domingo, julho 15, 2007

Um post atrasado

Ontem foi 14 de Julho. Dia Nacional da França.
Sou de uma geração onde a França e a cultura e história francesa tiveram muita importância. O «14 Juillet» era UMA DATA .
Tinha arranjado esta canção para deixar ontem em post, como homenagem. (mas, nem sei bem como, ficou esquecido em rascunho)
Porque a Tomada da Bastilha foi já há séculos, é um símbolo da queda da opressão, mas hoje em dia apenas um símbolo. A Resistência foi nos nossos dias. Foi «ontem».
No Youtube encontrei apenas esta canção em versões modernas ou cantada pela Mireille Mathieu. Não! A Mireille Mathieu tem uma bela voz mas não para esta canção que sempre recordarei assim:





9 comentários:

Anónimo disse...

Oh, que raio, Emiéle! Fico para aqui com um nó na garganta. Estou velho é o que é!

Anónimo disse...

Ah!le 14 Juillet à Paris qu'aujourd'hui c'est le rendez-vous "paname"...Les Tuilleries oú se promenait le roi,aujourd'hui c'est le rendez-vous "paname"...
Pois é, de facto a Matieu tem boa voz,mas não é nem para Piaf,embora tenha sido por aí que ela começou, bem como com a canção do filme "Paris já está a arder".Mas é preciso outras vivencias para lá da voz para que algumas canções tenham sentido.Para mim o "Chant des Partisans" ou é Montand ou Reggiani...E se houvesse um feminino era Greco.Se por um lado a data da tomada da Bastilha foi e é, ainda, a grande festa popular francesa,se por outro lado ainda se vêem em variadissimos sítios pequenas ou grandes lápides com os nomes dos que, na 2ª guerra ,morreram na invasão alemã,devo confessar que me custou imenso a engolir( e aos franceses então nem se fala)aquela ideia de numa das comemorações do 14 de julho,já depois da queda do muro de Berlim,terem feito passar tanques alemães debaixo do Arco do Triunfo...A ideia percebe-se mas a memória é uma coisa lixada e não há "espectáculo"que deva esquecer as sensibilidades de um povo invadido.AB

Anónimo disse...

Esplêndida ideia o "Chant des partisans".
Há anos que tento encontrar um da mesma altura, mas "fora do mercado". Chama-se C'est a l'aube.
Alguém conhece? fj

Anónimo disse...

Querida Emiéle, isto é quase um presente!
O King falou num nó na garganta, e eu digo que me subiram as lágrimas aos olhos… é o passado que de repente aparece. Comove brutalmente.
Como muito bem diz a AB, tinha de ser uma voz mais «madura», mais experiente, e eu já tinha andado a ver no Youtube também, e não gostei de nada do que vi. Ou eram composições quase em Rap, ou a canção era mais ou menos esta mas com imagens para «provarem» teses muito (demasiado) de política actual, enfim não me identifiquei.
A AB tem toda a razão, aquela de «somos todos amigos, o que lá vai, lá vai» depois da queda do muro, não me convenceu muito e imagino que também tenha chocado os franceses. Se bem me lembro até viraram as costas ao desfile nesse ano!

Anónimo disse...

C'est à l'aube?Sabes quem cantava?Ou se se chamava mesmo assim?AB

cereja disse...

Disse logo ao FJ que se houvesse alguém que soubesse eras tu! Vamos ver se ele se lembra de mais pormenores.

josé palmeiro disse...

Só agora cheguei e estou como o King com o nó na garganta, mas ao contrário dele, sinto ser um privilégio ter a idade que tenho e ter todas essas referências. São a minha FORTUNA!
Depois, AB. completa o ramalhete e não são precisas mais palavras.

Anónimo disse...

Emiele a canção que o FJ quer é cantada pelo Montand,tb.è mais tardia que a outra(1949).A letra é do Flavien Monod irmão duma das letristas mais queridas da Piaf e do Philippe Gerard.Editions Metropolitaines.Ele pode obter a letra no ABC de la chanson francophone.AB

Anónimo disse...

Atenção erro.O Flavien é outro.È Monnot e não Monod como este.AB