Adeus, Fiama
Fui apanhada de surpresa com a notícia do desaparecimento de Fiama.
Sabia que não estava bem, sabia que era uma pessoa frágil, parecia que um sopro mais forte a levava. Mas a imagem que tinha era de alguém com tanta força interior, que me parecia que isso chegava.
Têm sido tantas as perdas dos últimos anos, que por vezes penso que começo a estar habituada. Mas não consigo, estes tempos tem sido demais, o vento é muito forte e arranca da árvores folhas que não estão secas, têm seiva, têm vida, deviam resistir mais.
Sinto um grande desgosto.
Sabia que não estava bem, sabia que era uma pessoa frágil, parecia que um sopro mais forte a levava. Mas a imagem que tinha era de alguém com tanta força interior, que me parecia que isso chegava.
Têm sido tantas as perdas dos últimos anos, que por vezes penso que começo a estar habituada. Mas não consigo, estes tempos tem sido demais, o vento é muito forte e arranca da árvores folhas que não estão secas, têm seiva, têm vida, deviam resistir mais.
Sinto um grande desgosto.
Daquela geração começam a faltar tantos…
De «Em Cada Pedra um voo imóvel» em 1957, até «As Fábulas» em 2002, quis tirar um poema para deixar aqui, e estou completamente baralhada.
Talvez deixe um exemplo de como se podia ser combativo e forte usando palavras de poesia:
Lisboa tem Barcas Novas
De «Em Cada Pedra um voo imóvel» em 1957, até «As Fábulas» em 2002, quis tirar um poema para deixar aqui, e estou completamente baralhada.
Talvez deixe um exemplo de como se podia ser combativo e forte usando palavras de poesia:
Lisboa tem Barcas Novas
6 comentários:
É curioso, foste buscar uma foto dela em nova e afinal é tal e qual a mesma pessoa que vi noutras fotos actuais. Parece um trabalho de photoshop.
Vejo que a conheces melhor do que eu, o nome dizia-me pouco.
Vou ver se leio mais umas coisas.
Hoje é capaz de não ser tão conhecida.
Fez também teatro, escreveu teatro e em jovem representou. Foi uma mulher notável, Raphael.
É sempre triste ver partir alguem, que ainda uma unica vez, nos tenha tocado a alma , e ela escrevia poesia de muito facil entendimento.Que esteja bem, seja onde for
Confesso a minha ignorãncia: nunca tinha ouvido falar deste poetisa...
Cheguei agora e não pude deixar de dizer aqui, a tristeza que me vai na alma por ver partir, mais uma dos "melhores de nós", ainda a tempo de nos dar muito de si.
Também deixei, na sesta, uma referência, pois a solidariedade tem que ser construída, passo a passo.
Saltapocinhas, pode ter a ver com uma questão de geração, o Raphael também não a conhecia.
Zé, ontem fiquei muito chocada e só escrevi estas duas coisitas. À noite tive um jantar tipo «jantar de curso» que temos todos os anos a 21 de Janeiro e onde estava a Teresa a viúva do Rui Pereira que vi que conhecias. Contar os lugares que começam a ficar vazios, naquela mesa, faz-nos um nó na garganta...
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