As «barreiras arquitectónicas»
É tema recorrente aqui no Pópulo o facto de as nossas leis não serem cumpridas e, pior um pouco, pelo próprio Estado. Dia sim, dia não, falo no assunto porque me revolta particularmente.
Muito bem, desta vez vem à baila a deslocação para pessoas com dificuldade de mobilidade. No outro dia vi pela primeira vez uma cadeira de rodas entrar num autocarro e fiquei contente. Era um idoso que vinha acompanhado por um rapaz que nem esperou que baixasse nenhuma rampa, elevou um pouco as rodas da frente e ups! a cadeira entrou. E confirmou-se que alguns dos nossos transportes públicos já podem servir uma população com dificuldades motoras.
Contudo sabemos que há directivas europeias que nós assinamos e regulam a existência de rampas de acesso a cadeiras de rodas. Todos os edifícios públicos os devem ter, e se são antigos deveriam arranjar uma adaptação às escadas que já tinham. Qualquer local público onde um indivíduo de cadeira de rodas precise de ir, deve ter o acesso adaptado.
Muito bem.
Mas de todos os edifícios que essas pessoas precisam de frequentar existem uns de maior necessidade de utilização do que outros: os Centros de Saúde, como é óbvio!
Acontece que tenho andado ultimamente muito por Centros de Saúde. Aliás, a prima a quem tenho acompanhado mudou porque acompanhou a sua médica de família que foi para outro Centro. E a mudança nalguns aspectos foi benéfica porque neste o atendimento é mais facilitado, não se espera tanto tempo.
Contudo como ela tem um grave problema neurológico, neste momento só se desloca em cadeira de rodas, e o novo Centro para onde mudou não tem rampa que permita acesso directo da rua. Lá dentro há elevadores, mas para se entrar há 3 degraus e, ou alguém com muita força pega na cadeira e doente em peso, ou ela milagrosamente levanta-se e sobe as escadas! Centros de Saúde! Claro que existentes em prédios que foram adaptados à função, já se vê… , mas mal adaptados!
Muito bem, desta vez vem à baila a deslocação para pessoas com dificuldade de mobilidade. No outro dia vi pela primeira vez uma cadeira de rodas entrar num autocarro e fiquei contente. Era um idoso que vinha acompanhado por um rapaz que nem esperou que baixasse nenhuma rampa, elevou um pouco as rodas da frente e ups! a cadeira entrou. E confirmou-se que alguns dos nossos transportes públicos já podem servir uma população com dificuldades motoras.
Contudo sabemos que há directivas europeias que nós assinamos e regulam a existência de rampas de acesso a cadeiras de rodas. Todos os edifícios públicos os devem ter, e se são antigos deveriam arranjar uma adaptação às escadas que já tinham. Qualquer local público onde um indivíduo de cadeira de rodas precise de ir, deve ter o acesso adaptado.
Muito bem.
Mas de todos os edifícios que essas pessoas precisam de frequentar existem uns de maior necessidade de utilização do que outros: os Centros de Saúde, como é óbvio!
Acontece que tenho andado ultimamente muito por Centros de Saúde. Aliás, a prima a quem tenho acompanhado mudou porque acompanhou a sua médica de família que foi para outro Centro. E a mudança nalguns aspectos foi benéfica porque neste o atendimento é mais facilitado, não se espera tanto tempo.
Contudo como ela tem um grave problema neurológico, neste momento só se desloca em cadeira de rodas, e o novo Centro para onde mudou não tem rampa que permita acesso directo da rua. Lá dentro há elevadores, mas para se entrar há 3 degraus e, ou alguém com muita força pega na cadeira e doente em peso, ou ela milagrosamente levanta-se e sobe as escadas! Centros de Saúde! Claro que existentes em prédios que foram adaptados à função, já se vê… , mas mal adaptados!
7 comentários:
É por estas e por outras que os nossos paraolímpicos ganham as medalhas que ganham.Com as barreiras que têm de ultrapassar no dia-a-dia nem precisam de treinar e chegam lá e parece ser tudo canja...
Bem, mas falando mais a sério.Se não estou errado acho que desde 2004 Portugal tem de pagar uma certa quantia de multa por não ter cumprido a legislação comunitária para acabar com as barreiras arquitectónicas...
Também tem piada o Estado não cumprir o que assina ou legisla e ao mesmo tempo ter acabado com alguns previlégios em termos de IRS dos deficientes...
Exactamente o que eu penso, ilha_man. Também sei que andamos a pagar multas por não cumprirmos, mas se calhar é mais fácil pagar do que cumprir as regras... E indigna-me muito quando é o próprio Estado a não cumprir. Como muito bem lembraste, o mesmíssimo Estado que considera que há deficientes que ganham muito bem e não precisam de nenhumas «regalias».
São estas pequenas(?) vergonhas que nos diminuem, relativamente a outros povos. è uma verdade o que tanto tu como o Ilha_man, referem. O Estado, o nosso Estado, não é pessoa de Bem!
Deixa-me referir uma coisa, pergunto-te: A tua prima é que teve de acompanhar o médico de família? e se ele morresse?
Boa pergunta. Estive para incluir essa parte no post mas pensei que ficaria muito grande. A questão é esta: a médica de família dela é pessoa competente e dedicada. Foi transferida e perguntou às pessoas a quem acompanhava se queria passar para o «novo centro» para ela levar os processos. Quem o quis fazer teve de escrever um papel (mais um!!!!) onde declarava que queria acompanhar a médica. A alternativa seria ficar no mesmo Centro mas... sem médico de família. Passaria a ser atendida por quem tivesse vaga! Claro que ela preferiu passar para o outro Centro.
Eu conheço vários Centros desses. E em Lisboa. Eram em prédios que já existiam, não foram feitos de raíz, e depois às vezes lá lhes montam umas rampas mal amanhadas, de metal ou coisa assim, mas aquilo são ratoeiras para quem lá vai. Muitas vezes com inclinações tais que empurrar uma cadeira é um problema.
E note-se que nem se fala apenas ( «apenas»???) de deficientes motores, mas quamquer pessoa que tenha partido uma perna, ou um idoso que já não consiga andar bem, vê-se aflito para ir ao médico.
Bem visto ilha man.A situação é mesmo à portuguesa, como tambem jp ,bem, o realça.
Bem visto ilha man.A situação é mesmo à portuguesa, como tambem jp ,bem, o realça.
Enviar um comentário