"Compro o que é nosso”
Vem aí uma campanha tentando promover o produto nacional chamada:
"Compro o que é nosso”.
Por tudo o que consegui ler, a campanha apesar do título tem duas vertentes - uma, óbvia, dirigida os consumidores incentivando-os a comprar produtos portugueses daí a primeira palavra ser COMPRO, e outra para quem produz de modo a «elevar a auto-estima de empresários e trabalhadores mobilizando-os para produzirem melhor e acreditarem que podem vencer o desafio da globalização».
Com estas duas faces acredito que se consigam resultados.
Porque é certo que existe ainda muita gente que prefere um produto estrangeiro de um modo um pouco snob, com a convicção de que fica melhor servido, numa base de desconfiança do que é português. Sei perfeitamente que isso é verdade, um pouco na mesma linha de quem pensa «se é barato não pode ser bom». Aí é completa ‘culpa’ do comprador e é dar-lhes com força!
Mas também é importante que quem produz também sinta incentivos e comece a trabalhar melhor. Não basta dizer "Cá se fazem, cá se compram", outro lema da campanha, porque a verdade é que quem vai gastar o dinheiro que ganhou e muitas vezes é tão pouco, também aposta numa visão de «qualidade-preço» tantas e tantas vezes pondo o preço à frente da qualidade…
Ou seja, há muita e muita gente que se não compra produtos portugueses é simplesmente porque nem olha para a etiqueta onde diz a proveniência, olha apenas para onde diz o preço. É que a crise que se vive não tem contemplações e, na maior parte das vezes, ganha muito simplesmente o produto onde se lê o preço mais baixo.
Por tudo o que consegui ler, a campanha apesar do título tem duas vertentes - uma, óbvia, dirigida os consumidores incentivando-os a comprar produtos portugueses daí a primeira palavra ser COMPRO, e outra para quem produz de modo a «elevar a auto-estima de empresários e trabalhadores mobilizando-os para produzirem melhor e acreditarem que podem vencer o desafio da globalização».
Com estas duas faces acredito que se consigam resultados.
Porque é certo que existe ainda muita gente que prefere um produto estrangeiro de um modo um pouco snob, com a convicção de que fica melhor servido, numa base de desconfiança do que é português. Sei perfeitamente que isso é verdade, um pouco na mesma linha de quem pensa «se é barato não pode ser bom». Aí é completa ‘culpa’ do comprador e é dar-lhes com força!
Mas também é importante que quem produz também sinta incentivos e comece a trabalhar melhor. Não basta dizer "Cá se fazem, cá se compram", outro lema da campanha, porque a verdade é que quem vai gastar o dinheiro que ganhou e muitas vezes é tão pouco, também aposta numa visão de «qualidade-preço» tantas e tantas vezes pondo o preço à frente da qualidade…
Ou seja, há muita e muita gente que se não compra produtos portugueses é simplesmente porque nem olha para a etiqueta onde diz a proveniência, olha apenas para onde diz o preço. É que a crise que se vive não tem contemplações e, na maior parte das vezes, ganha muito simplesmente o produto onde se lê o preço mais baixo.
6 comentários:
Está certíssimo este teu escrito. Quanto à campanha e ao slogan eu só invertia um pouco as coisas, acentuando que "Nós produzimos, nós compramos!", isto porque me prece que nós não produzimos para poder comprar, e depois é como tu dizes, olha-se para o preço e não para a origem. Façamos o esforço de inverter, um pouco, a máxima e certamente teremos o êxito pertendido.
O busilis é esse, muitas vezes compra-se produtos espanhois ou chineses porque é onde a nossa bolsa chega!
Mas também é certo que há quem veja «made in Portugal» e torça o nariz. É mais chic se for italiano ou alemão, ou francês. So que estamos a falar de produtos diferentes.
Acho que se a campanha for bem feita pode desrtruir eses mito de que o que é feito cá não presta porque é um completa mentira.
Acho bem a campanha.
Olha que «se nós não gostarmos de nós quem é que vai gostar» como dizia o anúncio!
temos de mudar os hábitos e promover os produtos nacionais sempre que possível.
Pronto, cá venho eu muito atrasada - ou sou a 1º ou a última, não é? :)
Aprovo a campanha, tá visto! Mas como sublinhas nas suas duas vertentes: o consumidor deve 'consumir' de preferência aquilo que nós fazemos, mas também nós devemos produzir com qualidade se não puder ser com baixo preço...
Por mim penso que o baixo preço é impossível porque não se pode competir com os salários chineses ou indianos, portanto vamos fazer BOM, e dar garantias.
Volto, só para contar uma história que se passou comigo. Há cerca de vinte e poucos anos, apareceram-me em Loulé uns amigos do Alentejo que traziam um primo, o Frank Eusébio da Silva, um Luso descendente vindo das terras do Tio Sam. O pai, natural da Torreira, tinha sido um dos heróis da Guerra da Coreia e o homem era todo vidrado, pelo país dos Dollares. Fomos pra a praia, em Quarteira e o bom do Frank lá levava um "tijolo" em que passava música do "Boss", seu ídolo. Sacou da toalha turca e disse-me: "José, isto é que é bom algodão, não há melhor!". Foi para a água e eu deitei o olho à etiqueta, pois bem era só, MADE IN PORTUGAL!
Essa é mesmo boa!
Mas todos nós temos ou conhecemos histórias semelhantes, de se estar a comprar sapatos em Paris, por exemplo, e recomendarem uns que são excelentes e são... feitos em Portugal. Eu também uma vez em Hong-Kong viquei vidrada num fato de banho elegantíssimo, para mim era de longe o mais bonito da loja, e também quando o fui provar vi que a etiqueta era «made im Portugal»:))
Só o que irrita é que muitas vezes encontramos coisas nossas no estrangeiro, de excelente qualidade ou com um desenho magnífico, mas afinal foi feito só para exportação, cá não os encontramos.
Isso é que dá uma raiva!!!!
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