Os rankings e o segredo do sucesso
Este é um estudo de sociólogos do ISCTE, e terá de ter algum crédito. Tanto assim que teve honras de ser chamado à discussão no Parlamento.
A verdade é que ouvimos de vez em quando queixas de pais de crianças que não entram nas escolas que pretendiam com razões pouco claras. (Claro que estou a falar em zonas que conheço, na área de Lisboa, e sei que não é a generalidade)
Agora estes sociólogos, depois do seu estudo feito na periferia de Lisboa, vêm confirmar que "Há escolas que têm uma política sistemática de criar mecanismos selectivos voluntariamente" porque "Cada pai procura o melhor para os seus filhos e acaba por pressionar a escola a afastar os alunos com piores resultados, não necessariamente porque procura desvantagem para os outros, mas porque quer o melhor para o seu" concluíram.
Evidentemente que, no final do ano as que concordaram em aceitar meninos de famílias sem problemas, filhos de licenciados e com melhores condições, no final têm melhores resultados do que as que juntaram os ‘outros’, os meninos de meios desfavorecidos, filhos de emigrantes ou já com menor aproveitamento.
Venham agora falar dos rankings…
Nota - Não quero com isto dizer, simplistícamente, que os tais meninos de 'boas famílias' não possam ter problemas e muitas vezes grandes, também de abandono e pais ausentes por exemplo. Mas à partida é evidente que as condições de aprendizagem são diferentes.
A verdade é que ouvimos de vez em quando queixas de pais de crianças que não entram nas escolas que pretendiam com razões pouco claras. (Claro que estou a falar em zonas que conheço, na área de Lisboa, e sei que não é a generalidade)
Agora estes sociólogos, depois do seu estudo feito na periferia de Lisboa, vêm confirmar que "Há escolas que têm uma política sistemática de criar mecanismos selectivos voluntariamente" porque "Cada pai procura o melhor para os seus filhos e acaba por pressionar a escola a afastar os alunos com piores resultados, não necessariamente porque procura desvantagem para os outros, mas porque quer o melhor para o seu" concluíram.
Evidentemente que, no final do ano as que concordaram em aceitar meninos de famílias sem problemas, filhos de licenciados e com melhores condições, no final têm melhores resultados do que as que juntaram os ‘outros’, os meninos de meios desfavorecidos, filhos de emigrantes ou já com menor aproveitamento.
Venham agora falar dos rankings…
Nota - Não quero com isto dizer, simplistícamente, que os tais meninos de 'boas famílias' não possam ter problemas e muitas vezes grandes, também de abandono e pais ausentes por exemplo. Mas à partida é evidente que as condições de aprendizagem são diferentes.
11 comentários:
(Voltaste ao estilo habitual de abordar vários temas :D ; mas olha que com o único post de ontem bateste o teu recorde de comentários!!!)
Imagino que lá na província as coisas não se passam nem se podem passar assim. Basta ler o blog da Saltapocinhas para ver que na escola dela entra tudo o que tem de fazer a escolaridade. Até porque nem os podiam mandar para outro sítio!
Mas também ando cansada de ouvir estas queixas. Imaginava que era imaginação dos pais, mas pelos vistos sempre é verdade. Contudo, quando lemos essa lista dos rankings o que salta aos olhos é que as escolas consideradas melhores -ou seja com alunos com notas mais altas - são as privadas e muito chics. Escolas geridas pela Igreja ou da Opus Dei como sabemos. Portanto a selecção fez-se ainda no ovo...
Esta dava um forum como o de ontem.Porque as conclusões do estudo que a ministra pôs primeiro em dúvida que existisse e depois desvalorizou (é espantoso porque ela fou professra do ISCTE onde o estudo ou estudos foram feitos)são óbvias a um qq. olho mesmo que não muito especializado nas questões do Ensino.Claro,que a chamada igualdade de oportunidades na escola é uma falácia,como o é em quási tudo.Mas agora tenho de me despachar e depois lá para a tarde volto cá.AB
Nem mais.
É certo que se entende todos. Entende-se os pais, que como ali diz «querem o melhor para os filhos» (e os filhos dos tais desfavorecidos não o querem também?...) entende-se os professores que se tiverem umas turmas mais homogéneas devem ter o trabalho mais facilitado, e entende-se que assim os rankings sejam todos os anos quase iguais...
E já agora, entende-se que se ajude as escolas de modo a poderem integrar melhor os miúdos com dificuldades de aprendizagem.
Como disse aqui a AB este tema também daria pano para mangas!...
mas venho só deixar uma acha na fogueira:
Alguém reparou numa proposta «interessante» pelo que entendi baseada exactamente no facto de que a Escola Mira-Rio (da Opus Dei como sabem) estar à cabeça das melhores escolas, e ser uma 'escola para meninas': Apareceu uma proposta para que se voltassem a separar os alunos por géneros, com a justificação de que assim se distraiam menos, os rapazes não olhavam oara as raparigas nem eles para eles.
Olhem que não inventei.
Ainda vou procurar onde é que vi isso!
Também li isso algures e num outro lado qq.(México)agora são os autocarros em apartheid de género.AB
King,ainda cá volto para dizer que essa associação de ideias entre "fogueira" e "Opus Dei" não é das mais felizes.AB
:)))))
(e eu que nem me lembrei...)
Dava mesmo um forum, mas hoje também me fico por aqui. Gostei da abordagem da Emiéle e das achegas do King, da AB e da Joaninha.
A Mary está como eu não dizemos nada, não por não haver nada para dizer mas, no meu caso, porque não me apetece. Quanto à divisão por géneros, já tive a minha quota, e espero que os meus netos a não tenham.
O teu último parágrafo, em letra mais pequena, não se pode esquecer. Há muitos meninos que realmente andam em escolas 'boas' com colegas do seu nível, que têm depois aulas àparte de inglês, informática, natação, violino ou o raio, mas acabam por não trocar duas palavras seguidas com a mãe ou o pai. Abandonados? Sem dúvida.
É de entrar pelos olhos adentro.
Mas a verdade é que isto é bem complicado. Estive em conversa com gente que entende destes assuntos e o certo é que basta os miúdos andarem, como é natural, na escola do seu bairro, para que haja níveis bem diferentes... Todos sabemos que há bairros chamados 'problemáticos' e bairros elegantes onde o que há mais são vivendas ou condomínios de luxo. Naturalmente que as escolas respectivas têm população diferente!
Raphael, os estudantes das famílias dos tais condomínios de luxo não vão à escola do bairro, que é que estás a pensar?! Obviamente que estão em colégios privadíssimos, daqueles onde é preciso cunha para se entrar...
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