O trânsito e as suas vítimas
É conhecido que uma das causas mais frequentes de óbitos em países desenvolvidos, são os acidentes de trânsito. Por cá temos andado a lutar contra isso por muitas formas, a melhor das quais seria a educação das pessoas, logo seguida pelo bom estado das estradas.
Uma vez, em conversa com uma amiga, ao mostrar o meu medo pela deslocação em moto, ela que não é exactamente uma motoqueira mas é amiga de vários, tentou uma lavagem ao cérebro ensinando-me que um verdadeiro motoqueiro veste uma verdadeira carapaça, todo ele vai protegido em toda e qualquer região sensível. Aceitei.
Contudo vejo agora que um estudo da UE diz que andar de moto é 220 vezes mais arriscado do que andar de autocarro ou comboio Aliás, para os que têm medo do avião, fiquem a saber que em último lugar vem esse transporte, com menos número de mortos do que qualquer outro : ) [talvez não seja de excluir a hipótese de também ser o modo como menos gente viagem, não se anda todos os dias de avião! ]
Bom, só uma nota também interessante - É que «a segunda forma mais perigosa de deslocação é não recorrer qualquer transporte e viajar a pé». Tal e qual! Mas - atenção preguiçosos ! - isto não significa que se morra de cansaço por andar a pé, ou que semelhante esforço desencadeie um ataque cardíaco, pelo que percebi, é perigoso porque se morre atropelado!!!
Mas, mais uma vez, aparece o crime e castigo, porque dizem que grande parte dos atropelamentos de peões é devido ao álcool. Não, não falo do álcool que o motorista ingeriu, mas sim ao que está no sangue do peão que o leva a ir aos tropeções pela estrada e enfiar-se debaixo de umas rodas.
Portanto, se precisar de se deslocar e estiver bêbado, peça é a alguém que o leve e mais nada!
Uma vez, em conversa com uma amiga, ao mostrar o meu medo pela deslocação em moto, ela que não é exactamente uma motoqueira mas é amiga de vários, tentou uma lavagem ao cérebro ensinando-me que um verdadeiro motoqueiro veste uma verdadeira carapaça, todo ele vai protegido em toda e qualquer região sensível. Aceitei.
Contudo vejo agora que um estudo da UE diz que andar de moto é 220 vezes mais arriscado do que andar de autocarro ou comboio Aliás, para os que têm medo do avião, fiquem a saber que em último lugar vem esse transporte, com menos número de mortos do que qualquer outro : ) [talvez não seja de excluir a hipótese de também ser o modo como menos gente viagem, não se anda todos os dias de avião! ]
Bom, só uma nota também interessante - É que «a segunda forma mais perigosa de deslocação é não recorrer qualquer transporte e viajar a pé». Tal e qual! Mas - atenção preguiçosos ! - isto não significa que se morra de cansaço por andar a pé, ou que semelhante esforço desencadeie um ataque cardíaco, pelo que percebi, é perigoso porque se morre atropelado!!!
Mas, mais uma vez, aparece o crime e castigo, porque dizem que grande parte dos atropelamentos de peões é devido ao álcool. Não, não falo do álcool que o motorista ingeriu, mas sim ao que está no sangue do peão que o leva a ir aos tropeções pela estrada e enfiar-se debaixo de umas rodas.
Portanto, se precisar de se deslocar e estiver bêbado, peça é a alguém que o leve e mais nada!
14 comentários:
Olha quanto às motas eu tenho um medo danado, e não me refiro a conduzir motas, refiro-me a conduzir na presença de motas, e este meu medo deve-se a um acidente grave que presenciei aqui há uns anos na estrada para a praia de Faro, acho que aquelas imagens me vão ficar sempre na cabeça, principalmente porque me percebi que com a velocidade que atingem e a irresponsabilidade de quem está em cima dela, uma mota pode-se tornar numa arma...
Olá Farpas!!!!!
A minha alma tá parva, encontra-te como primeiro comentador!!!!
(é verdade que também, ando por aqui a horas que não são as minhas...)
Quanto a mim, penso isso tal e qual. Não cou dizer que «a culpa» seja dos motards, pode haver uma concorr~encia de culpas, mas lá que é um transporte arriscado, creio não haver motivo para dúvidas.
E nem é só cá!
Como em tudo, há motards e motoqueiros. Da minha experiência de mais de quarenta anos, na estrada, alguns deles a andar em duas rodas, devo dizer que, sim há desastres horríveis, mas de moto, carro, autocarro, avião, barcos e demais transportes. A questão deve sempre colocar-se em termos de educação e de conhecimento do que se tem nas mãos, dos sítios por onde transitamos, etc, etc. A minha experiência com motards, diz-me que, quando transitam como deve ser, são cordiais ecompanheiros, adoram que o automobilista lhes sinalize se os viu ou não e correspondem com cumprimentos, o que não é muito habitual nos automobilistas. Agora que há uma enorme quantidade de impreparados, isso há, mas em todos os meios de transporte.
Creio adivinhar-se aqui dois clãs, rivais :))) (esta é contigo, Zé Palmeiro)
Posto o primeiro ponto, que como disse a Emiéle «a melhor [ de lutar contra os acidentes ] seria a educação das pessoas, logo seguida pelo bom estado das estradas», segue-se que há com certeza transportes mais perigosos do que outros. E a dita motocicleta, se o estudo é de toda a UE, mostra que é um transporte inseguro. Não por ser em duas rodas, que a bicicleta também o é, mas por aliar essa fragilidade das duas rodas à extrema velocidade que pode ser superior ao automóvel.
Afinal, meus amigos, segundo o estudo, ainda os transportes colectivos são onde há menos vítimas...
Brincas com essa dos peões bêbados, mas olha que é mesmo assim.
Até aqui em Lisboa, eu vejo barbaridades nas passadeiras e sobretudo fóra delas por peões que desafiam os automóveis como se fossem forcados a citar o touro.
Que quem guia muitas vezes é irresponsável, nem se discute, mas que há peões que também deveriam ser multados, essa é a minha opinião!
Não quero defender nem atacar os ditos motards, ou motoqueiros. Só um reparo ao José palmeiro: é verdade que há desastres horríveis em todos os transportes. Mas o que eles aqui falam é em percentagens, ou seja há MAIS acidentes com motos do que com os outros transportes. E não é um «mais» qualquer, é duzentas e vinte vezes mais!
Até podem ser bem educados, etc, etc, mas morrem que nem tordos, essa é que é essa! Se calhar a culpa até é dos automobilistas que os atiram para fora da estrada, eu sei lá, mas o que me importa é que há acidentes, e filho meu não anda nessa coisa!
Mas...atenção... independentemente de achar que é um veículo perigoso,indepentemente de concordar com a distinção entre motoqueiros e motards, há um preconceito contra as motas,sim.O "olha-me este ,já viste a cilindrada " e vá de acelerar para ver se a supremacia do 4 rodas com "um encostozinho"é reconhecida pelo 2 rodas não é tão infrequente quanto isso...como não é infelizmente "rasa"a reacção de alguns automibilistas face a um carro cheio de gente nova...Infelizmente.AB
Esse 'preconceito' contra as motos, não digo que não exista, e que muitas vezes pague o justo pelo pecador, mas AB, quem vai calmamente a conduzir a uma velocidade sensata e de repente há um relâmpago que lhe passa à tangente e desaparece no horizonte antes de conseguir ver o que é, tens de aceitar que é assustador! E muitas dessas máquinas, que realmente custam preços incríveis, andam também a velocidades incríveis com que um 4 rodas medíocre como o meu não consegue sonhar (nem quero!)
E também é certo que é a malta mais jovem que entra em aventuras radicais «motorizadas», daí que as companhias de seguros avaliem os riscos e lhes aumentem os prémios.
Não quero dizer que n
ao devam também aumentar os prémios aos velhinhos de 80 anos que entram em contra-mão nas auto-estradas!!!
ÁLCOOL vs ACIDENTES
O álcool é sempre o culpado, mormente se o condutor acusar excesso ao estipulado por lei, a qual já foi em Portugal de: 0,8%; 0,5%; 0,2% e de novo 0,5%.
Quando se decidiu introduzir o 0,2%, foi dada a razão, na televisão, por um conceituado especialista na matéria lá do Norte.
Dizia ele que defendia o 0,2% porque as estatísticas demonstravam haver mais acidentes com 0,2% do que 0,5%, o valor então em vigor (como agora).
Fique espantado: onde é que estava a explicação de causa e efeito? como é que uma tão conceituada personalidade chegava àquela conclusão?
Pela mesma lógica também poderei acrescentar que há mais acidentes com 0,1% do que com 0,2%, ou com 0,001% do que com 0,1%. No limite poderei até concluir que há mais acidentes com condutores que tenham bebido qualquer tipo de bebida (alcoólica ou não) do que com aqueles que beberam apenas bebidas alcoólicas.
Eis como a matemática e as estatísticas podem servir para se chegar à conclusão pretendida, por mais absurda que ela seja.
O álcool no sangue nem provoca o mesmo efeito em todas as pessoas. Neste como noutros casos o extremismo nunca é a solução mais aconselhável.
NOTA: Apesar de estar provado cientificamente que o consumo moderado de bebidas alcoólicas faz bem à saúde, há pessoas que POR QUESTÕES DE SAÚDE não o devem consumir, mesmo em pequenas quantidades.
Zé da Burra o Alentejano
É claro que o «Zé Burra» tem razão. Nem sempre a mesma quantidade de álcool produz o mesmo efeito, mas o certo é que deve haver um padrão onde quem vigia essas coisas se apoie.
Gostei de ver finalmente falado a questão de que os peões, apesar de como é evidente ser quem tem mais a perder, também não estarem isentos de culpa nessa copofonia. Há acidentes estúpidos, com gente que vai pela estrada completamente desequilibrada e que nem vê carros nem vê nada! Claro que isso não se pode impedir, mas era bom pelo menos sensibilizar um pouco as pessoas para os riscos que correm.
Deixo mais um pequeno contributo para o debate do assunto dos acidentes.
O aumento da motorização dos portugueses a partir dos anos 60 provocou um sucessivo aumento dos acidentes de viação, que atingiu um máximo nos anos 90 e a partir daí os acidentes têm, de acordo com as estatísticas, vindo sempre a descer. Porém são sempre demais.
Para a sua redução contribuem os automobilistas, mas não só, há outros factores importantes:
Porque será que deixou de se falar do IP5 como a "Estrada da Morte"? Pois é! a via rápida inicial deveria desde logo ter sido feita com o perfil de auto-estrada.
O mesmo acontece com o IP4, que é considerada agora a "Estrada da Morte". O IP3 entre a A1 e Viseu é também uma estrada extremamente perigosa e como está poderá ser também considerada uma "Estrada da Morte": embora tenha muitos troços com faixas separadas, elas são estreitas, têm subidas e descidas muito grandes, entradas e saídas com pouco espaço de acelaração/desacelaração, assim como falta de espaço à direita das vias para encostar em caso de necessidade. Nunca poderá ser uma auto-estrada. A via do Infante tem também alguns destes problemas entre Espanha e a A2, por isso, embora esteja classificada como auto-estrada, não tem as condições duma verdadeira auto-estrada.
Do mesmo modo, nalgumas "vias rápidas urbanas" deveria ser adoptado o sistema usado à muito noutros países: a colocação de barreiras metálicas que impessam o atravessamento dos peões em local impróprio, como já na 2.ª circular em frente ao estádio do Benfica, mas tal deveria ser estendido a resto da via.
Há estradas nacionais que são autênticas vias urbanas em grande parte do seu traçado, provocando demoras e estresse nos condutores, que os leva depois a tentar compensar o tempo perdido, andando mais depressa nos troços mais desimpedidos. Isso provoca também acidentes. Exemplos.: EN125 (Algarve), EN13 (Póvoa de Varzim Porto), etc. Porque deixaram de fazer os desvios às localidades que vinham fazendo quando desenvolveram a nossa rede de auto-estradas?
Muitos acidentes são devidos ao aumento da delinquência e da criminalidade em geral: Quantos carros roubados circulam pelo país? Será que esses condutores estão habilitados a conduzir e o fazem tendo em atenção as regras de trânsito? Em caso de acidente fugir não será a reacção óbvia?
Ainda que os carros sejam comprados pelos seus condutores, quantos é que circulam sem carta, em virtude da crescente dificuldade da sua obtenção? Não tendo carta, será que têm seguro e a inspecção em dia? Nestas condições, em caso de acidente, fugir não será também a reacção mais óbvia? Não será de prever que muitos desses veículos permanecem ainda em nome dos anteriores proprietários?
Zé da Burra o Alentejano
Depois de ter lido todos os vossos comentários bem argumentados, cheguei à conclusão que o problema principal dos acidentes (em qualquer país) depende realmente do civismo da sua população, do seu comportamento geral que se reflecte na estrada. Os mais bem educados até agora, respeitando prioridades quer de carros ou bicicletas, parando junto às passadeiras obrigatórias ou voluntariamente por amabilidade ou cortesia são os alemães da ex-BRD. Apesar dos holandeses respeitaram bem as regras, são mais impacientes, individualistas, arrogantes, antipáticos e irritantes na estrada. Mas quando chego a Portugal fico sempre pasmada como um povo de natureza pacífica, hospitaleira e cordial consegue ser tão mal comportado, bruto, agressivo, banana na estrada, ultrapassando de longe os defeitos do PoVo da NL. A desculpa das estradas e das cartas de condução semi-compradas, acho que já não pegam...
Aqui o amigo «Zé da Burra» por aquilo que pesquisei, é um especialista nestas questões do trânsito. Eu só chamei a atenção como perfeita leiga mas motorizada, para esta notícia.
Quanto ás motos, há decerto culpas de parte a parte, mas lá que eles 'provocam' não pode haver dúvida - ainda ontem, vinha com uma amiga a uma velocidade razoável pela faixa do meio da autoestrada do Estoril, uma moto passa-nos pela direita, põe-se à nossa frente abrandando imenso, mantem-se assim um ou dois minutos, e depois acelera desaparecendo no horizonte. Aquilo foi uma «gracinha» decerto.
Que as estradas têm de ser melhoradas, e o seu traçado corrigido como chama a atenção o Zé da Burra, não se discute sequer, mas a Lia tem razão quando ao mau feitio dos nossos condutores...
Apoio também as suas queixas, não obstante as estatísticas nos dizerem que a partir dos anos 90 os acidentes têm vindo sempre a descer, depois de terem tido uma subida rápida a partir dos anos 60 com o aumento da motorização dos portugueses. Porém são sempre demais.
Quanto às motocicletas, elas são as mais perigosas e estão envolvidas na maioria dos acidentes, se ponderarmos seu número relativamente o universo dos restantes veículos.
Zé da Burra o Alentejano
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