segunda-feira, outubro 08, 2007

«O Caderno da AB» - moda masculina

Em comentário ao post sobre o Vestuário Masculino , a AB recordou-se:
Por acaso existe aí uma fotografia do avô Eduardo, de polainitos ....na praia do Guincho. Quanto às abotoaduras, também existem por aí um par ou dois, de ouro, que eram usadas no "dia de S. Porco" ou em traje de jantar de cerimónia ou de ir à ópera. Alfinetes de gravata e botões de punho idem. E chapéus, desde o feltro mole ao à "diplomata" passando pelo Mazantini e até alguns bonés de grande aba para suportar óculos de condução.

E (isso ainda hoje me fascina) os "
foulards de soie" para "marcher en vainqueur" como cantava a Piaf que sabia muito bem do que falava.
E, falando de ópera, o meu avô não era grande apreciador do género, mas devia achar graça às "sobrettes" e o "ter de aparecer" era uma desculpa social aceitável em quase todas as famílias (ainda hoje)
...assim lá ia "adormecer", como ele dizia, para S. Carlos. E, para que os efeitos do sono se não tornassem visíveis durante a representação, o meu avô tinha uns sapatos especiais de ir à ópera: dois números abaixo. Assim, incomodado, não adormecia com toda a certeza.
AB

6 comentários:

Anónimo disse...

Ontem ainda tinha lido o comentário da AB, mas fizeste muito bem em o alçar para aqui, com outra visibilidade.

Anónimo disse...

Eu ontem não tinha voltado aos comentários e é muito boa ideia 'pescares' estes.
eheheheh!! Essa dos sapatos apertados é maravilhosa!
Essa das polainas, tenho ideia qye era uma coisa que protegia os sapatos, umas espécie de 'meia ao contrário', que se punha por cima da meia e sapato.
Não era...?

Anónimo disse...

Sobretudo aquecia King...o que para a praia...enfim...AB

josé palmeiro disse...

Já tinha, ontem, passado por este comentário e deixado o meu comentário.
Hoj, na volta dos "polainitos", que são, ou eram. exactamente, como o King insinua, lembrei-me de um outro objecto, muito utilizado nesses tempos. Nda tem a ver com vestuário, mas estava muito disseminado nesse tempo, refiro-me ao "escarrador", peça execrável, que eu ligo aos polainitos, porque me lembro do padrinho dos meus pais, pessoa respeitável e de elevado "status", que usava polainitos e tinha sempre, ao pé, um escarrador.

Anónimo disse...

È horrivel, mas há peças dessas fantásticas.Que retiradas do seu anteror uso são por exemplo optimos recipientes para flores.Suponho que o uso do rapé esteve muito na base de semelhante objecto.AB

cereja disse...

Pois é, Zé palmeiro, esse era um costume que hoje nos arrepia mas talvez a AB tenha achado a explicação: o rapé.
Eu, já há muito, muito tempo, escrevi um post (que hoje sou incapaz de o descobrir, porque nem sei em qual do blogs é que está...) exactamente sobre o «costume» que ainda há de cuspir para o chão - aliás nos jogos de futebol é a cada cinco minutos! - e associei isso a essa peça que em tempos era quase como os cinzeiros de hoje