Fecha-se a porta e entra pela janela
Há projectos para controlar a publicidade de produtos alimentares que não são benéficos para as crianças.
Certo.
A verdade é que quando se fala nisso se pensa de imediato na publicidade televisiva sobretudo, ou em cartazes, outdoors, aquilo que se VÊ de imediato. E que em muitos países desenvolvidos já está definido e regulamentado.
Mas há ainda um campo que está a ser invadido e onde muita gente não tinha pensado – quando digo muita gente, se calhar estou a pensar em mim :D
São os jogos electrónicos
Parece que a publicidade por Internet (e essa conhecemos bem, quando queremos ler uma notícia e temos de fechar 20 janelas antes de lá chegar) está a apanhar os miúdos e a usar os 'advergames', - jogos electrónicos que combinam entretenimento e publicidade.
Como é que se detém essa praga?...
Mas há ainda um campo que está a ser invadido e onde muita gente não tinha pensado – quando digo muita gente, se calhar estou a pensar em mim :D
São os jogos electrónicos
Parece que a publicidade por Internet (e essa conhecemos bem, quando queremos ler uma notícia e temos de fechar 20 janelas antes de lá chegar) está a apanhar os miúdos e a usar os 'advergames', - jogos electrónicos que combinam entretenimento e publicidade.
Como é que se detém essa praga?...
9 comentários:
Não detens.Ou seja as formas de publicidade adaptam-se às técnicas.Se há jogos na Net vão ser utilisados como foram os antigos recortes ou bonecos dentro das embalagens para colecção.A estratégia é a mesma,não se inventou nada,o "meio" comunicacional é que varia conforme vai aparecendo e consoante o público que atinge.AB
Eu tenho a minha opinião.
Vale o que vale.
Mas para mim, não interessa proibir seja o que for, só se mudam gostos e hábitos com alternativas aliciantes.
Se querem que os miúdos comem como deve ser, inventem formas de tornar o «como deve ser» atractivo.
Olhem que o MacDonald's já vende sopa e saladas....
Não é por nada mas eu até me considero uma pessoa bastante decente, sempre joguei jogos de computador (tive acesso a computadores muito cedo), sempre fui um apaixonado por publicidade,..., acho que muitas vezes estes "problemas" com os jogos, com os desenhos animados, com a publicidade, com a música,.., são em grande parte a procura de desculpas para um desleixo cada vez maior dos pais com os filhos... não digo que não tenha influência nenhuma, apenas acho que tem muito menos importância do que a que lhe dão...
De uma maneira geral, aceito as opiniões da AB, do King e do Farpas. Proibições, nunca!
Olhó Farpas!!!!
Até me obriga a vir aqui a meio da manhã para lhe dar o Bom Dia!
Claro que tudo isto tem muito que se lhe diga...
Reparem que quando se fala em proibir não é proibir os miúdos e sim proibir a publicidade. A verdade é que já espontâneamente se fazem disparates (não se diz que o que sabe bem faz mal?) quanto mais se forem incentivados.
Na linha do que vocês dizem, a minha achega ao problema está muito também na 'educação alimentar' da primeira e segunda infância e no exemplo que se vê em casa. Aí concordo com o Farpas que os pais têm muita responsabilidade. Muitas vezes as crianças «não sabem se gostam» antes de provarem - os chocolates, as gomas, as batatas fritas... Depois de provarem, gostam, está bem. Mas muitas vezes vemos meninos bem pequeninos a quem se oferece tudo isso que não lhes faz bem.
Depois, estamos de acordo é claro. Por isso eu disse que se fecharmos a porta se entra pela janela... Mas queria apoiar a ideia do King - acredito que a solução está realmente na oferta de uma boa alternativa. E, já agora podemos fazer publicidade a isso, porque não? Os publicitários precisam de viver.
Conheço uma criança-maravilha. O Tiago é um menino de uns 4 anos creio eu, que gosta verdadeiramente de legumes e fruta, e não aprecia especialmente doces. Mas assisti à educação do Tiago desde bebé pequenino e naquela casa praticamente não entrava açúcar a não ser o natural dos frutos. A mãe cozinhava-lhe os legumes dos modos mais inventivos, os pratos que vinham à mesa eram engraçadíssimos, a comida era de muito boa qualidade e saborosa mas de uma grande simplicidade e foi assim que ele foi criado.
Para mim, esse menino (e não o estou a inventar, existe mesmo) é a prova de que é possível lutar-se contra a corrente.
Eu cá não sei. A publicidade de que fala a AB de «bonecos dentro das embalagens para colecção» por exemplo, era clara, óbvia. Esta a que há referência, é bem mais oculta, não subliminar mas quase. Devia haver modo de se evitar, mas também acredito que não haja.
Na linha do que disserem, só combatendo com as mesmas armas e fazer publicidade a coisas com outro valor alimentar. Como combater um incêndio com outro, como se aprende nas técnicas de combate ao fogo. Porque a verdade é que esses erros alimentares estão a revelar-se verdadeiramente perigosos - há muito mais crianças com doenças que dantes só se viam em idades mais avançadas, com valores altos de glicémia, de colestrol, uma nutricionista dizia no outro dia que vamos começar a ver jovens a fazer hemodiálise com muita frequência.
Olha Joaninha conheço outra criança-maravilha como tu. Até faz impressão :D
Mas isso vem reforçar o que disse o Farpas - haver «um desleixo cada vez maior dos pais com os filhos», ou pelo menos não se empenharem a sério na questão. O que eu imagino é que não entenderam a importância do que está em jogo.
(e a Mary tem razão)
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