Quando as medidas são diferentes
É dos aspectos que mais indigna quem ouve algumas justificações o constatar que «somos todos iguais, mas uns mais iguais do que outros».
Na sociedade actual, quem trabalha tem direito a uma reforma. Durante longos anos da sua vida foi entregando parte daquilo que ganhava a uma entidade que ia gerindo essas verbas, e em determinada altura considerava-se que já tinha trabalhado o suficiente e poderia então descansar. Reformar-se.
Cada um fazia planos para essa data de acordo com o que estava assente no seu contrato de trabalho. Ora é sabido que o nosso Estado, em relação aos seus trabalhadores decidiu unilateralmente alterar esse contrato. Quem contava reformar-se dentro de 3, 4, 5 anos de súbito caiu em si e descobriu que teria de trabalhar mais 8 ou 10 do que lhe tinha sido prometido. E isto em nome da «igualdade», porque não era «justo» que os trabalhadores não fossem todos iguais e portanto deveriam ser nivelados (por baixo).
Sabemos que muita gente não gostou desta mudança das regras a meio do jogo. Mas, ainda se gosta menos, quando se descobre que nem sempre assim é. Por exemplo a Imprensa Nacional ‘Casa da Moeda’ lançou oficialmente um programa de incentivo à antecipação da reforma dos funcionários inscritos na Caixa Geral de Aposentação
Pretendem reduzir os seus trabalhadores porque diversas medidas tomadas recentemente diminuíram as suas receitas. Certo. Mas enquanto a generalidade dos outros funcionários se vê ameaçada com a ida para os excedentes como já está a acontecer, os ‘felizardos’ deste organismo vão ter a reforma antecipada, ou pelo menos dentro do esquema que era norma ainda há pouco tempo para todos: 60 anos de idade e 36 anos de descontos e ainda "uma compensação global correspondente a um ano de vencimentos (14 meses), com o limite de 25 mil euros líquidos”. Não é que eu queira nenhum mal a estes trabalhadores, e ainda bem que conseguem estas vantagens, o chocante é o contraste com os seus colegas que tiveram o azar de trabalhar noutros sectores da A.P.
Na sociedade actual, quem trabalha tem direito a uma reforma. Durante longos anos da sua vida foi entregando parte daquilo que ganhava a uma entidade que ia gerindo essas verbas, e em determinada altura considerava-se que já tinha trabalhado o suficiente e poderia então descansar. Reformar-se.
Cada um fazia planos para essa data de acordo com o que estava assente no seu contrato de trabalho. Ora é sabido que o nosso Estado, em relação aos seus trabalhadores decidiu unilateralmente alterar esse contrato. Quem contava reformar-se dentro de 3, 4, 5 anos de súbito caiu em si e descobriu que teria de trabalhar mais 8 ou 10 do que lhe tinha sido prometido. E isto em nome da «igualdade», porque não era «justo» que os trabalhadores não fossem todos iguais e portanto deveriam ser nivelados (por baixo).
Sabemos que muita gente não gostou desta mudança das regras a meio do jogo. Mas, ainda se gosta menos, quando se descobre que nem sempre assim é. Por exemplo a Imprensa Nacional ‘Casa da Moeda’ lançou oficialmente um programa de incentivo à antecipação da reforma dos funcionários inscritos na Caixa Geral de Aposentação
Pretendem reduzir os seus trabalhadores porque diversas medidas tomadas recentemente diminuíram as suas receitas. Certo. Mas enquanto a generalidade dos outros funcionários se vê ameaçada com a ida para os excedentes como já está a acontecer, os ‘felizardos’ deste organismo vão ter a reforma antecipada, ou pelo menos dentro do esquema que era norma ainda há pouco tempo para todos: 60 anos de idade e 36 anos de descontos e ainda "uma compensação global correspondente a um ano de vencimentos (14 meses), com o limite de 25 mil euros líquidos”. Não é que eu queira nenhum mal a estes trabalhadores, e ainda bem que conseguem estas vantagens, o chocante é o contraste com os seus colegas que tiveram o azar de trabalhar noutros sectores da A.P.
Sortes diferentes...
7 comentários:
Esta é muito boa!!!!
e escapava, se não chamasses a atenção!
Isto depende de quem? Finanças, se calhar?... Eles são os meninos bonitos.
Este post para algumas pessoas pode ser uma surpresa. Ainda ontem li uma troca de comentários noutro blog, onde uma senhora muito assanhada afirmava, convencida, que os fp (e creio que o facto de usar esta sigla assim, não é inocente) se reformavam aos 55 anos, tinham muito mais férias, e a ADSE (a que ela chamava ADSL) que pagava tudo.
São estas as «bocas» que correm por aí e em que muita gente acredita. Ora neste momento, com o nivelamento por baixo, a reforma é aos 65, as férias são iguais (e se trabalharem em certos sectores terão de ser obrigatoriamente em Agosto que é a estação alta) e a famosa ADSE é um desconto obrigatório que se faz. Um amigo meu fez um seguro de saúde a um filho e reparou que ele descontava para a adse exactamente o mesmo que pagava para o seguro do filho, que lhe dava muito mais respostas e de melhor qualidade.
Passando à questão aqui posta: é isso o que mais irrita no Estado – com o mesmo patrão, haver discordâncias de tratamento tão grandes. Esse caso brada aos céus, mas há por aí, outros também escandalosos!
Fui ler outra vez, achei que não tinha entendido. Eles dizem «uma compensação global com o limite de 25 mil euros líquidos» ?!?!?!
para além da reforma podem ainda receber 25 MIL EUROS líquidos????
Mas porque raio é que eu não fui para a Casa da Moeda?!
Tambem pensei nisso, Gui.
O que eu fazia com uns cinco mil contitos, heim?...
O problema é que se não lhes pagam em condições, eles, que já sabem, vêm cá para fora fazer moeda falsa. Estou a brincar, estamos num país em que somos todos iguais, só que uns, são mais iguais que a maioria, e o mal é que essa maioria, não quer ver!
De facto é estranha esta excepção, de notar que a administração pública, salvo erro, é a única entidade empregadora que não prevê indeminizações e negociações para rescisão de contrato! Sortudos...isto de ser da Casa da Moeda é outro cunho!
Zé e Leonidas, assim é que é, estas coisas com humor sabem logo melhor. Não me tinha lembrado da moeda falsa, mas porque não...?
E tens razão, Leonidas, eu também até ao momento pensava isso. Tenho amigas (com a mesma formação que eu, mais ou menos) que negociaram as suas saídas das empresas onde estavam e sairam bastante confortávelmente. Afinal, ali na Casa da Moeda isso também se pode fazer! Uau!
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