24 de Abril: Viagens
Imagina, minha amiga, que estavas a passar férias no Algarve e te apetece ir a Sevilha, ou que a tua empresa quer que vás tratar de uma questão a Paris. Se tiveres dinheiro para a gasolina ou para o bilhete de avião, é só fazer a mala e despedires-te da família. E ainda por cima, agora no espaço europeu nem é preciso passaporte. Mas este filme é de agora. O.K. Recua umas dezenas de anos e, se por acaso o teu marido não está acessível – também foi viajar, ou por qualquer modo não podes comunicar com ele, ou até tem mau feitio – adeus viagem. Sem um documento assinado por ele não tens licença para sair do país, e pronto! Quem manda é ele, e a polícia não te deixa sair sem a sua autorização.
Comentário:
Sabes, Emiéle, no ano passado quando li isto, revivi de imediato não só a minha história mas de outras amigas. Eu tinha casado, um casamento normal com um marido ‘moderno’ que pensava como eu e nunca lhe tinha ocorrido ‘mandar em mim’ fosse de que modo fosse. Estávamos apaixonados mas livres. Tínhamos os nossos passaportes onde se referia a qualidade de casados – creio que existiam uns passaportes em nome do chefe da família, que podiam incluir a mulher e filhos, se não me engano. Ora aconteceu que ele tinha ido a Paris, e pensámos que seria agradável eu ir ter com ele. Só que… ele não tinha deixado a autorização escrita! E portanto, nada feito. Claro que poderia ir ao consulado, etc, etc, mas entretanto passaram os dias e ele teve de regressar. Não fui. Ainda hoje sinto a raiva desses momentos. Cidadã de segunda? !!!
Teresa
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Sabes, Emiéle, no ano passado quando li isto, revivi de imediato não só a minha história mas de outras amigas. Eu tinha casado, um casamento normal com um marido ‘moderno’ que pensava como eu e nunca lhe tinha ocorrido ‘mandar em mim’ fosse de que modo fosse. Estávamos apaixonados mas livres. Tínhamos os nossos passaportes onde se referia a qualidade de casados – creio que existiam uns passaportes em nome do chefe da família, que podiam incluir a mulher e filhos, se não me engano. Ora aconteceu que ele tinha ido a Paris, e pensámos que seria agradável eu ir ter com ele. Só que… ele não tinha deixado a autorização escrita! E portanto, nada feito. Claro que poderia ir ao consulado, etc, etc, mas entretanto passaram os dias e ele teve de regressar. Não fui. Ainda hoje sinto a raiva desses momentos. Cidadã de segunda? !!!
Teresa
3 comentários:
Fizeste bem.
Por acaso lembro-me dos aspectos que escolheste, e este é hoje quase caricato. Mas é bom relembrar.
(já disse, creio eu, que posso colaborar se quiseres um 'comentário' para ilustrar um destes posts)
É, é. Também sou desse tempo. Lembro-me bem de ouvir falar como de um verdadeiro absurdo discriminatório para a mulher. Os meus pais riam-se, mas eu sentia-me bem irritado (e não sou mulher!!!)
Joaninha, estás já convidada!
É p'ra já!!! Vou enviar-te um mail.
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