Atestado de auto-incompetência
Não há dinheiro para nós mas há para dar. Interessante.
Não vou dizer que a notícia me surpreenda. Primeiro por saber ‘o que a casa gasta’ e ter a certeza de que esta política não é de hoje por já a ter visto aplicada tantas vezes. Mas se não me admira não quero dizer que não me escandalize. O Governo, ou seja o Estado, ou seja NÓS, (uma vez que o governo recebeu o actual mandato para governar por ter sido eleito por nós, portanto fá-lo em nosso nome) decidiu «contratualizar com privados mandatos de gestão de uma verba de 600 milhões de euros proveniente das reservas públicas». Assim mesmo. Reconhecem-se incompetentes para gerir esse dinheiro e outros que o façam.
Digo que não me admira por o ter visto várias vezes. Não exactamente isto, nem com este valor, mas actos semelhantes. Uma instituição qualquer estava a cair de velha, faziam-lhe obras por vezes bem caras, alindavam-na toda, com alegria dos seus trabalhadores. Quando estava bem arranjadinha, ofereciam-na embrulhada em celofane e com um belo laçarote à gestão privada, que como sempre não queria lá os antigos funcionários que eram transferidos para poderem dar lugar aos novos, amigos ou protegidos dos novos gestores. As vezes que vi isso!
Claro que este caso tem outra amplitude, que 600 milhões de euros, é muito dinheiro, mas é o mesmo padrão.
O que considero irónico é o atestado de incompetência. Parece-me que estes senhores que se auto-avaliam tão mal, reúnem as condições para a rescisão do contrato. A mim parece-me que já passaram dois anos, e segundo as novas regras não bastam dois anos de classificação negativa para se ir para a rua?
Não vou dizer que a notícia me surpreenda. Primeiro por saber ‘o que a casa gasta’ e ter a certeza de que esta política não é de hoje por já a ter visto aplicada tantas vezes. Mas se não me admira não quero dizer que não me escandalize. O Governo, ou seja o Estado, ou seja NÓS, (uma vez que o governo recebeu o actual mandato para governar por ter sido eleito por nós, portanto fá-lo em nosso nome) decidiu «contratualizar com privados mandatos de gestão de uma verba de 600 milhões de euros proveniente das reservas públicas». Assim mesmo. Reconhecem-se incompetentes para gerir esse dinheiro e outros que o façam.
Digo que não me admira por o ter visto várias vezes. Não exactamente isto, nem com este valor, mas actos semelhantes. Uma instituição qualquer estava a cair de velha, faziam-lhe obras por vezes bem caras, alindavam-na toda, com alegria dos seus trabalhadores. Quando estava bem arranjadinha, ofereciam-na embrulhada em celofane e com um belo laçarote à gestão privada, que como sempre não queria lá os antigos funcionários que eram transferidos para poderem dar lugar aos novos, amigos ou protegidos dos novos gestores. As vezes que vi isso!
Claro que este caso tem outra amplitude, que 600 milhões de euros, é muito dinheiro, mas é o mesmo padrão.
O que considero irónico é o atestado de incompetência. Parece-me que estes senhores que se auto-avaliam tão mal, reúnem as condições para a rescisão do contrato. A mim parece-me que já passaram dois anos, e segundo as novas regras não bastam dois anos de classificação negativa para se ir para a rua?
8 comentários:
Apesar de em Dezembro último ter sido galardoado pela prestigiada revista britânica Investments & Pensions Europe, que atribuiu o prémio de melhor fundo de pensões português em 2006 aos Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) (ler em http://tinyurl.com/yslk4e) eis que é conhecida mais outro negócio….
Então, enquadrado na boa gestão dos dinheiros públicos, é entregá-lo a quem teve pior desempenho?!!?
É isto que revolta: menospreza a excelência de um trabalho que mostrou ser o melhor no seu campo. A isso chama-se falta de rigir, falta de citério, falta de seriedade e honestidade.
Só me resta juntar a minha voz à indignação expressa e verberar contra mais esta ofensiva, que visa a delapidação dos fundos públicos, ainda por cima, tendo em conta o que "explícito", tão bem descreve e confirma, com provas.
Que a revolta se estenda e que saibamos dar a respota conveniente, a este governo, não digo autista, como outros o fizeram mas, chupista no sentido em que, do chupa-chupa, só nos deixa o pau, portanto só nos resta, dar-lhes, com ele.
Tal e qual.
Temos recursos que não se utilizam e vamos oferecer ao privado aquilo que é nosso!!!
Também conheço o filme que contas: oferecer-se ao privado uma coisa que enquanto foi do Estado não se recuperou e depois recupera-se antes de o alienar...
Não sabia da notícia, nem conheço as condições de eventual contrato, mas creio que o post e os comentários dizem tudo ( explicito, então...).
A comparação com a fp ( já nem sei como se deve ler...)não é correcta,pois nesta ainda há a garantia(!?)de "processo disciplinar".Temos de arranjar um para o governo, a doer
Boa, FJ. A verdade é que esses senhores quando saiem ate vão com essa treta dos «subsídios de
reintegração» ou lá o que é.
Como os treinadores, não é? Até preferem ser despedidos. Aqui tinha de ser a doer como dizes.
Não entendo.
Se são reservas públicas, vamos gastá-los...?!!! E com privados? Alguma coisa não bate certo.
Eu dantes julgava que se passava, ou alienava ou lá como se diz, certos serviços por estarem a dar prejuízo, mas já me explicaram que não. Se dão prejuízo é claro que os privados também os não querem. O que se tem passado são os que dão lucro. Estranho, não? Tal como aqui pergunta o 'explícito' «enquadrado na boa gestão dos dinheiros públicos, é entregá-lo a quem teve pior desempenho?!!?». Qual é a ideia?
Não percebo nada disto, mas isto não é parecido com o que o Bagão fez ao transferir os fundos de pensões para a CGA de modo a mascarar o défice??
Hoje li num jornal algo que disse neste blog há algum tempo: qual é a diferença entre Sócrates e Santana Lopes? Apenas o marketing e cobertura jornalística...
Roubei-te uma frase...a minha preferida!
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