O poder da sugestão
Ontem, pelas 9 da noite, no silêncio da noite da aldeia onde estou ouve-se uma sirene cujo som nos parece ainda mais alto devido à pacatez geral.
Bombeiros.
Incêndio.
Corremos primeiro à janela, mas tudo parecia na mesma. Contudo começam-se a ouvir as sirenes dos carros de bombeiros. Uma, depois outra, e mais outra…
Ai meu Deus, que o caso é grave. Ainda por cima, há uns 15 dias houve por esta zona um incêndio bastante grande que implicou corte de estradas, causou muitos prejuízos, e nos deixou assustados. Ao fim de um bocado, tendo ouvido mais sirenes mas sem VER nada, decido subir a um local mais alto onde se costuma avistar quase todo o concelho! Até levo um binóculo e tudo, mas só vejo as luzes habituais e de vez em quando os faróis azuis e brancos dos nin-nó-nins. Entretanto chegam ali mais duas senhoras da terra, com o mesmo propósito, localizarem o incêndio e avaliarem o perigo que poderíamos correr. Explicam-me que a sirene era realmente sirene de incêndio, que o código era um apito para acidente e dois apitos para fogo. Elas lá sabem isso tudo e aceitei a explicação, mas o certo é que o clarão do incêndio não se conseguia ver apesar de virem bombeiros de duas localidades – isso percebia-se porque se via a estrada. Além disso elas estavam inquietas, porque tinham visto passar ambulâncias, e isso só podia ser por haver vidas em perigo…
A certa altura uma das senhoras aponta o céu e garante que «é ali», via uma nuvem escura. Como era de noite, para mim as nuvens eram todas escuras, e não distinguia que a que ela apontava fosse diferente de qualquer outra nuvem, mas acabei por concordar que talvez ali fosse realmente um escuro mais escuro. Pronto, ficou assente que o fogo já devia estar apagado uma vez que não se via clarão, mas seria ali.
Voltei para casa meia descansada, mas passei mal a noite que apesar de tudo um fogo tão perto era assustador.
Hoje, na minha volta habitual passo junto dos bombeiros e tento saber o que se tinha passado.
Bombeiros.
Incêndio.
Corremos primeiro à janela, mas tudo parecia na mesma. Contudo começam-se a ouvir as sirenes dos carros de bombeiros. Uma, depois outra, e mais outra…
Ai meu Deus, que o caso é grave. Ainda por cima, há uns 15 dias houve por esta zona um incêndio bastante grande que implicou corte de estradas, causou muitos prejuízos, e nos deixou assustados. Ao fim de um bocado, tendo ouvido mais sirenes mas sem VER nada, decido subir a um local mais alto onde se costuma avistar quase todo o concelho! Até levo um binóculo e tudo, mas só vejo as luzes habituais e de vez em quando os faróis azuis e brancos dos nin-nó-nins. Entretanto chegam ali mais duas senhoras da terra, com o mesmo propósito, localizarem o incêndio e avaliarem o perigo que poderíamos correr. Explicam-me que a sirene era realmente sirene de incêndio, que o código era um apito para acidente e dois apitos para fogo. Elas lá sabem isso tudo e aceitei a explicação, mas o certo é que o clarão do incêndio não se conseguia ver apesar de virem bombeiros de duas localidades – isso percebia-se porque se via a estrada. Além disso elas estavam inquietas, porque tinham visto passar ambulâncias, e isso só podia ser por haver vidas em perigo…
A certa altura uma das senhoras aponta o céu e garante que «é ali», via uma nuvem escura. Como era de noite, para mim as nuvens eram todas escuras, e não distinguia que a que ela apontava fosse diferente de qualquer outra nuvem, mas acabei por concordar que talvez ali fosse realmente um escuro mais escuro. Pronto, ficou assente que o fogo já devia estar apagado uma vez que não se via clarão, mas seria ali.
Voltei para casa meia descansada, mas passei mal a noite que apesar de tudo um fogo tão perto era assustador.
Hoje, na minha volta habitual passo junto dos bombeiros e tento saber o que se tinha passado.
Afinal tinha rebentado uma botija de gás, num local completamente diferente, e saíram diversos carros de bombeiros porque tiveram medo que aquilo alastrasse a outras casas e a ambulância a prevenir a existência de vítimas do rebentamento…
E nós todas tínhamos visto a tal nuvem negra!
E nós todas tínhamos visto a tal nuvem negra!
6 comentários:
Que sorte ainda andava por aqui quando entraram os posts!
Esta é muito boa e olha que muito verdadeira!!! A quem é que não aconteceu. A gente VÊ mesmo, mesmo que lá não esteja nada...
Que susto, heim?....
A época que atravessamos, a experiência que, nessas localidades há, de incêndios significativos, como noutras situações de angustia e ansiedade, leva-nos a ver o que não existe, ou existe, mas nada tem a ver com a realidade, que queremos conhecer. De qualquer forma, a hora e o local, em que aconteceu, deixa-nos sempre alerta e com visões.
Com incendio ou sem incendio,muitas outras situações da vida me têm ensinado que as pessoas veem aquilo que querem ver e a inversa tb.é verdadeira.Mas falas do poder da sugestão...claro.Olha os milagres...AB
Concordo plenamente convosco. Afinal até os nossos olhos nos podem enganar quanto mais os nossos outros sentidos. Auto-sugestão, ilusão óptica, interpretações "à pedrada" ou influenciadas por propaganda...no tal filme "How Art made the world" que já referi antes, comentam e demonstram que sempre foi assim...aí pus-me a pensar que quem tem medo de alguma coisa, sempre exagera na descrição do que viu (aranhas gigantes que qdo se verifica, quase nem se vêem de minúsculas que são). Portanto, os ditos milagres (perdoem-me os crentes) de Jesus devem tb ter sido algo do género...bancos de areia, aparência de andar sobre as águas...as tais sereias dos marinheiros febris...belas focas ou lobos do mar, espreguiçando-se nas rochas, margens...que tal esta minha teoria das sereias? E como estas há outras como vocês sugeriram entrelinhas...
Pois é. No creo en bruxas, pero...
A verdade é que nós vemos o que ou queremos ou receamos ver. Sempre assim foi, mas o exemplo de ontem foi curioso.
Sustos!
Nada muda. A joaninha continua a ser a primeira a comentar tudo.
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