segunda-feira, maio 19, 2008

Um verdadeiro pesadelo

Lembro-me que no ‘maior’ tremor de terra porque passei, senti a casa a tremer bastante e durante 'muito tempo' - aquilo foi um minuto talvez - e eu só dizia em voz alta «Mas isto nunca mais pára?! Mas isto nunca mais pára?!» e fugi para a rua com receio da réplica que não aconteceu felizmente ...

Foi há muitos anos, não houve incidentes de maior mas nunca me esqueci, e fiquei desde então com enorme receio de tremores de terra.
Imaginar o que seja, seis dias depois do primeiro e enorme sismo, a terra continuar a tremer na China, está fora da minha capacidade.
Nem consigo!

Que desgraça, que verdadeiro pesadelo aquela pobre gente está a viver.

E quando é a Natureza que decide, vê-se bem quem é que manda…
São forças assustadoras porque incontornáveis.


7 comentários:

Anónimo disse...

A replica aconteceu,sim senhora,no outro dia às 10 e tal da manhã mas foi leve.Agora isto é de facto uma coisa pavorosa.Ainda que se resista fisicamente os danos mentais não devem ser poucos.No tal tremor de terra de que falas, um amigo meu ficou preso num elevador, num prédio ali por traz de Entrecampos.Era um prédio recente na altura e era muito alto para a époce e sitio.O rpaz ficou de tal maneira apavorado que durante meses a gente divertia-se a ir beber um copo com ele e com os joelhos fazer tremer a mesa de café onde nos sentavamos...o tipo quasi desmaiava e a gente ria-se,..Coisas de gente nova...AB

Anónimo disse...

Foi quando? Tenho uma ideia de um 'razoável' em finais da década de 60, mas não me lembro o ano.

AB, a malta é má à brava. E ele não ter largado à chapada é porque tinha bom feitio...

cereja disse...

Sabes AB (e todos os outros) eu vou tendo medo das catástrofes naturais à medida que vou passando por elas.
Começou com essa dos sismos. (foi realmente aí em 68 mais ou menos, Joaninha) Depois passei a ter medo das inundações, quando estava na zona de Colares aí há uns 20 anos e aquilo ficou que nem uma ilha!!! E tenho imenso medo dos ciclones depois de ter estado em Macau!

Faltam-me alguns: relâmpago, por exemplo, ainda não apanhei com nenhum, e espero não apanhar ou deixo de ter medo de mais nada... vou desta para melhor!

josé palmeiro disse...

Foi, foi, moragva eu na Gonçalves Crespo, ali ao Conde Redondo, por isso podes aferir bem o reboliço que foi para além do tremor. A casa tremeu e bem. acalmámos a senhoria que chorava agarrada aos filhos e depois saímos para o Jardim da Parada, com uma garrafinha de wiskie, para acalmar os nervos e passar o resto da noite. Confirmo a informação da AB sobre a réplica, na manhã do dia seguinte, quando toda a gente ainda andava a vaguear e a afastar os fantasmas. Na minha rua ainda houve uns estragos pois caíram umas cimalhas de uns prédios em cima de uns carros que estavam estacionados.

Anónimo disse...

Tenho uma vaga ideia (devo ser um pouco mais novo do que vocês) e foi um susto sim senhor. Depois disso já tivemos vários aqui em Lisboa, ainda há uns dois anos creio que houve um, mas tudo coisas pequeninas que nem toda a gente sentiu.
Quanto aos pobres chineses, deve ser um pavor! O que me horroriza, nem é tanto os mortos coitados, são os que tenham ficado presos nos escombros. é uma imagem de pesadelo como dizes.

Anónimo disse...

Bom, voltando à China, tenho imensa pena daquela gente. É que quando se critica a China, afinal estamos a criticar é um sistema político e uns dirigentes. O povo em si é tão vítima como os tibetanos que agora defendemos.
Vivem em condições desgraçadas, só podem ter um filho, trabalham imenso com salários ridículos, tem horários de trabalho inacreditáveis, vidas desconfortáveis e agora... isto!
Desgraçados.

cereja disse...

Zé Palmeiro, aí nos Açores é que a malta já anda acostumada mas...
De qualquer modo, o que eu quis foi fazer a comparação com esse susto do maior que senti e mesmo assim pode dizer-se que «não foi nada», como dizes «caíram umas cimalhas de uns prédios» e aliás na minha casa também cairam uns quadros e objectos que estavam nos móveis, mas enfim não caiu nenhum prédio, nem morreu ninguém, com o que se está a viver na China.
Como disse da primeira vez que falei do assunto, ali é tudo em grande. Até as desgraças.