segunda-feira, novembro 19, 2007

Julgamentos



Eles lá vão a julgamento.
A Fátima (de) Felgueiras, o Avelino Ferreira Torres, a pouco e pouco
vão sendo chamados a tribunal. A gente sabe. Devagarinho, devagarinho, e lá vão.
Só que, como dizia ontem o Marcelo (e não é nenhuma grande descoberta dele),
a Justiça quando é demasiado lenta deixa de o ser. Claro que estes processos não devem ser fáceis. Acredito que sejam processos enormes, não só por as falcatruas também serem enormes, como por haver imensas testemunhas e apurar essas coisas todas demore tempo. Mas o certo é que quando finalmente se chegar a um veredicto, mesmo que se prove tudo, com tanto adiamento já os crimes prescreveram… Será essa a brilhante ideia?...
E já agora o que pode levar a Governadora Civil de Castelo Branco a dizer que não há pressas em investigar o terrível acidente ocorrido a semana passada? Que diga que deve ser BEM investigado é uma coisa, mas a referência à pressa é bem infeliz, quando se sabe que todos se queixam do oposto.


7 comentários:

Anónimo disse...

Essa conversa da Governadora é estranha. Por um lado entendo que não se comece a fazer «julgamentos públicos» como temos tanto a mania de fazer. Os media muita vez crucificam uma pessoa com base em duas ou três coisas, e depois esse ferrete fica para sempre. Mas que a frase foi muitíssimo infeliz, nem há dúvida.

Quanto aos autarcas em questão, cá para mim também penso que se está à espera da prescrição e mainada!

Anónimo disse...

Uma vergonha.
Também ouvi o Marcelo e a citar outra vergonha - o acidente com um avião na Madeira onde as indemnizações só chegaram 30 anos depois...
Esses casos de Seguradoras que vão a Tribunal, são sempre revoltantes. Porque enquanto empatam, o queixoso até pode morrer e a queixa deixa de fazer sentido.
Quanto aos «nossos» autarcas, seria de rir, se não fosse triste.

josé palmeiro disse...

É um facto que andamos a duas velocidades. Por um lado, espera-se que o tempo passe e como o tempo tudo esquece, pode ser que essa gente se fique a rir, aliás a senhora de Felgueiras, não viria do Brasil se disso não estivesse certa. Quanto à governadora civil, foi mesmo um "lapsus liguea", mas que a não deixa ficar bem na fotografia. Quanto à nossa justiça, é a que temos, sempre igual, para uns, sempre igual para os outros. Sendo que "uns" e "outros", são diferentes.

Anónimo disse...

Sobre a Fátima já disse em comentários anteriores o que penso.E vem-me sempre um amargo de boca enorme ao lembrar-me do Barros Moura da filha da p...que o seu próprio partido lhe fez exactamente por causa de Felgueiras.AB

Anónimo disse...

Olha AB, eu tinha uma ideia de que tinha havido realmente uma bronca com o PS e o Barros de Moura, mas nem me lembro o que foi...Ele já morreu há anos, e a ideia que tenho (mas vaga) é que antes do escândalo ter rebentado ele já tinha dito alguma coisa.

Anónimo disse...

Andamos sempre a marrar nestes 3 monstros: Justiça, Saúde e Educação. (nem sei porque me dou ao trabalho de lhe colocar maiúsculas!)
Tenho muitas dúvidas qual deles será pior.

Um pesadelo? Pois.

cereja disse...

Olha Mary, o Barros de Moura era um homem muito inteligente e sério. Começou no PC como muita gente, passou para o PS aí em 91; era deputado e foi, para azar dele, presidente da Assembleia Municipal de Felgueiras. Cheirou-lhe a esturro, suspeitou da tal corrupção que agora é evidente, e inocentemente avisou o seu Partido. Ingenuidade, porque a filha da p…ice de que fala a AB, foi o Jorge Coelho e o aparelho do partido terem preferido apoiar a Dama de Felgueiras por lhes parecer que ela ia ganhar… E como ele criticou o Partido foi excluído das listas de deputados nas eleições de 2002.
Morreu em 2003, e esta nódoa ninguém tira ao PS.

Ainda por cima com o escândalo que depois decorreu da óbvia desonestidade da dita senhora.