quinta-feira, julho 12, 2007

A vida atrás do pequeno ecrã

Todos temos a noção, em certas circunstâncias, do que separa a vida real da fantasia.
Se estamos a assistir a um filme ou uma série onde o desenrolar da acção se passe entre personagens muito ricas, ou nem isso, simplesmente ricas, sabemos que a distância entre o que vemos e a nossa vida é imensa, é outro universo e assiste-se àquilo como uma história de fadas. OK, é ‘outro mundo’.
Mas muitas vezes há histórias, afinal também do ‘outro mundo’, onde as personagens são pessoas comuns, classe média ou nem isso. Estou a lembrar-me, por exemplo, da série CSI, mas isto repete-se muito frequentemente em filmes onde há um suspeito que está a ser interrogado. A páginas tantas, sentindo-se atrapalhado, ele declara: «Vou chamar o meu advogado!» e insiste, peremptório, «Não digo mais nada sem fazer um telefonema ao meu advogado
O que me maravilha é como é que eles têm «o seu advogado». Eu nem sequer tenho o «meu médico» apesar de haver um senhor lá no Centro de Saúde que tem a minha ficha, mas se me desse na cabeça mandá-lo chamar duvido que resultasse… Agora um advogado..?!
Como gosto de exercícios de fantasia, por vezes projecto-me nessas situações, e ali, fechada numa sala com um FBI, olho-o e digo secamente «Vou fazer uma chamada para o meu advogado!», e depois…?!!! Ele, estendia-me o telefone e que raio é que eu fazia?
Note-se que até conheço mais ou menos, algumas pessoas formadas em direito e que exercem essa profissão, mas a verdade é que andam sempre ocupadíssimas além de especializadas noutros ramos do direito. Imaginar que perante um telefonema meu larguem tudo que estão a fazer e dentro de minutos cheguem em meu socorro, de capa a esvoaçar tipo Super-homem ou Batman, é completamente delirante!

Mas quando se vê essa cena num ecrã de tv, até parece normal, não é?

8 comentários:

josé palmeiro disse...

Parece verdade, não é? E depois tens mesmo que ter, nem que seja oficioso. Pudera, ao contrário dos médicos, foram feitos tantos...., nessas inúmeras universidades(?). Mas lá que, não é como nos filmes, isso não é!

cereja disse...

Mas repara que um «oficioso» não dá aquele ar do MEU ADVOGADO! ! é coisinha mais simples...
E, acho que é mesmo fantasia de 'cenário de filme' mesmo lá nos States aquilo não pode ser assim! Mas lá que tem graça...

Anónimo disse...

é engraçado que eu já me tinha interrogado, num exercício de larga fantasia, se nos States seria assim, tipo uma pessoa ter advogado de família como quem tem médico de família... aquilo é tão comum nos filmes e nas séries... mas, de qualquer modo, ainda que mui hipoteticamente fosse, não viria a correr, como diz a emiele

Anónimo disse...

Olha, olha...
Hoje tudo madrugou! Cada vez tens mais leitores matutinos, Emiéle (já estive a bisbilhotar os posts todos!!!)

Sabes que isto vem mesmo ao encontro do que tinha pensado..?! Como disse agora a Maria M. pensei que se calhar lá, as famílias tinham um «advogado de família» como o médico de família. Porque é com um ar tão natural que falam no meu advogado !
Por mim, as vezes onde pensei precisar de um conselho andei por aí, ó tia, ó tia, a perguntar «alguém me aconselha um advogado?»

saltapocinhas disse...

sendo assim, o melhor é portares-te sempre muito bem!!

Trilby disse...

Não entendes nada de coisas de polícias e ladrões, pazinha! Eu explico-te: Quando se tem como profissão ser-se ladrão ou assassino uma das condições é arranjar um advogado, é assim como nós quando arranjamos um emprego começarmos a descontar para a S.Social, estás a ver? Depois conforme se sobe na carreira, por exemplo, quando se chega a serial killer ou a mafioso, aumenta-se o número de advogados a trabalhar por conta, assim como tu aumentas a percentagem dos descontos para a S.S.. Tás a ver? É simples...
;P

Leonidas disse...

Será assim nos EUA? Pela ideia com que se fica, pelos filmaes, é que os advogados devem funcionar de modo bem diferente dos de cá. Geralmente trabalham para empresas, especializando-se cada um nyma área específica, será que não existe de facto um "advogado de família"? Por exemplo, como cá há correctores, mediadores de seguros, etc, lá poderão ser essas empresas a tratar de tudo que seja papelada....?! Nesse caso o correcto seria "vou ligar à minha empresa de advogados" porque na realidade nenhum advogado sabe tudo sobre todas as áreas, eu por exemplo, a única vez que contactei um (aqui na terra) ele disse-me logo que não estava à vontade no assunto e que o teria que estudar.

cereja disse...

Oh Saltapocinhas, eu porto-me sempre muuuuito bem! Não duvides. É que se por acaso me visse num apuro daqueles, era o tal «erro judicial», tás a ver? E aí é que entrava «o meu advogado» que me salvava daquela aflição!
Tlilby - E não é que estás cheia de razão?!..... Não me tinha ocorrido, mas é mesmo isso. Eles têm uma avença com um advogado e quanto mais vigaristas mais advogados às ordens devem ter! Faz parte das suas despesas correntes. E os pobres (?) desses advogados bem se esfolam a trabalhar só para esses senhores.