Os livros para férias
Tenho uma ideia de já por aqui ter falado no assunto, provavelmente faz agora um ano…
Mas a verdade é que isto acontece-me todos os anos.
Uns tempos antes das férias começo a juntar num montinho os livros que considero serem bons «livros de férias». Ou seja, romances, livros de conteúdo leve, alguns de que me falaram mas não os li, etc.
Isto são as minhas intenções.
Depois vem a prática…! Nunca é como planeio. O mais frequente é que depois de os comprar não resisto a esperar pelas férias e acabo por o consumir muito antes disso.
Claro que há o oposto, aqueles que me parecem muito ‘pesados’ e ficam para as férias porque então terei mais tempo, mas nesse caso acontece o contrário, ficam de umas férias para outras, porque não me apetece nada pegar nesses tijolos…!
Agora, antes de partir para fora de Lisboa, estou aqui a fazer o meu montinho. Alguns deles levo-os para reler, gostei tanto da primeira vez que vou saborear de novo, devagarinho na calma das férias, como acontece com «O Século Passado» do Silva Melo. Mas um deles, que é mesmo um livro de férias, acabei-o ontem. Chama-se «A Sombra do Vento» de um espanhol Carlos Ruiz Zafón, e tem tudo o que deve ter. É quase um policial, é um livro sobre um livro sobre um livro… Um ‘jogo de espelhos’ onde a ficção é afinal a realidade e a realidade se diverte em ir atrás da ficção.
Mas a verdade é que isto acontece-me todos os anos.
Uns tempos antes das férias começo a juntar num montinho os livros que considero serem bons «livros de férias». Ou seja, romances, livros de conteúdo leve, alguns de que me falaram mas não os li, etc.
Isto são as minhas intenções.
Depois vem a prática…! Nunca é como planeio. O mais frequente é que depois de os comprar não resisto a esperar pelas férias e acabo por o consumir muito antes disso.
Claro que há o oposto, aqueles que me parecem muito ‘pesados’ e ficam para as férias porque então terei mais tempo, mas nesse caso acontece o contrário, ficam de umas férias para outras, porque não me apetece nada pegar nesses tijolos…!
Agora, antes de partir para fora de Lisboa, estou aqui a fazer o meu montinho. Alguns deles levo-os para reler, gostei tanto da primeira vez que vou saborear de novo, devagarinho na calma das férias, como acontece com «O Século Passado» do Silva Melo. Mas um deles, que é mesmo um livro de férias, acabei-o ontem. Chama-se «A Sombra do Vento» de um espanhol Carlos Ruiz Zafón, e tem tudo o que deve ter. É quase um policial, é um livro sobre um livro sobre um livro… Um ‘jogo de espelhos’ onde a ficção é afinal a realidade e a realidade se diverte em ir atrás da ficção.
Belo romance de férias.
17 comentários:
Não costumo levar muitos para não ir carregada. Penso sempre que depois compro...
Este de que falas é sugestivo.
Se o encontrar acho que vou arriscar. Fui fazer uma busca na net e o que li agradou-me.
Li-o já o ano passado e também gostei!
Reli nas férias um do Abelaira (o meu autor português preferido) "Boas intenções" de 1963!
O Abelaira é uma boa leitura para férias
Já agora, que fiz a minha busca, deixo aqui o link.
Interessou-me um livro que pelo que dizem:
O enredo mistura géneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo
Nada mau!
Mas que boa sugestão de leitura. Qdo estive em Maio em Port. comprei esse livro para ler mais tarde nas férias de Verão e em Português. Tenho estado a adiar pq dizem que é tão bom que se sente pena de terminar. O livro foi-me sugerido por pessoas de diversas nacionalidades,o que despertou ainda mais o meu interesse, e por ter notado que tem fascinado tantos tipos diferentes de leitores: latinos, nórdicos, homens, mulheres, românticos e até os super "concretos"...Estou curiosa mas tenho de escolher o momento certo para iniciar a leitura...Lia
Lê-se muito bem.
Há uma altura, mais para o fim, que é «gótico» demais para o meu gosto... Mas está muitíssimo bem escrito, o que é de aplaudir.
A Espanha tem belíssimos escritores!
Méri, claro que o Abelaira é o Abelaira. E por mim creio que o reler-se o que se escreve de bom, é sempre vantajoso.
Pois bem eu sou um bocado rapariga de "arrebanhanços"...ou seja de vez em quando entro numa livraria e da minha lista prévia compro uma "catrefada2 de uma vez.Só que há livros que anulam outros...e esses outros vão ficando...O Jorge Silva Melo anulou a minha capacidade deler a Lidia Jorge "Combateremos a Sombra" de tal maneira que até os nomes escolhidos para os personagens me irritaram...portanto Lidia a ler...Por outro lado tenho ali e estou a acabar a "História de amor e trevas"Amos Oz ,que me remeteu para tantas coisas que eu não sabia, que me tenho perdido na pesquisa dessas várias coisas ...e resta o Philip Roth-"Todo-o-mundo"(que raio de tradução do titulo)que não é propriamente um livro de férias...mas...como sugestão deixaria dois jovens autores-João Tordo com o seu "Hotel Memória"e Gonçalo M.Tavares a começar pelo "Jerúsalem"...AB
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Olá Lia!! Sejas bem vinda aqui.(olha, se desejares que o teu nome ou nick apareça com mais destaque, clica em «outro» e depois onde diz «nome» escreves o nome, deixando em branco onde está 'página de web') tem piada teres ouvido falar nela aí na Holanda e por pessoas de diversas nacionalidades. Portanto os gostos não têm a ver com o tipo de vida e experiências que temos...
AB
Por acaso como li a Lídia Jorge ANTES, não tive esse problema, mas entendo-te...
Falas aí de vários que não conheço.
Vamos ter de conversar...
Emiéle, obgda pela sugestão mas é que ainda não consegui entrar sem ser com anónimo. Recebo informaçòes em Holandês, dizendo que uso símbolos ??? inválidos e que o o URL não sei o quê...Não entendo o que faço mal pq s;o escrevi letras...Obhgda pelas Boas vindas. e Sabe uma coisa gira...tb sou Taurus...e esta? Lia
Afinal a gora entrou...Ficou resolvido....
Os «Touros» são óptimos! Tudo boa gente...
:)
(isto é resposta à Lia, não fiquem para aí a pensar...!)
Concordo, os gostos, as boas pessoas, a solidariedade são tudo conceitos bem universais...
Tb tinha essa opinião geral dos touros até ter encontrado um (uma) um pouco mázinha...a minha teoria foi-se por água abaixo e fiquei confusa...Mas, por outro lado, dizem que a excepção, confirma a regra, nào é?
não te esqueças da "roseira brava"!!
Pois foi, esse foi o teu conselho e anotei-o não sei onde.
Ainda bem que relembras!
Não é necessário dizer mais nada, tu disseste tudo.
A leitura é assim mesmo e umas vezes, por mais voltas que dermos, não entram e voltam para a estante até ao dia em que se devoram de uma vez. Outros há que nunca mais lhes pegamos.
Quanto às tuas recomendações, agradam-me.
Vou tentar lê-los, principalmente o do Jorge Silva Melo.
Mais uma vez, boas férias, uma sestas valentes e óptimas leituras.
Fui no sábado à Biblioteca e encontrei este interessante livro que comecei a ler, daqueles que se lê quase dum "trago", o qual envio abaixo, juntamente com a triste notícia de que a escritora faleceu há pouco:
"Marianne Fredriksson, uma das autoras suecas mais conhecidas internacionalmente, faleceu no domingo, aos 79 anos, na sua residência em Osterskar, nos arredores de Estocolmo, informaram hoje os "media" locais."
Marianne Fredriksson - DUAS MULHERES, UM DESTINO
(…)A força da escrita de Fredriksson encontra-se na combinação perfeita entre a simplicidade da escrita e a caracterização extraordinariamente rica e detalhada das personagens. O resultado é um livro cativante sobre o poder da amizade e de como o decorrer do tempo pode curar a dor do passado.
Um romance tocante e de muita elegância sobre o tempo, a memória, o amor, a distância e as feridas por eles feitas e ocultadas durante uma vida inteira. «Duas Mulheres, Um Destino» é considerado o trabalho de ficção mais afectivo e sensível de Fredriksson até à data.
Já que estou on-line aproveito para anotar mais uma sugestão de leitura que dá perfeitamente para se ler nas férias ou no fim-de-semana:
Amélie Nothomb - Temor e Tremor
Título original:
Stupeur et tremblements,roman, Albin Michel,1999,Grand prix du roman de l’Academie française.
Esta escritora ainda não é muito conhecida em Port. e nem todos os livros são fáceis de ler ou de entender. Ela é muito provocadora a nível de temas, irónica, mordaz, cínica, o que me faz rir quase "diabolicamente". O primeiro livro que li foi o sugerido, o qual já foi traduzido em várias línguas. Lê-se facilmente por conter muitos diálogos e descrições numa linguagem clara, simples mas bem cuidada e original. Mais um pró é o facto desta ser belga mas ter crescido no meio da cultura exótica e por vezes peculiar do Japão. Ela joga com ambos os mundos e conceitos, o que torna a leitura ainda mais cativante...Até pareço quase fã...Aqui vão mais dados dela:
Amélie Nothomb nasceu em Kobe, no Japão, em 1967, tendo passado a infância e a adolescência no Extremo-Oriente, em particular naquele país e na China. Profundamente marcada pelo Japão, onde o seu pai foi embaixador, fala fluentemente japonês e foi intérprete em Tóquio. Em 1992, com 25 anos, fez a sua entrada no mundo das letras, sendo hoje uma das figuras mais mediáticas da cena literária francesa.
Publicados pela ASA estão já os seus romances Temor e Tremor, que venceu em 1999 o Grande Prémio de Romance da Academia Francesa, Dicionário de Nomes Próprios e Antichrista. Tem nacionalidade belga e vive actualmente em Bruxelas.
Para mais informações, podem consultar este link mas há mais fontes….
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lie_Nothomb
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