A Justiça
Mais uma vez me ponho para aqui a falar do que não sei.
Mas a verdade é que não vejo porque não o hei-de fazer. Tal como o Farpas tem lá no cabeçalho do seu blog penso eu «posso falar? posso falar? nem que não pudesse!!» e apetece-me partilhar aqui as minhas dúvidas sobre a nossa Justiça.
Também vai mal. Tal como a Educação e a Saúde, aqui é uma outra área onde nem se vê porque ponta se pode pegar!
A verdade é que mesmo uma leiga consegue ver que se há caso onde a quantidade vai implicar qualidade é este!!! Os processos são tantos e muitos deles tão gigantescos, que o resultado é auto-anularem-se… Quer quanto ao que se refere aos pequenos mas são aos milhares, quer quanto aos tais mastodônticos, caem todos na anti-justiça que é a prescrição. É claro que faz sentido que, para além de um certo tempo, certos crimes percam a importância e o sentido. Contudo, com o emperrar desta máquina tão leeeenta, tão leeeenta, daqui a pouco começamos a pensar que nem vale a pena organizarem-se processos nenhuns, o melhor é esperar até prescreverem!
Em pouco tempo dois casos deram que falar. Um deles foi Camarate. De 1980 até hoje passou-se um quarto de século. Acredito que as pistas estejam muito frias, que vários implicados tenham morrido entretanto, mas a verdade é que este processo incomodava gente com poder ou não podia ter ficado assim. E o certo é que a suspeita é o pior que pode acontecer até porque atinge gente inocente, que não o merecerá. Porque é que só depois do prazo de prescrição aparecem indícios novos? Bem sei que as leis são para cumprir mas há casos e casos, e este sai completamente fora do normal.
Outro caso é o deste famigerado «apito doirado».
Quanto mais se sabe maior é o espanto. E é tão, tão, tão mega-processo, que dá para pensar se não seria melhor subdividi-lo e criar uns 10 processos mais maneirinhos. Eu sou tão distraída quem nem sabia quem era a Sra. D. Carolina Salgado até ter visto o Gato Fedorento deste domingo! Em relação à vida privada de Pinto da Costa tinha ficado no tempo de uma senhora que se chamava Filomena, salvo erro. Mas depois de ouvir o Gato Fedorento comecei a informar-me e, ou esta senhora é completamente louca, (o que pode bem ser!) ou as afirmações que produz são de investigar a fundo pois revelam crimes muito graves de que se falava apenas entre dentes. Chega de silêncios. Não me posso esquecer do estranho afastamento das pessoas de PJ do Porto que começaram por investigar o caso e foram transferidas contra sua vontade…
Como é? Afinal vivemos na Sicília e quem manda é a máfia?
Mas a verdade é que não vejo porque não o hei-de fazer. Tal como o Farpas tem lá no cabeçalho do seu blog penso eu «posso falar? posso falar? nem que não pudesse!!» e apetece-me partilhar aqui as minhas dúvidas sobre a nossa Justiça.
Também vai mal. Tal como a Educação e a Saúde, aqui é uma outra área onde nem se vê porque ponta se pode pegar!
A verdade é que mesmo uma leiga consegue ver que se há caso onde a quantidade vai implicar qualidade é este!!! Os processos são tantos e muitos deles tão gigantescos, que o resultado é auto-anularem-se… Quer quanto ao que se refere aos pequenos mas são aos milhares, quer quanto aos tais mastodônticos, caem todos na anti-justiça que é a prescrição. É claro que faz sentido que, para além de um certo tempo, certos crimes percam a importância e o sentido. Contudo, com o emperrar desta máquina tão leeeenta, tão leeeenta, daqui a pouco começamos a pensar que nem vale a pena organizarem-se processos nenhuns, o melhor é esperar até prescreverem!
Em pouco tempo dois casos deram que falar. Um deles foi Camarate. De 1980 até hoje passou-se um quarto de século. Acredito que as pistas estejam muito frias, que vários implicados tenham morrido entretanto, mas a verdade é que este processo incomodava gente com poder ou não podia ter ficado assim. E o certo é que a suspeita é o pior que pode acontecer até porque atinge gente inocente, que não o merecerá. Porque é que só depois do prazo de prescrição aparecem indícios novos? Bem sei que as leis são para cumprir mas há casos e casos, e este sai completamente fora do normal.
Outro caso é o deste famigerado «apito doirado».
Quanto mais se sabe maior é o espanto. E é tão, tão, tão mega-processo, que dá para pensar se não seria melhor subdividi-lo e criar uns 10 processos mais maneirinhos. Eu sou tão distraída quem nem sabia quem era a Sra. D. Carolina Salgado até ter visto o Gato Fedorento deste domingo! Em relação à vida privada de Pinto da Costa tinha ficado no tempo de uma senhora que se chamava Filomena, salvo erro. Mas depois de ouvir o Gato Fedorento comecei a informar-me e, ou esta senhora é completamente louca, (o que pode bem ser!) ou as afirmações que produz são de investigar a fundo pois revelam crimes muito graves de que se falava apenas entre dentes. Chega de silêncios. Não me posso esquecer do estranho afastamento das pessoas de PJ do Porto que começaram por investigar o caso e foram transferidas contra sua vontade…
Como é? Afinal vivemos na Sicília e quem manda é a máfia?
7 comentários:
Não, não vivemos na Sicília, mas...
Lá que há máfias, não tenhas a mais leve dúvida, Emiéle. Quando há muito dinheiro, e poucos escrúpulos!
ó avozinha não te metas nisso...
Muito bem lembrado o afastamento dos PJs. do POrto. E se não erro, um até foi para Cabo Verde...fj
PS: não é realmente Sicilia, mas as aproximações são maiores do que parecem.
(não entendi este comentário do anónimo, mas devem ser coisas lá dele...)
Essa coisa da prescrição, faz sentido em muitos casos. Realmente, há muitas coisas que anos depois perderam o sentido, quer os queixosos quer os acusados já deram rumo à sua vida, por vezes já pagaram indirectamente pelo que fizeram, uma pessoa pode lembrar-se de fazer uma queixa sobre qualquer coisa passada há tanto tempo que não se pode provar, eu sei lá...
Mas quando o atraso é por culpa da própria Justiça, cá para mim, não devia existir prescrição. Porque, como aqui dizes, às tantas é um jogo. se os advogados forem habilidosos e conseguirem ir adiando os julgamentos, o crime... desaparece! é um absurdo!!!!
Ups! Quando disse que não percebi o que queria o anónimo dizer era o verdadeiro anónimo, não o fj, porque esse não é bem anónimo, deixou uma identificação. Além dde que o que ele disse percebe-se bem :)
Aliás percebe-se tão bem, que eu concordo. Foi para Cabo Verde, acho que sim!
Não sabia que o meu netinho já sabia ler…! Como o tempo passa. Ainda ontem nasceu e hoje já me dá conselhos tão carinhosos. Mais umas aulinhas e aprende a escrever o nome e tudo.
É um amorzinho, não é?
O somatório de casos é de tal forma, que me envergonho de ser participante, enquanto cidadão pagante, deste inferno em que nos querem fazer viver.
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