Auto-imagem
Era um conceito que há umas dezenas de anos não se usava tanto, mas hoje é corriqueiro. Todos falamos em auto-imagem, em auto-estima, e aquilo que na escala de valores vitorianos era mau, era visto como vaidade ou egoísmo, é hoje - e correctamente – na actual escala de valores, encarado como um modo adequado de nos posicionarmos na sociedade. É importante acreditarmos em nós, «gostarmos» de nós. Ou seja, devemos ter uma boa auto-imagem.
Não só psicologicamente, como até fisicamente. Reparem na quantidade de publicidade que nos anda a convencer a usar determinado champô, ou creme, ou desodorizante, para termos melhor aspecto. Ora uma das coisas que julgo importante do ponto de vista de saúde mas também do ponto de vista estético é mostrar uns dentesbem tratados decentes. Óbvio, não?
E em Portugal encontramos imensas pessoas com um aspecto desgraçado nesse aspecto, coisa que sempre considerei associado ao facto de o SNS não cobrir despesas dessa área de saúde e os dentistas serem caros para os nossos ordenados. Mas há limites. E, se hoje vim escrever este ‘desabafo’ foi porque me fez impressão num curto espaço de tempo ter encontrado duas pessoas, que me fizeram desviar os olhos quando precisei de falar com elas. Os dentes estragados são os incisivos pelo que é impossível não os ver, e o estranho é que quer num caso quer noutro não pode ser por miséria que se deixaram chegar àquele estado. São comerciantes com pequenos estabelecimentos, têm automóvel, e alguns pequenos ‘sinais exteriores de riqueza’. Por outro lado quando falam exprimem-se com muita educação e até alguma cultura.
Então não terão espelhos em casa? Se calhar olham sempre para os espelhos de boca fechada, porque para fazer a barba não é preciso abrir a boca e quando lavam os ditos dentes se calhar a espuma esconde aquele aspectorepulsivo desagradável.
Mesmo assim custa-me pensar com se chega àquele estado.
Ó criaturas, cuidado com a auto-imagem!
Não só psicologicamente, como até fisicamente. Reparem na quantidade de publicidade que nos anda a convencer a usar determinado champô, ou creme, ou desodorizante, para termos melhor aspecto. Ora uma das coisas que julgo importante do ponto de vista de saúde mas também do ponto de vista estético é mostrar uns dentes
E em Portugal encontramos imensas pessoas com um aspecto desgraçado nesse aspecto, coisa que sempre considerei associado ao facto de o SNS não cobrir despesas dessa área de saúde e os dentistas serem caros para os nossos ordenados. Mas há limites. E, se hoje vim escrever este ‘desabafo’ foi porque me fez impressão num curto espaço de tempo ter encontrado duas pessoas, que me fizeram desviar os olhos quando precisei de falar com elas. Os dentes estragados são os incisivos pelo que é impossível não os ver, e o estranho é que quer num caso quer noutro não pode ser por miséria que se deixaram chegar àquele estado. São comerciantes com pequenos estabelecimentos, têm automóvel, e alguns pequenos ‘sinais exteriores de riqueza’. Por outro lado quando falam exprimem-se com muita educação e até alguma cultura.
Então não terão espelhos em casa? Se calhar olham sempre para os espelhos de boca fechada, porque para fazer a barba não é preciso abrir a boca e quando lavam os ditos dentes se calhar a espuma esconde aquele aspecto
Mesmo assim custa-me pensar com se chega àquele estado.
Ó criaturas, cuidado com a auto-imagem!
5 comentários:
De uma forma geral quem se desleixa muito costumam ser pessoas ou de um nível social, ou socio-cultural, mais baixi, ou realmente por motivos económicos que são de peso, neste caso.
Contudo o que contas dá para imaginar que é mesmo apenas desleixo ou... medo do dentista.
Contudo tens razão, a imagem que nos deixa é profundamente desagradável.
Difícil não concordar com o que dizes. O facto de não ser uma especialidade coberta pelo SNS, ter preços incompatíveis, o pânico que uma determinada geração tem do "dentista", quando não era fácil tratar os dentes, a falta de profissionais espalhados pelo país, e os maus profissionais, são razões para a realidade que relatas. Por outro lado, o hábitos de higiene, deficientes, agravam a situação. Parece-me que hoje, com a proliferação de dentistas, a necessidade da "imagem" e a consciêncilização de que "bons dentes, melhor saúde", terá resultados a longo prazo, até porque o "medo", está ultrapassado pelas técnicas actuais, muito menos dolorosas e mais eficientes.
Sei muito bem do que falas ...há duas pessoas que eu (e tu)conheço que me deixam em caso de desespero.Uma fala com a mão à frente da boca e era uma das raparigas mais ´"giras" da sua época uma espécie de musa aí dos cineastas...a outra faz do desleixouma espécie de arma de agressão a terceiros.Não aguento.AB
Num ou noutro dos casos que citei não me cheira nada a auto-estima em baixo...e quando falo em agressão é exactamente por isso.AB
:))) Oh, AB, tu!.....
Sei bem o que queres dizes, neste caso são pessoas que eu realmente nem conheço. Comerciantes da pequena vila onde me abasteço. Mas a verdade é que em qualquer dos casos onde falei, a linguagem que utilizam, deixa imaginar que são pessoas educadas e não estão tão na punúria que não possam arrancar «aquela coisa» e por um artificial que se não for 'implante' também não é exactamente uma fortuna! Só posso pensar que «não liguem» mas custa-me pensar.
Enviar um comentário