segunda-feira, maio 28, 2007

A Polícia e os processos disciplinares

Das diversas e múltiplas séries que vamos vendo na TV, uma percentagem bastante grande é passada num meio policial. E sabemos que de vez em quando, se algum deles pisa o risco, aparece uma figura antipática que se sabe ser dos «Assuntos Internos»
Esses «assuntos internos» são os polícias dos polícias. Em Portugal chama-se Núcleo de Deontologia e Disciplina.
Uma notícia do JN conta-nos que, pelo menos no Porto, essa coisa
não anda a funcionar lá muito bem . Houve o azar de ter mudado a chefia do departamento e, na arrumação das gavetas, o novo chefe descobriu que dentro delas estavam ‘arquivados’ processos que não tinham tido seguimento. Ficaram «guardados» desde 2001, com sorte os agentes em causa ainda se poderiam reformar entretanto…
Como atenuante devemos dizer que os casos que o jornal cita não são de grande gravidade: acumulação do trabalho com outros na vida civil, suplemento de patrulha sem nunca ir à rua, etc. Serão ‘pecados veniais’, coisas de quem ganha pouco e quer safar-se de qualquer modo. O complicado é o ‘abafar’ dos casos depois de terem sido conhecidos.
Teoricamente quem investiga os erros dos outros nunca pode ter telhados de vidro.

Pois é...

3 comentários:

Anónimo disse...

Também me parecem u pouco «pecados veniais» como lhe chamas, corrupções pequeninas, há coisas bem mais graves.
Mas o guardar os processos nas gavetas é que já é feio...Há 'solidariedade' que fica mal. Sobretudo, como dizes, quem deve dar o exemplo.

josé palmeiro disse...

Nestes defensores e cuidadores da coisa pública, não há pecados maiores ou menores, HÁ PECADOS, e quem os comete tem que ser punido exemplarmente e xpulso da instituição. Não admito outro comportamento.

cereja disse...

Huuummm...
Entendo a tua teoria, mas a verdade é que temos de reconhecer que esses agentes são trabalhadores como os outros, e a função pública não é tão bem paga como estão cansados de apregoar. Se o crime fosse de corrupção descarada, como sabemos que acontece por aí (os casos da polícia de trânsito, por exemplo) considerava realmente que mereceriam a tal «punição exemplar e a expulsão da instituição». Mas pelo que se lê não eram casos desses.