TLEBS
Como não é assunto que eu domine, nem bem nem mal, não posso nem vou falar como entendida no assunto. Os especialistas e linguistas que o façam mas usem argumentos que todos possamos entender. Isto é mais um desabafo.
Claro que sei que existe um sentimento poderoso chamado «resistência à mudança». No meu caso não é dos mais fortes, mas também o tenho, reconheço-o. Quando estou habituada a qualquer coisa e vêm bulir com ela, levanto a sobrancelha com alguma desconfiança. E o certo é que desde pequenina que aprendi os rudimentos de gramática onde as palavras se classificavam como artigos, nomes, verbos, pronomes, particípios, advérbios, preposições e conjunções. Quer-me parecer que era isto… Mais tarde soube que esta classificação é antiquíssima, milenar, mas quando mo ensinaram não estavam a achar que essa antiguidade fosse uma coisa má. Os gregos e mais os romanos etc e tal, e a nossa língua era latina pelo que os romanos terem decidido alguma coisa sobre a sua língua não era assim visto como grande disparate. Bom, mas isso já lá vai.
Claro que aceito que a língua vai evoluindo e as terminologias também. E que será correcto que se actualize e aperfeiçoe certas classificações, tanto assim que a gramática que o meu filho aprendeu já era um pouco diferente da do meu tempo. Mas esta revolução da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário deixa-me completa e totalmente baralhada. Porque fico com a sensação amarga e desagradável de que não sei gramática, e pior do que isso, já creio que não a venho a aprender!
Começo a pensar que é demasiada areia para a minha camioneta saber como aprendi agora que ao analisar A cobra [é bonita] venho a saber que "cobra" que era um substantivo comum, feminino do singular; muda para nome comum, concreto, contável, não humano, animado, epiceno do singular.
Vou ter muito que aprender. E os jovens que preferem o inglês pela facilidade da sua gramática, vão dar pulos com esta novidade.
Já agora, vão até à Saltapocinhas e leiam a carta do Ruben de Carvalho. Vale a pena
Claro que sei que existe um sentimento poderoso chamado «resistência à mudança». No meu caso não é dos mais fortes, mas também o tenho, reconheço-o. Quando estou habituada a qualquer coisa e vêm bulir com ela, levanto a sobrancelha com alguma desconfiança. E o certo é que desde pequenina que aprendi os rudimentos de gramática onde as palavras se classificavam como artigos, nomes, verbos, pronomes, particípios, advérbios, preposições e conjunções. Quer-me parecer que era isto… Mais tarde soube que esta classificação é antiquíssima, milenar, mas quando mo ensinaram não estavam a achar que essa antiguidade fosse uma coisa má. Os gregos e mais os romanos etc e tal, e a nossa língua era latina pelo que os romanos terem decidido alguma coisa sobre a sua língua não era assim visto como grande disparate. Bom, mas isso já lá vai.
Claro que aceito que a língua vai evoluindo e as terminologias também. E que será correcto que se actualize e aperfeiçoe certas classificações, tanto assim que a gramática que o meu filho aprendeu já era um pouco diferente da do meu tempo. Mas esta revolução da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário deixa-me completa e totalmente baralhada. Porque fico com a sensação amarga e desagradável de que não sei gramática, e pior do que isso, já creio que não a venho a aprender!
Começo a pensar que é demasiada areia para a minha camioneta saber como aprendi agora que ao analisar A cobra [é bonita] venho a saber que "cobra" que era um substantivo comum, feminino do singular; muda para nome comum, concreto, contável, não humano, animado, epiceno do singular.
Vou ter muito que aprender. E os jovens que preferem o inglês pela facilidade da sua gramática, vão dar pulos com esta novidade.
Já agora, vão até à Saltapocinhas e leiam a carta do Ruben de Carvalho. Vale a pena
6 comentários:
Ressalta bem na "análise" da frase " a cobra é" que ao caracter classificativo do antigamente se junta uma intensidade descritiva que muda muita coisa, e que deve reflectir-se na aprendisagem. Mas tudo oque o populu diz sobre areia e camionetas tambem sinto, o melhor é procurarmos um sábio e só opinar depois de ele ouvido ( e compreendido, até sobre o plano de uma análise custos/benifícios na eficácia, pensando nos que ficarão pela escolaridade obrigatória) fj
Olha eu tenho uma professora de português em casa que todos os dias à noite depois de jantar e de preparar as aulas do dia seguinte senta-se à lareira a ler as novas regras, para as ensinar tem de as aprender primeiro, mas se queres que te diga eu acho que é muita alteração de uma vez só...
A minha visitante/comentadora Méri, enviou-me 3 textos curiosos, apresentado as possíveis posições perante este problema. Como não dá para fazer links para lá, e na blogspot não creio haver o sistema da «entrada alargada» não os posso partihar convosco. Mas não há dúvida de que este tema é complexo e há argumentos de todos os lados...
De qualquer modo, parece-me ser de todo o bom-senso andar-se devagarinho nesta área.
Não vou comentar o que escreveste, como diz o migel s., "estou feito".
Por essas e por outras é que me decidi pelos Açores, aqui é outra coisa e depois há, O MAR.
Já cá estou, finalmente a poeira vai acentar, o stress, desaparecer e o recomeço de uma nova etapa, na minha vida. Entretanto, ainda irei passar o Natal com a família, coisa que os novos programas, ainda não mudaram, e se mudarem, para mim, dá igual, faço o que me apetece e não passo cartão a essa gente.
Emiéle, eram grandes as Saudades!
Tudo continua como era.
A excepção é meramente físico/geográfica. No que concerne ao tempo meteorológico, para quem saíu do Alentejo, aqui, é o paraíso
O complicado entender é que tão depressa parece estarmos a falar de um projecto que está em discussão entre os eruditos, e que como está numa fase de estudo pode vir a ser alterado, como depois se passa ao extremo de ser algo que muito brevemente será ensinado a um grupo etário que vai dos 5/6 anos até aos 17/18.
Haja dó!
É que é muito diferente ensinar a uma criança pequena que existem «adjectivos relacionais, adjectivos de possibilidade, nomes agentivos, nomes colectivos, nomes de acção, nomes de qualidade, verbos causativos, verbos incoativo/inceptivos» ou por exemplo uma palavra pode ser «modificador nominal do nome apositivo, modificador adjectival do nome apositivo, modificador preposicional do nome apositivo», e explicar isso mesmo a um jovem de 15 ou 16 anos.
Ora tal não se vislumbra, a quem é destinado este saber. Será aos professores?
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