terça-feira, março 06, 2007

Mensagem inteligente

Na minha rua a nas outras aqui à volta, há muito o costume de colar ao vidro da porta da rua um papel a avisar «Não se esqueça de fechar a porta», ou «Feche a porta» ou, um pouco mais cortês, «Feche a porta, se faz favor» ou «Agradecemos que feche a porta», enfim variantes da expressão do desejo de ver a porta fechada.
Porque o certo é são casas pequenas, de poucos andares, e faz sentido querer-se a porta da rua fechada.
Mas agora passei por uma casa com um letreiro um pouco diferente

«Esta é a primeira porta da sua casa.
Tal como a outra, não se esqueça de a fechar»



Achei imaginativo e um bom modo de passar a mensagem. Quem sentir que a escada também é sua, que a sua casa começa na porta da rua, terá decerto mais cuidado com ela.
Questão de propriedade!

5 comentários:

Anónimo disse...

Hoje, és tu que não fechas a porta.
Mas está bem, eu, aqui no meu prédio,( somos ao todo dezoito condóminos ), também temos uma mensagem, semelhante: "Para a sua segurança, feche a porta". Será, como dizes, uma questão de propriedade, mas acima de tudo, mesmo de segurança, porque aqui, em plena luz do dia, um terceiro andar, foi assaltado, após o almoço e as pessoas terem abalado para o seu trabalho. Há que entender que as partes comuns, também são, de nossa propriedade e responsabilidade.

cereja disse...

:D Eu de manhã costumo estar mais ocupada mas pelo almoço dou aqui um saltinho e por vezes escrevo qualquer coisa...
É claro que a ideia base é a segurança. E nem só, muitas vezes sujam a escada por exemplo. Por outro lado eu estou a falar de casas alugadas, penso que por aqui deve haver poucas 'casas próprias' e portanto a minha ideia em falar em «questão de propriedade» era uma gracinha com dois sentidos - quem se sentir proprietário pode zelar mais pelas coisas e por outro seria falar com propriedade... :)

josé palmeiro disse...

Sabes, eu fui proprietário à força.
Sempre entendi que o mercado da habitação, era para levar a sério, até que vim para Loulé, e depois de viver uns anos em casa alugada, pedi ao senhorio, autorização para fazer uns benefícios, tendo levado como resposta, que não, que a casa era dele e que só fazia o que ele entendesse. Nesse dia, resolvi tornar-me, dependente da banca, pago, muito, mas ao menos, um dia será para os meus. Quanto à questão da segurança e da limpeza, não faço sequer, separações. Para mim é igual, sendo inquilino ou proprietário, sou eu que lá vivo.

cereja disse...

Bom o meu senhorio até agradece que eu faça alguma coisa à casa! A verdade é que a renda ainda é barata, e tenho feito algumas melhorias porque senão isto degradava-se... Claro que como diz o povo é «fazer filho em mulher alheia» (ditado machista à brava!!!) porque um dia que eu saia quem lucra é o senhorio.
E claro que concordo que essa coisa da segurança tanto dá para casa própria como alugada. Se roubarem é o 'recheio' da casa não é o prédio em si que roubam
:D

Anónimo disse...

Ja fui inquilina e fiz obras e o senhorio ressarciu-me do custo quando lhe deixei a casa.Nao concordo que o senhorio é que lucra quando se fazem obras porque na verdade com rendas baratas e sem possibilidade de proceder a aumentos ou pequenos , quem lucra é o inquilino que vive numa casa , por pouco dinheiro ,e nao tem encargos .O facto de as pessoas quando sao proprietárois serem mais zelosos e quando sao inqulinos serem menos, tem a ver com civismo tão só.