terça-feira, julho 29, 2008

Nomes ridículos

Este é um tema que quase sempre faz sorrir, porque só o vemos por um lado.
E, de facto, há nomes que não lembram ao Menino Jesus e não se consegue entender porque é que existem pais que os dão aos seus filhos.

OK, há nomes que muita gente não acha bonitos mas é uma questão de gosto, o tal que 'não se discute'. Aliás nada mais de moda do que os nomes, como sabemos. Existem «nomes de época» e até de «classe social», como aprendemos no "Absolutamente Tias" ».
Quando eu era criança todas as raparigas se chamavam Maria qualquer-coisa (e o qualquer-coisa muitas vezes era o nome da avó, da mãe, da madrinha) mas quando o meu filho nasceu lembro-me das minhas parceiras lá na maternidade, a escolherem os nomes dos seus bebés de acordo com as telenovelas. Foi essa onda de nomes ‘brasileiros’ com origem nas tais telenovelas.

Há pais que dão aos filhos nomes arrevesados para que sejam ‘únicos’. Foi a explicação que uma senhora me deu para o nome da neta: «Já viu? Eu não conheço mais nenhuma ****; não se confunde com ninguém».
Tinha razão. não corria esse risco coitadita :(
uma chinesa chamada C é coisa estranha, entende-se que ela não gostasse, mas enfim... E todos conhecemos e brincamos com os nomes estranhíssimos, que aparecem lá no Brasil: Hypotenusa Pereira, Inocêncio Coitadinho, Vicente Mais ou Menos de Souza, Maria da Segunda Distração, Amin Amou Amado (há muitos mais, estes tirei-os daqui )
Mas, francamente, que motivo pode levar a chamar a um bebé
Talula faz o hula do Hawai ?! Tadinha da menina! Mesmo a um cão ou gato, a gente mesmo sorrindo, gosta de lhe dar alguma dignidade, não é?
Mas parece que na Nova Zelândia (local que julgava civilizado) há quem chame a um filho «Fish and Chips», ou o nome de paragens de autocarro «Number 16 Bus Shelter», ou de uma marca de tabaco: «Benson and Hedges».


Estavam bêbados ou quê?!



9 comentários:

Anónimo disse...

No Brasil creio que é também algo de cultural. Tem um impacto diferente do que teria entre nós.
Mas cá por mim, o nome de cada um devia ser sempre provisório - só até aí à maioridade. Uma pessoa ao chegar a crescido poderia sempre alterar o seu nome se lhe apetecesse. Mesmo que fosse para pior!

Anónimo disse...

Lembraste-te do fabuloso livro da Ana Bola, o "Absolutamente Tias" onde dei das melhores gargalhadas de que me lembro!... e aí se vê que os nomes têm tudo a ver com a classe social e cultural.

Esta questão de quem brinque com nomes para os seus filhos, é chocante. Porque é que não mudam os seus próprios, se gostam assim tanto?!

Anónimo disse...

Acho o «Number 16 Bus Shelter» ainda pior.
Que completa estupidez! Não consigo entrar dentro do espírito da coisa.

cereja disse...

RS, foi or isso que eu comecei por dizer que nos costuma fazer sorrir porque só o olhamos do nosso ponto de vista. Mas quando imagino que me podia chamar Fish and Chips, ou enfim Cozido à Portuguesa por exemplo, já fico passada de todo.
É de facto uma questão social mas bem complicada. Para um português não é fácil entrar naquela mentalidade.

Anónimo disse...

E ainda a gente canta «Maria Albertina como foste nessa de chamar Vanessa à tua menina?...»
Que sorte, heim, a da Vanessa.

josé palmeiro disse...

Cozido à Portuguesa, não me agrada, talvez Bacalhau com Batatas ou Lebre com Feijão Branco.
Gostei e apoio o comentário da Joaninha, que gostaria de ver alargado a situações com a do baptismo, em que só depois da maioridade, os nasciturnos deveriam optar.
Quanto aos nomes, só recordo que a minha mulher é "Fátima", porque nasceu no ano em que a Srª de Fátima esteve em S. Miguel.

saltapocinhas disse...

fui ler a notícia! hilariante!

mas tirar a custódia aos pais por causa disso? não bastaria mudarem-lhe o nome??

os brasileiros são os que têm os nomes mais estranhos, mas a culpa deve ser dos registos que não deviam autorizar certos nomes.

poe exemplo em portugal há uma lista de nomes e não se pode escolher nenhum que não faça parte dessa lista!

cereja disse...

Saltapocinhas, a notícia sendo caricata, é pelo menos estranha. Que a crioança detestasse ser chamada assim, só mostra o seu bom-senso. Tanto assim é que dizia chamar-se K (calculo que Kate ou coisa sssim)
Mas como é que a criança chegou a um juiz??? E, de facto, retirar a custódia da menina aos pais também parece um tanto demais. Talvez fosse de perguntar à própria que nime preferia e obrigá-los a mudar o nome.
Simples!

cereja disse...

Tchi, tanta letra trocada...!
Criança e não crioança, assim e não sssim, nome em vez de nime, etc...