quinta-feira, julho 19, 2007

Genéricos

A ideia de «genéricos» é uma boa ideia.
Deverá travar alguns preços de medicamentos e dar uma opção de escolha a quem necessita de se tratar. Aliás já pude constatar pessoalmente que quando começaram os genéricos alguns medicamentos de marca baixaram de tal forma que ficaram ao mesmo preço – ou até, lembro-me de um que tomava que ficou com o preço inferior a um dos genéricos.

Porque nestas coisas, só vemos a pontinha do iceberg.
A «indústria» dos genéricos também é forte! E ouvimos agora que
Portugal tem preços demasiado elevados para os medicamentos genéricos
Uma das coisas que me admirou quando uma vez procurei um genérico foi a variedade da escolha (?). Julgava eu que só havia UM para aquela substância… Não senhor! Aliás a queixa que existe é que «há um número excessivo de genéricos na mesma substância activa»
Ah sim?...
E já agora, aquela ideia da unidose, para evitar desperdícios? Nasceu mas até hoje ainda não se viu nada, e contudo parecia ser uma boa ideia. Não devo ser só eu que tenho uma gaveta cheia com embalagens de drogas, meio cheias e que apesar de tudo guardo porque pode ser que um dia sejam precisas. Mas paguei tudo, o que precisava e o que não precisava!

8 comentários:

Farpas disse...

Claro! São grandes negócios! Um medicamento que diz expressamente que não deve ser tomado durante mais de 3 dias, duas vezes ao dia dá 6 comprimidos, a caixa tem 24... quando voltas a precisar deles estão fora da validade e lá vai mais uma caixa de 24 para tomares 6...

Anónimo disse...

É isso, Farpas e Emiéle. É um desperdício que dá volta ao estômago!!! raramente quilo está pensado de forma a acertar com o que o médico costuma mandar. Muitas vezes uma caixa também não chega e então lá vão duas para se vir a tomar uma e mais dois comprimios da outra...
Quanto a isso dos genéricos, estou como tu, da primeira vez que usei pensei que fosse assim como um «produto branco», só existisse um. Ná, ná.. Há uma catrefada deles!

josé palmeiro disse...

Já uma vez aqui o referi, e volto a fazê-lo.
Primeiro, não há genéricos em Portugal! Há sim medicamentos a quem chamam genéricos, mas que são de todas ou quase todas as marcas que operam no mercado. Direi mais, são versões "populares" dos medicamentos de marca. Quanto ao receituário, é um desperdício. Vai para trinta e três anos, nasceu-me um filho, em UNTALI, cidade fronteriça com Moçambique, na então Rodésia, actual Zimbabué. Pois bem, nasceu no Hospital Público, da terra, às mãos do conceitudo Dr. Key, e já nessa altura, os medicamentos eram, quer em ambiente hospitalar, quer em ambulatório, receitados, no sistema "unidose". Nós, nunca o fizemos, será que só copiamos o que não interessa?
Acho que o problema não está, em aprender ou não, porque não queremos aprender, logo..., quem se trama são os que, sempre pagam....

susana disse...

é isso mesmo. em inglaterra dão-te uma embalagem com o número exacto de comprimidos que precisas para um tratamento. não há desperdício. quanto às substãncias activas, a coisa é mais complicada. por exemplo, pode ser amoxicilina, mas ser cultivo de diferentes países e isso fazer diferença porque uma é mais eficaz que outra.

Anónimo disse...

Fugiu-me o comentário!!!
Mas volto a escrever:

São negócios muito estranhos. O que o José palmeiro diz faz sentido, aquilo a que se chama 'genérico' são apenas «versões "populares" dos medicamentos de marca». Porque a não ser assim não se entende que tanta marca tenhas os seus genéricos. coisa esquisita!
As doses que sobram, realmente é uma coisa de que todos nos queixamos, e sei bem que em Inglsterra há muito tempo que funciona desse modo. Copiamos coisas como a tal «flexisegurança» mas coisas destas não se copia...

cereja disse...

Os comentários às vezes, dá-lhes a mania e fogem! Uns chatos. Já me tem acontecido...
Estas coisas todas só continuam a mostrar como a Saúde é um negócio. E lucrativo, porque se há coisas de que podemos prescindir, da Saúde é que não.

ilha_man disse...

Por falar em Inglaterra, no outro dia vi na TV uma entrevista com o Michael Moore sobre o seu novo documentário Sico, e ele dizia que em Inglaterra os médicos recebem uma bonificação por cada doente que conseguem curar...é como os chocolates na Suiça :)

cereja disse...

Olha, Ilha_man, este «peixe» vendo-o tal e qual o ouvi. Dizia-se que dantes, creio que na China ou pelo menos num país exótico, os médicos eram pagos para manter os clientes de saúde. Se - ou enquanto - estivessem doentes, deixavam de receber...
Que tal?...