quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Os pés pelas mãos

Se há coisa para que os ministros deste governo não são dotados é para darem explicações.
É coisa que não conseguem. Cada um pior do que o outro. É um dom que não possuem, nem pensaram, já agora, em arranjar alguém que fale por eles.

A Ministra da Educação voltou a falar. E de novo não se entende onde quer chegar.
Temos 1) a avaliação dos professores – tema para outra conversa aqui, que hoje não dá para tudo - temos 2) a questão das conservatórias (a propósito, a petição sobre Defesa do Ensino Artístico em Portugal anda por AQUI ) temos 3) as novas regras da gestão das escolas, e vem 4) agora com a ideia de uma reestruturação que à primeira vista não se entende bem
OK, pode ser que seja só à primeira vista. Podemos mudar de ideias se vista à lupa.

Dizem que ela quer o «segundo ciclo com mais horas e menos professores» mas não deve ser isso, pois não? O que pretende «é a concentração de algumas disciplinas de modo a reduzir o número de professores destes alunos» coisa diferente. É diferente?
De facto se tiver o mesmo professor em Português e Inglês, como diz, e o mesmo em Matemática e Ciências, de facto pode ter um ano lectivo com dois ou três professores só. É uma ideia, desde que no fim do ano, esses não desapareçam do mapa e no ano seguinte os alunos tenham outros dois ou três professores completamente desconhecidos para eles… Talvez não fosse mau começar primeiro por estabilizar este rodopio de professores.

Mas o que achei espantoso inacreditável curioso de pasmar, foi acusar quem anda a tratar da questão do Ensino Artístico, de… arrogância.?!?!
Ah sim?
Lá no ministério haverá falta de espelhos?


9 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vez achaste uma ilustração preciosa. Essa da esfinge a esboroar-se, está o máximo! Tal e qual: esfinge, que não se entende, e mesmo assim aquilo está mesmo a desfazer-se!

Anónimo disse...

Será diferente mudando a formação dos profs, agora muito mais "multidisciplinares" e despedindo outros, aborrecidos ,inadaptados ou com mais de ( ou menos dede 170m., é igual)

Anónimo disse...

O FJ entende mesmo!
Também me parece que é esse o caminho proposto. Professores que façam um pouco de tudo, também afinal é só para ensinar uns putos ainda miúdos, 10, 11, 12, anos, não é preciso grande especialização. E os que estão «a mais» façam-se à vida, que há para aí uns Call Centers que ainda metem pessoas.

josé palmeiro disse...

Não perco tempo com especulações.
Pergunto: A ela, à Ministra, quem é que a avalia?
Já agora ao restante governo.

Anónimo disse...

À pergunta do Zé Palmeiro só se responde como no futebol:prógnosricos só no final do jogo...Ou seja para a avaliação ser considerada correcta ainda falta ano e meio.E remodelações para dar brilho ao verniz não me cheira para de novo.Agora não deixo de achar graça ao preciosismo de sublinhar o "conforto" que ela acha necessário para os profs e alunos...Conforto. Design e plantas.Desde que o prof. se sinta bem no seu gabinete...o resto é dispiciendo...è muito "académico" isto muito "marca da casa"tal como as famosas "boas práticas" que ela insiste em introduzir no discurso e que ningúém, no meio desta confusão, sabe o que são...Mas lá que soa ...soa.AB

Anónimo disse...

Parece que criei um neologismo"prognosricos"...foi sem querer que a criatividade não me chega a tanto.AB

cereja disse...

Mas resulta lindamente!!
Prognos-ricos. Nem se diz mais nada.

Mary - realmente pensei que aquela «espécie de esfinge» era uma boa ilustração.
Quanto à arrogância de que a senhora se queixa... enfim!

Anónimo disse...

Às vezes nem sei se é mesmo arrogante, se falta de jeito para comunicar. Mas como dizes, há profissionais dessas coisas que bem podiam ensinar aos senhores ministros!

saltapocinhas disse...

também ouvi e pasmei com essa da arrogancia!
quanto ao 2.º ciclo, li pela rama.
não há duvida que precisa de ser mexido: há disciplinas e professores a mais, há programas impressionantemente extensos e disparatados.
além disso agora a formação de professores não distinhgue o 1.º do 2.º ciclos, são todos mais ou menos polivalentes.