Fim da papelada
Eu creio que vai haver resistências. Estamos habituados a trabalhar com papel, muito papel, quanto mais papel um caso tiver mais importante deve ser. Muitas vezes o mesmo papel, já de si de utilidade duvidosa, necessita de duas e três cópias, guardadas em locais diferentes, para maior segurança.
A notícia de que alguns tribunais estão a experimentar trabalhar com «processos desmaterializados», ou seja basearem-se em trabalho de computador é um bom abalo. Esperemos bem que por aí comece a cair essa torre de papel imensa a que se agarra a nossa administração.
Curiosamente com a utilização do fax e das fotocópias, ainda aumentou o reino da papelada. Quando as cópias eram feitas com papel químico podiam ser limitadas a duas ou três, mas uma fotocopiadora reproduz facilmente dez de cada vez! Correu por aí uma anedota engraçada por ser plausível: Um funcionário perguntou a certo chefe se podia deitar fora uns dossiers já muito antigos, e foi-lhe respondido «Boa ideia! Mas antes tire uma fotocópia para segurança!»
A verdade é que está provado que se pode ser absolutamente eficaz reduzindo o suporte de papel ao mínimo. Tenho uma amiga que trabalhava comigo e arranjou trabalho numa empresa privada. Quando a reencontrei estava maravilhada – explicou-me que não tinha um único papel, tudo era feito em computador, e ali só no final do processo em estudo a decisão era impressa para ser assinada pelo director. Apenas no gabinete dele existiam papeis e por se necessitar da sua assinatura!
Que liberdade quando esse modo de funcionar se estender a todo o lado!
A notícia de que alguns tribunais estão a experimentar trabalhar com «processos desmaterializados», ou seja basearem-se em trabalho de computador é um bom abalo. Esperemos bem que por aí comece a cair essa torre de papel imensa a que se agarra a nossa administração.
Curiosamente com a utilização do fax e das fotocópias, ainda aumentou o reino da papelada. Quando as cópias eram feitas com papel químico podiam ser limitadas a duas ou três, mas uma fotocopiadora reproduz facilmente dez de cada vez! Correu por aí uma anedota engraçada por ser plausível: Um funcionário perguntou a certo chefe se podia deitar fora uns dossiers já muito antigos, e foi-lhe respondido «Boa ideia! Mas antes tire uma fotocópia para segurança!»
A verdade é que está provado que se pode ser absolutamente eficaz reduzindo o suporte de papel ao mínimo. Tenho uma amiga que trabalhava comigo e arranjou trabalho numa empresa privada. Quando a reencontrei estava maravilhada – explicou-me que não tinha um único papel, tudo era feito em computador, e ali só no final do processo em estudo a decisão era impressa para ser assinada pelo director. Apenas no gabinete dele existiam papeis e por se necessitar da sua assinatura!
Que liberdade quando esse modo de funcionar se estender a todo o lado!
5 comentários:
Toda a razão!
E a anedota é muita boa, porque podia ser tal e qual assim!!!
O papel que se gasta em coisa idiotas e depois cópias das cópias das cópias das cópias!!!!
O papel é importante para os livros e tá dito!
Posso dar o meu testemunho?
(Não sou a tua amiga, mas se calhar trabalhamos na mesma empresa...)
Onde trabalho é exactamente assim. O assunto vai sendo tratado pelas pessoas necessárias mas escrevemos sempre no pc e vamos gravando aí. Fica um «processo virtual» bem organizado e fundamentado, mas não está em papel. As vantagens são evidentes porque se tem acesso ao que é importante muito mais depressa, nunca se perde nada, está tudo organizado. Não se gasta espaço, ou seja cada local de trabalho parece mais espaçoso porque não há papeis e seus derivados...
E se queremos enviar qualquer coisa para fpra vai via net, mais rápido e completo.
Só ao nível das superchefias é que deve haver suporte papel, mas mesmo assim é pouco. Há assinaturas digitalizadas para muita coisa.
Acho que é um bom modelo.
Antes de mais devo dizer que, a imagem é deveras sugestiva.
Quanto ao exagero da papelada, é como afirmas e como a Mary acentua, agora que vai ser difícil, isso vai, mas se se aplicasse aqui a lei chinesa, de serem os que produzem papel em excessso a ter que o levar para o lixo, limpando os locais e deixando tudo, num brinco, era meio caminho andado.
Começo a acreditar que lentamente mas a coisa vai.
Até porque como diz a Mary é muito mais fácil. E a protecção do que está escrito garante-se com uma password. Andar a gastar-se tanto papel e a fazer tanta confusão é um bocado como insistir-se em escrever molhando o aparo num tinteiro como no século XIX, depois de se ter inventado a máquina de escrever. Se com a máquina se deixou de escrever à mão, com o computador devia deixar de se escrever em papel. Mai nada!
Lá quanto ao produzir papel em excesso já não vou tão longe, mas quem atira embalagens para o chão (batata frita, iogurtes, caixas de bolachas, embalagens de sumos, paus de gelados, embalagens de cigarros, etc, etc...) se fosse apanhado devia tal como na China e obrigado a limpar a rua!!! A ver se o estado da nossa terra não melhorava.
Enviar um comentário