Guardar dinheiro?
Quando se lê que os portugueses ainda têm 41 milhões de contos ficamos animaditos. É alguma massa, assim olhando para ela toda junta… Onde é que a temos?
Trata-se de dinheiro “velho”, ainda em escudos, que não foi devolvido. Comecei a pensar onde é que teria metido essa massa, que me dava jeito. Para confessar tudo, eu sou das que cometeu esse pecado – tenho ali uma nota de cem paus a servir de marcador de livro. Enfim, aquilo são 50 cêntimos, e vai-me lembrando como era o ‘outro’ dinheiro antes do euro.
Contudo parece-me estranho porque 41 milhões é bastante dinheiro… Nós somos 10 milhões é verdade mas nesse número entram crianças e adolescentes que não vão fazer essas colecções, e numa família de 4 ou 5 pessoas é natural que tenha ficado apenas uma dessas notazinhas de recordação, como referi no meu caso.
Mas guardar uma nota de 5 contos já me parece estranho, que isso era dinheiro, para não falar nas de 10 onde parece que faltam mais de 600 mil. É estranho.
Sei que o dinheiro se tem desvalorizado muito, já lá vai o tempo em que o Igrejas Caeiro cantava que «uma nota de quinhentos não se pode deitar fora», mas guardar notas tão altas como colecção acho pouco normal.
Enfim, nem sempre se entende o que se passa na cabeça de cada um…
Trata-se de dinheiro “velho”, ainda em escudos, que não foi devolvido. Comecei a pensar onde é que teria metido essa massa, que me dava jeito. Para confessar tudo, eu sou das que cometeu esse pecado – tenho ali uma nota de cem paus a servir de marcador de livro. Enfim, aquilo são 50 cêntimos, e vai-me lembrando como era o ‘outro’ dinheiro antes do euro.
Contudo parece-me estranho porque 41 milhões é bastante dinheiro… Nós somos 10 milhões é verdade mas nesse número entram crianças e adolescentes que não vão fazer essas colecções, e numa família de 4 ou 5 pessoas é natural que tenha ficado apenas uma dessas notazinhas de recordação, como referi no meu caso.
Mas guardar uma nota de 5 contos já me parece estranho, que isso era dinheiro, para não falar nas de 10 onde parece que faltam mais de 600 mil. É estranho.
Sei que o dinheiro se tem desvalorizado muito, já lá vai o tempo em que o Igrejas Caeiro cantava que «uma nota de quinhentos não se pode deitar fora», mas guardar notas tão altas como colecção acho pouco normal.
Enfim, nem sempre se entende o que se passa na cabeça de cada um…
14 comentários:
Tenho passado por cá mais tarde, mas quero ver se retomo o saudável hábito de vir logo ao abrir da porta.
Esse costume de guardar umas recordaçõezinhas, não parece nada de mal. Mas já fico um tanto de boca aberta que se guarse como "recordação" uma nota de 10 contos! Olha que não tive assim muitas, quando apareciam era em trânsito...
Gulp! Que graaande gralha!
...«que se guardasse como recordação», caiu-me uma série de letras.
De 10 contos não guardei nenhuma, mas ainda guardei de mil e de quinhentos que me esqueci num casaco e só descobri algum (muito) tempo depois!
Ahahahah! Farpas, olha que tu afinal és mais rico do que eu julgava. Uma pessoa 'esquecer-se' de mil paus ( e isto há 8 anos quando o dinheiro valia menos) tem que se lhe diga!!!Mas isso de marcar um livro com uma nota, havia um familiar meu que o fazia e depois tinha boas surpresas, quando o abria e reparava que tinha mais uns trocos do que imaginava...
Mas, Emiéle, olha que faz impressão imaginar que 100$00 são... 50 cêntimos!
O que é a vida.
Eheheh! «Uma nota de quinhentos não se pode deitar fóra!» Isso é que era um dinheirão, nesses tempos. Mas o farpas não deitou nada fóra, muito pelo contrário, guardou-a cuidadosamente!
A Joaninha conseguiu, hoje foi a primeira!
Eu, pelo contrário, tirando as noites de insónia, que não tenho assim tantas, é como as notas, guardei só uns "pintores" de duas qualidades e não sei deles, dizia eu tirando essas noites em que me levanto e venho cá cedíssimo, depois também tenho o handicap de uma hora a menos, de forma que me tornei um pouco irregular.
Depois destes considerandos direi que subscrevo o King, ele disse tudo, até que não sabia da riqueza do Farpas, olá amigo!
Alto! Tocaste num ponto sensível e que me é caro lol!
Quando tinha menos dinheiro, comecei por comprar todas as notas de 20$00 e 50$00 que me apareceram à frente (novas, claro). Dos meus tempos de criança e das minhas memórias das notas. Nunca mais esquecerei a festa que era lá em casa quando a minha mãe recebia o salário em dinheiro! Adorava contar as notas todas ehehehehe
Bom, depois fui comprando notas de 100$00, 500$00 e 1.000$00. Um dia destes, pode ser que me dê na cabeça compras as que me faltam e correspondem aos meus anos de vida. Para além de querer deixá-las para a descendência, adoro olhar para aquilo. Para os pormenores. É que o papel-dinheiro, entre outras coisas, é arte. É história, já que marcam períodos.
Adoro igualmente apanhar tudo o que sejam notas da República de Weimar. Um período pré-Alemanha nazi que ficou conhecido como o período da história da humanidade com maiores taxas de inflação. As notas são descomunais. Tal como adoro apanhar as notas do período czarista da Rússia. Ou ainda da China pré-Mao. Ou ainda do Império Austro-Húngaro. Acho que são coisas sensacionais. O número de línguas impressas nas notas. A quantidade enorme de zeros! LOL! A originalidade na concepção das notas.
De períodos mais contemporâneos, a maravilha que é poder ter alguns espécimes de notas da Checoslováquia do período comunista. Simplesmente das notas mais bonitas que alguma vez vi. Ou ainda, as primeiras notas que circularam nas ex-Repúblicas da URSS. Ou ainda as que eram da Jugoslávia. Ou todas as que circularam em Moçambique e Angola após as independências. Sei lá. Dá pano para mangas...
Bem Miguel, do ponto de vista do coleccionismo, estou de acordo contigo. Parece-me, no entanto, que não foi por aí que a Emiéle escreveu o que escreveu.
Já agora, tens alguma do Alves dos Reis?
Lá dar pano para mangas dá Miguel.Mas então, se tens notas das ex-sovieticas ou de países de Leste, deves andar a pegar-lhes com pinças ,que desde a decada de 60, que nalguns países não se "faziam"notas.Metiam simplesmente nojo...mas, do ponto de vista do coleccionismo percebo e mais ainda, calculo que seja um excelente investimento.Agora,por amor dos deuses, não te lembres de ir propôr a compra da colecção à Camara ou à Cultura,dizendo que estão a ser muito cobiçadas no estrangeiro,que eles são capazes de comprar e nós já pagamos impostos que cheguem.E se fizeres doação, vê lá se propões um edificio que, de preferencia ,não custe milhões de recuperação.Agora a sério,és broker de profissão?Pareceu-me ontem na análise sobre as economias...(podias ser só economista,mas...)AB
eu contribuo para esses milhões, já que tenho algumas notas guardadas só por serem giras.
Oh Miguel, mas isso é muito diferente! Isso é coleccionismo e entra noutro modelo! Tanto quanto sei as notas da República de Weimar, eram tão grandes e com tão pouco valor que de dizia ainda não sei se completamente a brincar, que saia mais barato forrar as paredes com elas do que comprar papel!!!
Aliás eu também acho graça quando vou a um país guardar umas moedas e notas (mas de pequeno valor, não sou uma coleccionadora!!!)
E, também entendo quem tenho guardado como recordação, aliás porque realmente isto desvaloriza-se de tal modo que nem é assim uma grande coisa. Entendo o Farpas e a Saltapocinhas. Mas não deixo de achar que ainda anda por aí muito dinheiro - 41 milhões é muito milhão!!!
Bom Emiele, Portugal é um país de coleccionadores ou, melhor, "ajuntadores" lol. Mas também não sei se não haverá gente que ainda não se tenha apercebido que a moeda já não é o escudo...
Mais a sério, não sei se terão tido em conta o facto de muito desse dinheiro já não existir (rasgado, queimado, afogado, ralado, canalizado, lavado à máquina, comido, voado, etc...).
ab, não sou broker. Mas digamos que os mercados fazem parte do meu mundo académico e profissional. Porque globais e abrangentes, no primeiro plano, e porque numa das empresas onde trabalhei em África o nosso principal produto - todo para exportação - era transaccionado no mercado de futuros de Londres (tratava-se de uma commodity) o qual acompanhava de perto, assim como o de Kuala Lampur, relatórios agrícolas do USDA Foreign Agricultural Service, anuários estatísticos publicados em Jakarta e, enfim, ter em consideração os ciclos económicos, comportamento dos mercados de futuros, condições climatéricas, evolução cambial, etc etc etc etc etc etc etc etc lol
Oooooppppssss, acelerei no raciocínio e a última frase está um bocado estranha...lol!
Enviar um comentário