Natalidade em França
Uma notícia interessante:
A França, com uma média de duas crianças por mulher, está à cabeça da natalidade na Europa. Será por ser um país onde o aborto é condenado?
Surpresa!
Desde 1975, há 30 anos, quando Simone Weil era ministra da Saúde, que é legal abortar nesse país. Então… que milagre é este?
Bom talvez uma política de família inteligente. Talvez uma politica fiscal que beneficie a natalidade. Talvez o favorecimento do trabalho parcial. Talvez os apoios às mães que trabalham, as creches, as assistências ao domicílio, uma escola pública gratuita desde os 2 anos. Dizem-nos que o nascimento de um filho, mesmo nas famílias mais modestas é uma bênção porque lhes baixa os impostos e aumenta os subsídios. Talvez isso sim, isso ajude o aumento de natalidade.
A França, com uma média de duas crianças por mulher, está à cabeça da natalidade na Europa. Será por ser um país onde o aborto é condenado?
Surpresa!
Desde 1975, há 30 anos, quando Simone Weil era ministra da Saúde, que é legal abortar nesse país. Então… que milagre é este?
Bom talvez uma política de família inteligente. Talvez uma politica fiscal que beneficie a natalidade. Talvez o favorecimento do trabalho parcial. Talvez os apoios às mães que trabalham, as creches, as assistências ao domicílio, uma escola pública gratuita desde os 2 anos. Dizem-nos que o nascimento de um filho, mesmo nas famílias mais modestas é uma bênção porque lhes baixa os impostos e aumenta os subsídios. Talvez isso sim, isso ajude o aumento de natalidade.
12 comentários:
Assim é que eu gosto das «campanhas pelo sim»!
BOA MALHA, Emiéle!
Mas é tão claro que despenalizando o aborto o Estado (SNS) fica na posse de todos os dados da sua ocorrência (coisa que actualmente não conhece com objectividade).
Só num quadro legal se pode seriamente orientar, aconselhar, intervir.
É por isso mesmo que, por principio não aconselhando o aborto a ninguém, sou pelo SIM neste referendo.
É que é mesmo uma questão de Saúde Pública - o Estado tem responsabilidades.
Palavras muito sensatas as da Méri.
Aliás está provado que para se poder ajudar verdadeiramente, temos de conhecer as pessoas. Até o aconselhamento de uma planeamento familiar como deve ser, noutro quadro, integrando a IVG num SNS tem outra amplitude!
De rsto, com aqui dás a entender, se o Estado se empenhar a sério a natalidade aumenta. Tem é de haver respostas adequadas e bons incentivos - não é só durante 9 meses de gestação que a criança precisa de ajuda, é para o resto da sua vida.
Bem visto.
Em lugar de se andar a decidir sobre o que uma mulher ou um casal deve ou não fazer da sua vida, devia era fazer-se uma correcta política social!
Logo se via a diferença...
Mas toda a gente sabe que os bebés vêm numa cegonha de Paris...É por isso que eles têm de ter uma alta taxa de natalidade :)
Acho que estás a baralhar as coisas - uns vêm na cegonha, e outros de Paris :))
(Os franceses então acham que nascem nas couves; é um povo muito hortícola!)
Também apreciei o comentário da Méri - é a posição justa e serena.
Gui e Raphael, as políticas de famía destes senhores estão à vista de todos. É tudo mesquinho, a ideia de que para além de um certo ordenado não se precisa de abono de família, por exemplo. Parece que a palavra de ordem é «tirar» mesmo que farisaicamente se pretenda que se tira de uns para aumentar os outros. Grande aumento!
Que interessante, não fazia a menor ideia.
Segui o teu link e tens toda a razão, mas por mim até achava que os franceses eram uns tipos que não ligavam especialmente aos miúdos. Aquilo que vi por lá indicava esse sentido.
Mas vê que diz «Il n'y pas non plus cette exigence perfectionniste imposée aux parents, qui caractérise le débat en Allemagne» e eu acrescentaria também cá ! Penso que muitos dos nossos pais exigem tanto para ser os pais perfeitos que depois não ‘dão para mais’ de um filho. E outro ponto curioso:
« Les femmes y sont toujours plus autonomes et engagées dans le travail. En outre, une majorité d'entre elles font leur bébé hors mariage»
Chapéu, madame la francaise !
O que é que isso tem a ver com o aborto?
Esse tema dá pano para mangas!
Até a Emiéle responder, porque penso que a pergunta é para ela, eu digo o que penso: era uma ironia, Papoila. Se ouvires bem quem quer votar Não sobre a despenalização, ouves um argumento que diz que com essa lei vão «aumentar os abortos e diminuir a natalidade». Eu oiço. E pelos vistos a Emiéle também uma vez que vem dizer que uma coisa não tem nada a ver com a outra, porque um país onde a lei vigora há 30 anos está agora com esta taxa elevada.
Bom, eu 3 horas e tal depois da Gui, afinal não digo mais do que aquilo que ela disse. O certo é que a minha ideia era chamar a atenção para o facto de que a despenalização do aborto, em si, não tem nada a ver com a quebra da natalidade como se diz para aí. Já vi até cartazes.
Pois dá, Quintanilha! Podemos pegar-lhe por vários lados, penso eu.
Se importares africanos verás a tua taxa da natalidade aumentar.
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