Vamos aprendendo
Quase toda a gente (deve fazer parte da tal ‘natureza humana’) acha graça quando vê um poderoso ser apanhado numa «rede de arrasto». Eu cá se fosse importante, e me acontecesse algum azar, tratava era de pagar os estragos e desaparecer o mais discretamente que me fosse possível. Imagino eu que assim se notaria menos o erro. Mas é vulgar ver o contrário, espernear-se muito, puxar dos galões, e evidentemente que assim mais pessoas vão ficando a saber…
Este é um fait-divers pequenininho, sem o menor interesse, mas gostei dadefesa argumentação do acusado.
Um senhor é apanhado pela Brigada de Trânsito a conduzir com 1,28 de alcoolémia, valor que noutro teste efectuado para confirmar ainda subiu para 1,60 ( 1,20 já é crime). Isto é banal. (está sempre a acontecer..)
Este é um fait-divers pequenininho, sem o menor interesse, mas gostei da
Um senhor é apanhado pela Brigada de Trânsito a conduzir com 1,28 de alcoolémia, valor que noutro teste efectuado para confirmar ainda subiu para 1,60 ( 1,20 já é crime). Isto é banal. (está sempre a acontecer..)
Só que aqui o camarada de grão na asa, de idade respeitável porque já era jubilado, era juiz-conselheiro e a coisa foi subindo até ao Supremo, imagine-se! Como os lord em Inglaterra que são julgados pelos seus pares…
Mas o que penso que pode servir para muita gente nas suas condições, são as suas desculpas: Explica que
1) «não é verdade "que tivesse ingerido prévia e voluntariamente bebidas alcoólicas em excesso" porque só acompanhou a refeição "com meia garrafa de vinho" e um digestivo. Mas (e aqui está!)
2) "também tomou comprimidos para a dor de cabeça" que inflacionou a taxa de alcoolemia
3) Claro que «se tivesse consciência do grau de alcoolemia, não teria iniciado a condução», e
4) em mais de 40 anos como encartado "nunca provocou qualquer acidente"
5) além de que a viagem que "ia fazer era apenas de seis quilómetros".
Booom... Vou hoje pagar uma multa por mau estacionamento para a qual tenho muito melhores justificações do que estas. Acham que recorra?
Mas o que penso que pode servir para muita gente nas suas condições, são as suas desculpas: Explica que
1) «não é verdade "que tivesse ingerido prévia e voluntariamente bebidas alcoólicas em excesso" porque só acompanhou a refeição "com meia garrafa de vinho" e um digestivo. Mas (e aqui está!)
2) "também tomou comprimidos para a dor de cabeça" que inflacionou a taxa de alcoolemia
3) Claro que «se tivesse consciência do grau de alcoolemia, não teria iniciado a condução», e
4) em mais de 40 anos como encartado "nunca provocou qualquer acidente"
5) além de que a viagem que "ia fazer era apenas de seis quilómetros".
Booom... Vou hoje pagar uma multa por mau estacionamento para a qual tenho muito melhores justificações do que estas. Acham que recorra?
5 comentários:
Bem visto e muito oportuno.
Teve piada, porque tudo aquilo está muito bem articulado e justificado. Só que... é o que dizem todos!
Eu também estacionei num local proibido, só que a placa estava caída... Mas como vou provar isso? Não tirei uma foto.
Mas dá sempre um certo gozo ver o senhor doutor excelentíssimo juiz no papel de réu! LOL
(tens de pagar? não podes esperar uma amnistia?)
Se alguma vez fosse apanhado numa situação destas gostava de ser julgado por este juiz!
Huuuummm... Olha que não sei, não... Com a toga vestida é como o Superhomem mudam de identidade.
Repara que aqui era acusado!
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