segunda-feira, maio 28, 2007

Miséria

Soubemos no outro dia que há certos crimes que nem sequer estão previstos no Código Civil, imagino que porque quando ele foi elaborado não se imaginou que tal pudesse acontecer. Estou a pensar na «venda de bebés».
Foi notícia há pouco tempo a de uma mulher que ‘oferecia’ o filho à porta de um supermercado, ontem
uma história igual repetiu-se noutro local. Uma mãe, oferecia a sua bebé de 3 meses por determinadas somas, que variam segundo as notícias.
O que não varia é o facto de que a criança, depois de levada ao hospital, ter ficado lá internada por estar gravemente desnutrida.
Isto passa-se hoje, em Portugal. Há quem tenha filhos mas ou os deixa morrer à fome, ou os ‘vende’. Maior miséria é difícil imaginar.

4 comentários:

Anónimo disse...

É horrível.
Ontem várias estações de rádio deram a notícia (não ouvi o telejornal) e ficamos sem saber como reagir. Fiquei com ideia que era uma imigrante do leste, destas que aparecem nos semáforos com bebés ao colo a pedir esmola. Isso tem um ar tão «organizado» que faz impressão! Mas este caso ultrapassa tudo! Não é dar um filho para adopção é tratá-lo como fonte de lucro. Chocante.

saltapocinhas disse...

E se calhar são essas (ou outras parecidas)as primeiras a cochichar com a vizinhança "aqueles sacanas dos ingleses, deixam as crianças sozinhas no quarto"...

josé palmeiro disse...

Deixa-me ironizar, mas os deputados, têm mais que fazer, do que pensar em alterar os códigos e atender as mudanças da sociedade, pois assim como está, é que está bem e não dá muitos incómodos de ter que andar a refazer todo um trabalho que já tiveram.
Enfim, já só lhes pedia que regulamentassem o que está por regulamentar, pois talvez assim já nos movimentássemos com outra destreza.

cereja disse...

Tens razão, Saltapocinhas, quanto mais depressa se vê o erro alheio menos se consegue auto-criticar o nosso comportamento. Aliás em questões de educação, temos sempre a certeza que a nossa maneira de fazer é a melhor!
Zé, olha que às vezes nem sequer já é uma questão de regulamentar (o que também é necessário, é claro!) mas tão só de obrigar a cumprir a lei.
Em muitos casos a malta está-se bem borrifando para aquilo que a lei diz.