sexta-feira, janeiro 25, 2008

A moralização

Será desta? ...
Dizem que este ano
os serviços públicos que ultrapassarem os 180 dias no prazo de pagamento a fornecedores serão alvo de uma auditoria à qualidade da sua despesa e aos procedimentos de tesouraria .
Imagino que há muitos (a maioria?) que vão entrar em colapso!

Até agora, o atraso dos pagamentos a quem trabalha para o estado é conhecido e aceite como uma inevitabilidade.

Será que é desta que a coisa muda? Ou pretende-se apenas simplesmente deixar de fazer despesas?
De qualquer modo é uma boa máxima: viver de acordo com os rendimentos. Vamos lá ver…





7 comentários:

Anónimo disse...

Ná!
Cá para mim é poeira para os olhos.
Vão descobrir uma forma de contornar isto! Como a tal norma em que para se comprar qualquer coisa tem de haver 3 orçamentos, e consegue-se muitas vezes dois mais altos do que aquele que se quer aprovar...

Anónimo disse...

Seis meses para uma pequena empresa,dependendo do custo do serviço prestado é muitissimo.Até porque há que pagar IVA,antes de receber... já se financia o Estado de tanta maneira que é francamente demais trabalhar "a prazo".A máxima "paga tarde mas paga", nos tempos de hoje com a carga fiscal sobre as empresas,é uma máxima que já nem sequer atesta da "boa personalidade" do Estado.AB

Anónimo disse...

Primeiro, como disse a AB, mesmo esses 180 dias = 6 meses é já muito tempo. O Estado não espera esse tempo por quem lhe deve a ele!
Mas além disso, como sei, até por experiência de familiares meus, o costume é esse pagamento vir mais de um ano depois. E o cúmulo é que se passa recibo por aquilo que ainda não se recebeu, e temos de pagar IRS num ano quando só se recebe no ano seguinte.
Não. O nosso Estado não é "pessoa de bem"!

josé palmeiro disse...

Esta manhã, tivemos a resposta. Vão pagar o que devem com o que vão tirar aos desgraçados que têm as suas parcas poupanças, nos "certificados de aforro"!

cereja disse...

Realmente AB, 6 meses pode ser imenso para uma pequena empresa. E conheço pessoalmente casos de quem trabalhe só para o estado, (uma micro empresa!) num ministério em concreto, ele tem de pagar a quem sub-contracta mas depois só recebe no ano seguinte, o que é um horror.
De qualquer modo, haver um limite de 180 dias já é alguma coisa. Apesar de que o que se diz é que «serão alvo de uma auditoria« o que é mau para eles mas...

Anónimo disse...

Não chega.
Pata «moralizar» acho pouco, pouquíssimo, pouquissíssimo!!!!
Sei, por ter sentido na pele, o que é trabalhar com a promessa de que «o Estado nunca fica a dever, é preciso calma e paciência» sabendo nós que não podemos dar essa informação a quem nos envia a electricidade, o gás, a água, nem pagar com isso o supermercado, ou os transportes.
Chega-se ao absurdo de pedir um empréstimo bancário para subsistir enquanto se espera... o dinheiro que é nosso. Claro que os juros desse empréstimo não é o patrão em atraso que os paga!

Anónimo disse...

Raphael, também não acho que só isto não chega, mas olha que é um passinho. Pequeno, mas um passinho...