LOL mas olha que eu uma vez vi mesmo uma situação destas em Faro, quando estavam a fazer obras numa canalização de rua estavam 5 trabalhadores da Câmara a olhar e um emigrante de Leste a trabalhar...
Excelente. E faltam lá o arqueólogo, o biólogo, o perito florestal, o gestor de ambiente do dono da obra, o coordenador de segurança do empreiteiro em obra, o coordenador de segurança do dono da obra, o coordenador de ambiente do empreiteiro, o responsável pela certificação em responsabilidade social, um responsável do IPA, outro do ICN e fiscalizando todos, um elemento da Quercus com peritos técnicos e juristas preparando a fundamentação de uma providência cautelar.
Se pensarmos bem no problema talvez que possamos reconhecer que há neste post (no meu comentário anterior) algo de profundamente reaccionário ao pressupor uma crítica a quem " não trabalha", assumindo como os principais alvos de injúrias, uma casta de funicionários irrelevantes. Com efeito vejamos: se substituissemos o Paco, um ser humano, por uma máquina, e mesmo a notória conotação autoritária do conceito de "fiscalizar", poderiamos concluir que a situação descrita é o resultado de uma certa forma de "distribuição da riqueza" imposta pela burocracia para assegurar alguma paz social, permitindo a cada vez mais vastas camadas da população, mesmo com alguma instrução, "fazerem que trabalham" para justificarem o mínimo de crédito bancário que lhes é concedido à custa da diminuição ligeira das receitas dos "empreendedores", necessário para os manter amarrados à cenoura da prosperidade mínima. A este processo, chamou alguém de "proletarização progressiva". Não é demasiado óbvio, porque a descrição original previa um cenário de fuligem e miséria negra e dickensiana e não apartamentos suburbanos com ar condicionados e carritos cheios de estofos e jantes especiais. Neste cenário, essa proletarização amena quase que funciona como uma distorção do velho comentário situacionista "ne travaillez jamis!".
:) Rui, se fôssemos falar a sério (o que não pretendia com esta brincadeira) íamos ver o que significa «trabalhar», se calhar... Aqui a graça é porque como a malta que comentou antes, e tu também tocaste nesse ponto, aqui o que parece é que existe alguém que produz alguma coisa e mais uns tantos que afinal só 'verificam o trabalho'. Se o Paco fosse uma máquina teria de haver alguém que dirigisse a máquina ou ao menos carregasse no botão!
11 comentários:
Está garantido que tudo o que de mal, dali se extrair, a culpa será sempre do PACO!
Vocês por acaso, repararam nos que estão sentados, nas suas funções e nas botijas de gás que lhes servem de assento?
LOL mas olha que eu uma vez vi mesmo uma situação destas em Faro, quando estavam a fazer obras numa canalização de rua estavam 5 trabalhadores da Câmara a olhar e um emigrante de Leste a trabalhar...
Ehehehehe!!!
A piada disto, como o Farpas e o Zé já apontaram é ser verdade!
BOA !!!!!!!!!!!!!!!
:)))))
Logo vi que vocês iam gostar!
Excelente.
E faltam lá o arqueólogo, o biólogo, o perito florestal, o gestor de ambiente do dono da obra, o coordenador de segurança do empreiteiro em obra, o coordenador de segurança do dono da obra, o coordenador de ambiente do empreiteiro, o responsável pela certificação em responsabilidade social, um responsável do IPA, outro do ICN e fiscalizando todos, um elemento da Quercus com peritos técnicos e juristas preparando a fundamentação de uma providência cautelar.
Rui, mesmo que não estejam na foto estão em espírito a trabalhar que se fartam.
Mas é o Paco que abre a buraco...
Se pensarmos bem no problema talvez que possamos reconhecer que há neste post (no meu comentário anterior) algo de profundamente reaccionário ao pressupor uma crítica a quem " não trabalha", assumindo como os principais alvos de injúrias, uma casta de funicionários irrelevantes.
Com efeito vejamos: se substituissemos o Paco, um ser humano, por uma máquina, e mesmo a notória conotação autoritária do conceito de "fiscalizar", poderiamos concluir que a situação descrita é o resultado de uma certa forma de "distribuição da riqueza" imposta pela burocracia para assegurar alguma paz social, permitindo a cada vez mais vastas camadas da população, mesmo com alguma instrução, "fazerem que trabalham" para justificarem o mínimo de crédito bancário que lhes é concedido à custa da diminuição ligeira das receitas dos "empreendedores", necessário para os manter amarrados à cenoura da prosperidade mínima.
A este processo, chamou alguém de "proletarização progressiva". Não é demasiado óbvio, porque a descrição original previa um cenário de fuligem e miséria negra e dickensiana e não apartamentos suburbanos com ar condicionados e carritos cheios de estofos e jantes especiais.
Neste cenário, essa proletarização amena quase que funciona como uma distorção do velho comentário situacionista "ne travaillez jamis!".
houve aqui um acto falhado... é "ne travaillez jamais!"
:)
Rui, se fôssemos falar a sério (o que não pretendia com esta brincadeira) íamos ver o que significa «trabalhar», se calhar...
Aqui a graça é porque como a malta que comentou antes, e tu também tocaste nesse ponto, aqui o que parece é que existe alguém que produz alguma coisa e mais uns tantos que afinal só 'verificam o trabalho'. Se o Paco fosse uma máquina teria de haver alguém que dirigisse a máquina ou ao menos carregasse no botão!
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