domingo, maio 20, 2007

A revolta dos robots

Este devia ser um tema escolhido para aquela gente que estuda fenómenos ‘supranormais’ (???): as nossas maquinas domésticas têm vontade própria?...
Passa por aí um anúncio, não sei já exactamente a quê mas creio ser a uma marca de telemóveis, que me encanta. Vê-se um indivíduo a entrar em casa, atirar com o casaco que voa e se vai pendurar no armário, senta-se no sofá e um copo desliza e vem-lhe parar à mão, sorri e a música começa a tocar, o forno acende-se e aquece-lhe o jantar. Se não é isto, é pouco mais ou menos, a ideia é uma casa que adivinha os nossos desejos e, bela fada, realiza-os magicamente.
Seria um sossego! Porque hoje, se achamos romântico e bucólico a vida tipo «Uma casa na Pradaria», para a viver todos os dias seria terrível, o nosso conforto é muito bonito.
E o certo é que estamos a meio caminho. Nem a vida onde tudo é feito por nós como na dita Casa na Pradaria, nem a que se vê no dito anúncio da casa ‘inteligente’ que adivinha a nossa vontade. O pior é, como eu disse, por vezes até parece que os nossos electrodomésticos se aliam entre eles para nos infernizar a vida - já sabemos que quando uma coisa ‘entra em greve’, é logo greve geral. Reparamos que no momento em que a máquina de lavar deixa os programas a meio, é quando o frigorífico aproveita para estragar as borrachas e não fechar, o micro-ondas dá choque, as lâmpadas, todas à uma, fundem esgotando todas as reservas que há em casa e o comando da tv não funciona (na melhor hipótese, que na outra é a propriamente dita que se vai à vida…)
A mim, ninguém me tira da cabeça que não são «coincidências», não. Isto é um plano maquiavélico que une os robots domésticos a exigirem menos horas de trabalho ou coisa assim. O que é uma malvadeza porque as menos horas deles implicam mais horas nossas e mais despesa. E eles a rirem-se porque não há ‘negociações’ possíveis, perante o seu silêncio é mandá-los arranjar e mai nada!
Oh que raiva…

5 comentários:

Anónimo disse...

É domimgo de chuva, sinto-me mesmo mole, e portanto só agora abri a net. Afinal parece que aoesar de tu teres escrito ás tuas «horas-de-fim-de-semana» e hoje haver comentários abertos, a malta baldou-se aos comentários. Não fui só eu a preguiçar...
E olha lá, és bruxa?! Será que os virus da net também se propagam a outros virus domésticos????? é que o meu frigorífico também anda com essa doença das borrachas! aquela droga, a gente fecha-o, parece fechado, e quando voltamos á cozinha a porta está entreaberta e as coisas a aquecer!!! GRRRRR!

Mas é tal e qual como dizes Emiéle. parece uma conspiração, quando se estraga uma coisa, é logo duas ou três. Uma lei de Murphy dos electrodomésticos.

Anónimo disse...

Se condigo ler bem o boneco, o robot está a ler um livro sobre «O Ser Humano» não é?
Cá por mim aceito inteiramente a tua teoria da conspiração.
Está provadíssima!

Anónimo disse...

Porque será?
Essa das lâmpadas (que comprovo constantemente) imagino que têm um 'tempo de vida' semelhante e como se substituem ao mesmo tempo, depois fundem também ao mesmo tempo... Mas lá que é irritante, isso nem se discute.
Mas o resto também é verdade.
E não só. Entope-se a sanita, a janela empena e e a fechadura daporta encrava... Mesmo as coias que não são electrodomésticos também se estragam «em pacotes». Canervos!!!!

cereja disse...

Oi malta! (este post só tem comentários femininos... será que só nos acreditamos na teoria da cosnpiração...?)
É isso Joaninha. Hoje também me levantei a sentir-me «mole» com menor energia e acho que é do tempo... Esta chuva não vem nada a propósito!
Gui - o livro é realmente «O ser humano» na gravura inicial vê-se bem!
Mary - por acaso tens toda a razão, não se trata apenas das máquinas, essa «conspiração» contra os humanos alastra às outras coisas - móveis, loiça a partir, portas empenadas, etc...

josé palmeiro disse...

Para que não tenha só comentários femininos, aqui vai o meu.
É um facto que hoje os electrodomésticos, seguem o caminho que apontas, será conspiração, não será, não sei. o que sei é que eles vão sofrendo as agressões que a EDP, lhes vai fazendo ao longo da vida, variações de tensão, cortes inopinados, etc., o que lhes encurta a vida. Ainda por cima, os componentes tem uma durabilidade estimada que detremina as suas avarias ao fim de x horas de trabalho, prazos cada vez mais curto, exigências do mercado.