas disse...

deve ser pior do que estar "casual" numa festa chique!
além de que estar assim vestido não dá jeito nenhum! eu odeio!

cereja disse...

Pois é isso, Saltapocinhas. O contra´rio é menos constrangedor!!!
E ela não estava assim lá muito chic, mas enfim, ia com saia que é coisa nunca usa, uma écharpe, sapatos de salto, e umas bijouteries mais sofisticadas.
O suficiente para destoar.

Anónimo disse...

È mais ou menos a mesma coisa que estar vestido na praia do Meco.AB