sexta-feira, abril 20, 2007

24 de Abril .- “Decoro” e “decência”

Como disse de início destes apontamentos, algumas destas pinturas que tenho traçado começaram a empalidecer no tempo do “marcelismo” mas em pleno salazarismo, os bons costumes eram para ser respeitados e pronto! Vamos imaginar as normas para o vestuário. É daquelas coisas que hoje já custa a acreditar. Um rapaz para passar pela porta da faculdade devia ir de gravata, a rapariga de saia. Caso contrário o porteiro não os deixava entrar. Mai nada!!! Um biquini na praia ( oooohhhh!) só mesmo as descaradas das estrangeiras e depois no marcelismo. Havia um 'cabo do mar' para velar por esse decoro. Manifestações de carinho em público com limites – vá lá, um beijo e que não fosse muito ‘cinéfilo’ porque de resto as pessoas comportavam-se.
Os comportamentos estavam estereotipados e era muito mais do que o simples 'parecer mal', porque havia mesmo uma fiscalização, uma polícia de costumes. Uma pessoa podia passar um mau bocado por ofensa aos bons ( ? ) costumes

Estes estereótipos estavam no lado interior da capa dos livros da primeira e segunda classe. (!!!???) Sem palavras.

Comentário
Mas olha que algo se deve a Marcelo, apesar de alguns pecadilhos sem importância, uma democratização ao menos podemos registar, a do bikini ! ;D :D
FJ

5 comentários:

Farpas disse...

Um destes anos o Reitor da UAlg também quis impor um código de vestir na Universidade, confesso que ele alguns aspectos ele tinha uma certa razão porque havia gente que abusava um pouco (principalmente no Verão), mas não teve sucesso. Felizmente que esses estereótipos que mostram as imagens estão cada vez mais em desuso, o que não quer dizer que tenha acabado...

cereja disse...

Eu qis deixar estes bonecos como um sorriso e uma piscadela de olho. Claro que a este nível, já lá vai, mas a verdade é que os preconceitos não acabaram...

Anónimo disse...

Era mesmo assim, e ainda mexem muitos e muitos preconceitos, como dizes.

Anónimo disse...

Ah, que graça!!! Não te vou dizes que fiquei com saudades que o termo não é bem esse, mas as recordações que estas gravuras me evocaram!!!! ( e dá para clicar em cima e ver melhor, devias ter dito)
Havia muita hipocrisia, é claro. Também é certo que mesmo no resto da Europa não havia a liberdade de comportamentos que hoje vemos, mas por cá era mesmo uma beatice que chateava!!! Nem um gesto de ternura se podia fazer na rua, um beijo era coisa horrorosa!

cereja disse...

Pois foi, Joaninha «scanarizei» aqui uns bonecos porque vinham a propósito!!!
Se é certo que são «coisitas menores» em relação aos grandes pontos, não matava mas moía...