sexta-feira, setembro 12, 2008

Ainda o caso de Leonor Cipriano

Já aqui falei por mais de uma vez no contraste impressionante entre as duas histórias semelhantes – a Maddie e a Joana.
Crianças desaparecidas no Algarve, uma delas inglesa filha de famílias com grandes conhecimentos e outra portuguesa e de uma família pobre. As meninas nunca mais foram vistas, um dos casos foi arquivado por falta de provas no outro a mãe foi condenada com base na sua confissão. Como é sabido o interrogatório das duas mães foi muito diferente. Também é público que a mãe da Joana, a que confessou tudo e mais alguma coisa, apareceu depois desses interrogatórios com sinais claros de agressão.
Os inspectores que a interrogaram vão agora a julgamento acusados dos crimes de tortura e omissão de auxílio e falsificação de documento . E, curiosamente, esses acusados «preparam-se para "exigir responsabilidades aos mais altos magistrados do país" caso sejam absolvidos
O que entendo é que, no caso de virem a ser absolvidos, devem considerar que foram caluniados, imagino.
E, já agora, uma vez que estes senhores exigem responsabilidades aos mais altos magistrados portugueses, a quem é que Leonor Cipriano vai exigir responsabilidades por ter sido condenada com base numa confissão obtida à pancada?...

6 comentários:

Anónimo disse...

AH! mas vão a julgamento...há quem nem sequer vá e...mas pronto é a democracia a funcionar.Aliás se forem absolvidos,significa não tem culpa,e então em que é que o bom nome de um policia é menos do que de outro qualquer cidadão?AB

Anónimo disse...

AB, entendemos o que queres dizer, mas estes vão mesmo a julgamento (donde se calhar há mesmo algumas provas) e não estiveram eles presos em prisão preventiva...
Claro que se forem absolvidos é porque as provas eram fracas - ou o advogado da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal é muito bom. Nesse caso prova-se que os tais hematomas da Leonor Cipriano foi porque caiu pelas escadas abaixo. Azar o dela.

Anónimo disse...

Estão a imaginar a Kate McCann a cair pelas escadas abaixo? E ainda por cima a ficar com aquele aspecto?...

Nós somos um tanto influênciados pelos filmes ou séries que passam nas nossas TVs, e ali dizem que a confissão é fundamental mas não costuma chegar. Há as tais «provas forenses» e nesse caso da Joana o que se sabe é que provas mesmo eram muito poucas. Se agora ainda há quem diga que a criança foi «vendida»... é porque não morreu.

josé palmeiro disse...

Ainda bem, que vão a julgamento.
O caso é muito semelhante, na base, "desapareceram duas meninas", mas de contornos muito desiguais, na abordagem. Aguardemos, para ver no que resulta. Quaisquer prognósticos, antes do "jogo", são falíveis.

Anónimo disse...

Exactamente King,estes vão mesmo a julgamento.AB

Anónimo disse...

O meu «progn´sitico» é que não vai dar nada. As testemunhas vão contradizer-se, vai haver quem diga que ela se atirou mesmo pela escada, eles até lhe fizeram umas festinhas e tudo.
Depois como a senhora não era simpática teve logo os media contra ela, e isso foi-lhe fatal.
(se agora a criança aparecesse é que era formidável, porque afinal estava viva e porque então era a prova de que a tal «confissão» tinha sido forjada.