quarta-feira, outubro 15, 2008

Queixinhas!...


Há algumas coisas que sempre me fizeram impressão.
Ainda há pouco tempo falei por aqui na questão da Inveja e coloquei-me numa determinada posição, porque entendia que quando se inveja algo de uma pessoa é por querer esse algo também para si, nem sequer imaginava que podia ser desejado que, ao contrário, essa pessoa não tivesse aquilo que era o motivo da tal inveja.
Afinal sou uma palerma, ingénua.
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas queixou-se ao Provedor de Justiça, porque as famílias monoparentais são beneficiadas no IRS.
Portanto é melhor acabar com essa escandaleira.
Eu sou das pessoas que mais tem falado que é indispensável um incentivo à natalidade e enquanto as coisas estiverem como estão é natural que a curva continue a descer como nos últimos anos. Outros países europeus, como a França, por exemplo, andam a apoiar de um modo concreto a natalidade, e vejo nos países nórdicos, onde há uma boa política social, que é fácil ter-se um filho.
Ora uma coisa é apoiar na prática a possibilidade de se criar mais filhos com uma boa qualidade de vida, outra é pretender retirar a quem tem alguns benefícios – e ser-se família monoparental não costuma ser um capricho – essas relativas vantagens.
E, aparentemente, é mesmo disso que se trata! Essas tais Famílias Numerosas acham-se discriminadas e portanto querem ‘nivelar por baixo’.
Coisa feia!


10 comentários:

Anónimo disse...

Eu tinha lido isto que aqui referes no Destak de ontem (isto dos jornais gratuitos tem a sua vantagem....)
Nem sei se é verdade, mas se for como eles dizem e tu aqui citas, é mesmo uma questão de «queixinhas» até porque o Nascimento Rodrigues disse que eles tinham razão e se devia acabar com tais 'privilégios'!!!!
Incrível!

josé palmeiro disse...

É mesmo como dizes e só revela o povo que temos. Retirar privilégios, nunca!
E chamar privilégio a isto, é não ter consciência do que são privilégios, são é obrigações, que o Estado devia cumprir, sem exitações.

Anónimo disse...

Também o li, e procurei ver se havia uma versão na net.
Cá está!
Vejam e admirem!
Tal como dizes: «Provedor quer fim de benefícios fiscais para os monoparentais»
A gente lê e nem acredita nos seus olhos...

Anónimo disse...

Estamos a ver onde querem chegar, mas sem coragem para o exprimir.

Anónimo disse...

Só me apetece dizer umas coisas que não é bonito, aqui no blog.
Como disse o FJ, o que eles querem sei eu!
Que cambada, caraças!

Anónimo disse...

Pois, Emiéle, a tal Inveja que é coisa feia, é essa.
Já que eu não tenho tu também não podes ter!
Este caso é um modelo de tal atitude!

Como se viver com os filhos sem companheiro/a, fosse uma birra. Tantas vezes que é um sofrimento.
Aplausos para os que querem e podem ter vários filhos vivendo os pais juntos. que bom para eles. Mas não venham envenenar quem o não pode.

Anónimo disse...

É que nem vale a pena, só me dá pena dessa gente. O que vale é que não preciso de ajudinhas de treta para criar sozinha o meu filho e muito menos de ir roubar o pão da boca dos paizinhos que resolveram ter muitos filhos. Fiquem lá com o abatimento todo!

Farpas disse...

Pois o que eu acho é que de facto as famílias numerosas devem ter regalias e as monoparentais também, não se trata de precisar ou não... É uma questão de lógica! Qual é o sentido de (por exemplo) a água ser cobrada por escalões de gasto por contador? Se uma pessoa morar sozinha e gastar 100 litros e 8 pessoas morarem juntas e gastarem 250L qual é que gasta mais? no entanto ainda são poucas as Câmaras que consideram o consumo por pessoa.

O que realmente acho é que retirar benefícios a outros não traz nenhum proveito para eles! e isso não só é uma atitude feia como também é um pouco de burrice...

Para além disso voltamos aqui à velha questão do casamento... eu continuo sem perceber o que é que o casamento tem de especial... já viram os problemas que daí resultam? Os homosexuais querem casar-se, os casados querem divorciar-se, os solteiros querem ou casar-se ou viver juntos e têm de fazer uma análise dos benefícios fiscais de cada um dos casos para ver o que é mais compensador, ou então (como acontece muitas vezes!!!) casam-se e depois separam-se sem ninguém saber para poderem usufruir desses benefícios!...

Anónimo disse...

Quando se chega mais tarde vemos que o que se ia dizer já foi dito por outros dos colegas aqui leitores da Emiéle!
Neste caso fiquei a oscilar entre o falar a sério e o gozar.
Por um lado estou como a Catarina: vão à fava que felizmente o que vou ganhando dá para educar e alimentar o meu filho. Só que a ideia é peregrina. Não dizem que seria justo também terem regalias (??) ou alguns benefícios digamos assim. Dizem que é injusto os outros terem-nos!!!!
Haja Deus!!!!
... e paciência!

cereja disse...

A propósito ou talvez não, passem pelo Cabra de Serviço e leiam ESTE POST

Como disse e insisto, é muito importante dar incentivos para se ter filhos e dar-lhes uma boa qualidade de vida. Quanto a nascerem ou não ligados ao casamento é outra conversa... Agora, para incentivar as pessoas a ter filhos, retirar aquilo que uma pessoa que educa um sozinha pode receber, é... (o adjectivo fica ao vosso gosto)