quinta-feira, abril 03, 2008

Os Bancos e os juros



Se há coisa que eu entendo pouco são as misteriosas leis que gerem os Bancos.
É um mundo com uma linguagem diferente, umas explicações de um modo geral pouco claras mas, sobretudo, penso que o defeito é em parte meu – por alguma ‘alergia’ especial, bloqueio a minha capacidade de entendimento quando me tentam mostrar os motivos de algumas decisões que os Bancos tomam.
Porque, por mais que me expliquem a bondade de algumas coisas, a minha sensação é que a maioria das decisões são em prejuízo do cliente e em benefício próprio, é claro. É o que parece.

Leio que vem agora aí uma lei que, pelos vistos, dá razão a esta minha “sensação”:
As taxas de juros passam a ser calculadas com 360 dias como prazo único para o cálculo quer dos juros, quer da Euribor - a taxa internacional à qual está indexada a maioria dos créditos para comprar casa – que era de 365 dias.
Esta linguagem, eu já a entendo, mesmo com o meu analfabetismo nesta área.
Quer dizer que os juros de depósitos e de empréstimos à habitação e ao consumo serão calculados da mesma maneira.


E então, não é justo?


6 comentários:

Anónimo disse...

A Banco cria outro artificio qualquer...estão esganados e se existem funcionários zelosos pelos lucros dos patrões são os bancários,quási tanto como os do Fisco.AB

Anónimo disse...

Parece assim uma 'luta de classes'. Evidentemente que nós precisamos deles. Hoje um cidadão 'normal' tem de ter um Banco. Tudo o que diz respeito a dinheiro passa por lá, é impensável uma vida que não seja a de um sem-abrigo, que possa prescindir de um Banco - mesmo os camponeses, ou um assalariado com um ordenado miserável, vai ao Banco para levantar o salário ou receber a pensão...
Mas é sempre com a sensação de que alguma coisa não está bem e de que estamos a «ser levados». Por algum motivo os lucros deles são o que sabemos e os nossos...

Anónimo disse...

Também tenho a mesma experiência da AB. Os senhores 'gestores de conta' e quejandos, defendem os seus patrões como se o tal slogan fosse certo e eles fossem os «donos do seu banco».

josé palmeiro disse...

Mais que defender! Esses gestores de contas, têm "objectivos", determinados pela instituição, e se os não cumprirem, vão de carrinho, para o fundo do poço. Por isso o seu afã em cumprir escrupulosamente, as determinações do patrão. É uma nova forma de escravatura em que o fim da cadeia, somos nós todos.

cereja disse...

Zé, sabes que também tinha esse palpite. Eles não são nada «donos do seu banco» são é obrigados a cumprir determinados alvos, de certeza.
Mas, a verdade, é como os desgraçados dos callcenters, a 'culpa' não é deles mas são quem fica com o odioso de serem melgas.

josé palmeiro disse...

Crê mesmo, que é como te digo!
Sei-o de fonte segura. Por exemplo, determinam-lhes um numero de clientes a contactar, a propôr toda e qualquer espácie de negócio, e têm que o fazer, sob pena de, na tal avaliação, serem mal classificados, e deitados pela borda fora.