sábado, janeiro 27, 2007

Em Lisboa

Cenas de Lisboa...
Ontem ao fim da tarde, descia a Av. Da Liberdade quando comecei a sentir um cheiro bem desagradável e inconfundível. Bolas! , pensei, o que raio fui pisar!? (escuso de bater na tecla de que as ruas da nossa capital não são o modelo do asseio que desejaríamos). Levantei a perna direita para inspeccionar a sola do sapato, estava limpa. Devia ser o esquerdo. Lá levantei o esquerdo, olho com atenção, mas ... nada! Que raio...?! Encosto-me a uma parede para poder levantar melhor cada pé e retomo a inspecção com mais atenção. Nada! Desisto, depois de por precaução ter ainda esfregado as solas no chão.
Uns metros a seguir encontro um casal a proceder à mesma operação: ele segurava-a a ela para verem as solas e depois era ela que o apoiava para o mesmo exame. Estranhei. Ando mais uns minutos e encontro um rapaz na mesma ginástica. Aí já me comecei a rir...! Im-po-ssí-vel! Uma coisa era uma coincidência, outra aquela epidemia.
Começo a olhar então de um modo mais abrangente, e reparo que ao longo do passeio corre um canteiro de flores com um ar de ter sido remexido muito recentemente.
Bingo! Ninguém tinha pisado nenhuma porcaria, era simplesmente o ‘perfume’ do estrume que nos entrava pelos nariz acima de um modo enganador.
Citadinos, é o que nós somos. Acredito que numa aldeia se identificasse logo à primeira o que é que se estava a cheirar. Mas nós...

5 comentários:

Anónimo disse...

Neste caso concreto, acho que o facto de se ser citadino ou não, tem pouca importância. O problema está na qualidade do estrume, das suas origens e da forma como é feito. Normalmente proveem de centrais de recolha de lixos e não passam pelas maturações que aos estrumes campestres, são proporcionadas, daí os ceiros intensos e nauseabundos. É deveras desagradável.

Anónimo disse...

Eheheheheh!!!
Qe cheirete, estou a imaginar.
E o cómico é toda a gente com a mesma ideia.
:)))

cereja disse...

Foi isso que me deu vontade de rir e chegou para entender o que estava a passar. Ver tanta gente a pé cochinho... ihihihihi!

contradicoes disse...

Acredito que deve ter sido interessante assistir a tal cena. Concordo com a opinião do 1º. comentador. Se o jardim tivesse sido
estrumado com estrume campestre já nenhum dos que pensaram ter pisado bosta canina, teriam tido tal sensação.

cereja disse...

OK. Eu de estrumes entendo pouco a não ser identificar quando encontro o dito «odor». Foi o que aconteceu.
:D