quarta-feira, janeiro 23, 2008

A segurança… privada

Dizem-nos que a legislação que regula a segurança privada vai ser alterada este ano, a fim de criminalizar o seu exercício ilegal.
Boa ideia.
É que esta conversa de «segurança» tem muito que se lhe diga.
Segurança para quem?...
Diria o bom senso que a segurança do cidadão comum e inocente deveria ser efectuada pelos serviços que existem para isso: as polícias.
A elas podem pedir-se contas, podem (ou devem) ser controladas, podem e devem estar ao serviço de todos, defendendo-nos dos malfeitores.

Mas os “privados”?..
Estão às ordens de quem lhes paga como é natural. Portanto a minha natural dúvida – são segurança, sim, mas de quem ?...


10 comentários:

Anónimo disse...

Será que se vai regular essa coisa?
Como sublinhas, os patrões desses senhores talvez se sintam mais «seguros» mas... afinal... e o povo anónimo?
A verdade é que o caminho da privatização tem muitas curvas e desvios. À entrada dos edifícios já há muitos anos que desapareceram os porteiros, foi uma profissão de acabou. Temos agora os senhores (e as senhoras) 'seguranças'. É muito mais fino que porteiro, e quem lhes paga são os seus chefes (que por sua vez são pagos por nós). Confuso? Não.

Farpas disse...

A Inglaterra não é grande exemplo na maior parte das vezes mas neste caso o sistema deles é muito melhor. Todos os espaços que quiserem estar abertos depois da meia noite têm de ter um segurança registado, esse segurança está sempre devidamente fardado e é de fácil identificação, o número de seguranças é consoante o tamanho do estabelecimento e as horas a que este vai fechar!

Anónimo disse...

Não sabia como era em Inglaterra mas aqui abusa-se!
É como dizes - a profissão de porteiro desapareceu, agora é tudo 'segurança', mas com outros patrões. Digamos que quem ganha são os intermediários. Aliás é o melhor emprego deve ser o ser-se 'intermediário': vender o trabalho dos outros!

Anónimo disse...

King tem razão, pergunto-me é se ha segurança privada legal.Salvo excepções aquilo é do piorio, uma boa escola de tantas coisas.

Anónimo disse...

Claro que nunca se pode meter tudo no mesmo saco. Há milhares de «seguranças» e como em qualquer profissão há bons e maus. O que parece de realçar é aquilo que disse o King - afinal há firmas que só servem de 'intermediários'. Se é necessário uma pessoa a estar à porta a vigiar, porque é que se tem de contactar alguém que contrate essa pessoa? Porque não se faz o contrato directamente?... reparem na quantidade de firmas que só servem para vender pessoas: as limpezas, as seguranças etc e tal.

josé palmeiro disse...

Problema demasiado complexo para ser aqui abordado assim, pela rama. O Farpas indica a realidade inglesa, que não me parece mal. O King, toca numa ferida que nunca mais sara. E nós, apesar de tanta segurança, se queremos andar seguros, temos que andar, que andar sempre com "um olho no burro e outro no cigano". Que me perdoem os ciganos que são gente como nós. mas o ditado é assim.

Anónimo disse...

Bom, parece-me que a tentativa de regulamentação do sector prende-se, quase de certeza, com o que tem acontecido na noite do Porto. Esses "seguranças" não estão, de todo, "regulamentados" com toda a certeza. Contrariamente aos que se encontram ao serviço das empresas.

A sua existência, não entra em contradição com a existência de porteiros. Aliás, o meu pai vive num apartamento em Lisboa construído em finais da década de 80 e tem porteira... Contudo, consequência da sociedade contemporânea, em muitos locais é necessário ter seguranças. Ou antigamente o respeito pelas pessoas e pela propriedade privada não eram muito maiores? Por outro lado, em termos de responsabilização, é muito mais viável responsabilizar uma empresa de segurança do que um simples funcionário...

Anónimo disse...

Olha Emiele,desculpa lá mas eu ando farta de conversa sobre segurança,seja ela a privada ,a pública,a alimentar,a ambiental,a do Porto a de Lisboa,toda.Esta preocupação securitária,fardada ou à paisana não me cheira nada bem...mesmo nada.AB

Anónimo disse...

Miguel, (e outros mas sobretudo tu que focaste mais a minha frase) reconheço que falei de um modo pouco claro quando me referi a «porteiro» sem mais nada, porque isso lembra logo os porteiros dos prédios de habitação. Mas o que queria era falar das pessoas que estão à porta das variadíssimas firmas ou serviços públicos. Eu sou do tempo em que esse cargo era exercido por um funcionário normal, que fazia parte do grupo dos seus colegas. Seria uma espécie de contínuo. Mas desde há bastante tempo que se contratam firmas que depois garantem a segurança. Podia ser um modo de se gastar menos dinheiro, mas o certo é que as empresas cobram e não é pouco.

cereja disse...

Muitas opiniões mas mais ou menos dentro da mesma opinião. A AB está farta de Seguranças, mas o certo é que tal como o Miguel lembrou dos casos da 'noite' do Porto, e creio que em Lisboa não será nada diferente, aquilo é uma máfia e bem organizada!!!