quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Aconselhamento

Houve acordo e a lei está a ser finalizada mas acredito que corre, e ainda vai correr, muita tinta. No fundamentalismo dos dois lados vai haver quem levante logo prós e contras. Parece-me bastante sensato que os médicos objectores de consciência sejam impedidos de participar na consulta ou no acompanhamento à grávida por motivos óbvios. De resto «a possibilidade da mulher ser acompanhada, a nível psicológico ou social» integrado na figura de "disponibilidade de acompanhamento" parece-me boa a natural. Mal comparado, no caso de divórcio também é obrigatório uma reunião de «conciliação» com a intenção evitar actos irreflectidos. E é este aconselhamento e ajuda que podem fazer toda a diferença no futuro destas mulheres e no precaver que possam voltar a acontecer situações tão traumáticas como a que estão a viver.

4 comentários:

snowgaze disse...

A "conciliação" em caso de divórcio limita-se a que se pergunte ao marido e à mulher se realmente se querem divorciar. Uma perguntinha apenas, mais nada, não é propriamente uma tentativa de conciliação...

Anónimo disse...

Bom, Snowgaze, se calhar depende da pessoa que faz a «perguntinha». Acredito que a personalidade do juiz entre muito para caracterizar essa questão. Eu tive uma longa conversa. Longa mesmo, até parecia que o senhor tinha o dia todo para ali estar. E sei de um juíz muito católico (famoso esse!) que actua ali para o Ribatejo, que enfia numa sala os 'divorciantes' e lhes faz uma lavagem ao cérebro completa! Várias pessoas me têm contado.

Anónimo disse...

As meninas fugiram ao tema!
Também penso que os fundamentalistas dos dois lados não vão ficar contentes mas parece-me uma medida sensata. Além de que, é óbvio, essa de que os tais médicos objectores de cosnciência não poderão ser isentos. É como o tal juíz (também já ouvi falar dele, é o terror do oeste :D)

cereja disse...

Tens razão King, as duas primeiras comentadoras fixaram só um aspecto - mas que tem a sua importância.
(de resto muita gente conhece «esse tal juíz) quanto ao aconselhamento faz-se em muitos países e não vejo nada contra nos termos em que aqui é falado. Assim como o segredo que deve ser respeitado.