Nem de propósito
Anteontem, escrevi aqui a minha opinião sobre a questão do fumo . E dizia, mais ou menos, que é sobretudo uma questão de educação e respeito mútuo.
Ontem fomos jantar fora. Ando cansada, não me apeteceu fazer jantar, era véspera de feriado, enfim várias condições para se justificar essa opção.
À entrada do restaurante, a menina que nos atendeu perguntou se era para zona de fumadores ou não fumadores. Não fumadores! dissemos logo. Ela fez uma pequena pausa, olhou embaraçada para nós e acrescentou:
- Isto está muito cheio, só há ali uma mesinha… O que está vazia é aqui a secção de fumadores!
Olhámos uns para os outros e decidiu-se:
-‘Bóra aí! Vamos ocupar a secção de fumadores. Logo se vê!
E o interessante é que jantámos calmamente, entretanto chegou mais gente que se foi sentando nessa secção, mas ninguém fumou. Deviam ser uns okupas como nós.
Das duas uma – ou começa a haver muitíssimos mais não-fumadores do que dos outros e nem se justifica os restaurantes terem essas secções, ou estes andam muito mais sensatos e não acendem os cigarros em zonas fechadas mesmo que estejam autorizados.
O balanço é que foi positivo e fiquei satisfeita.
Andamos muito mais civilizados, e isso é bom.
Ontem fomos jantar fora. Ando cansada, não me apeteceu fazer jantar, era véspera de feriado, enfim várias condições para se justificar essa opção.
À entrada do restaurante, a menina que nos atendeu perguntou se era para zona de fumadores ou não fumadores. Não fumadores! dissemos logo. Ela fez uma pequena pausa, olhou embaraçada para nós e acrescentou:
- Isto está muito cheio, só há ali uma mesinha… O que está vazia é aqui a secção de fumadores!
Olhámos uns para os outros e decidiu-se:
-‘Bóra aí! Vamos ocupar a secção de fumadores. Logo se vê!
E o interessante é que jantámos calmamente, entretanto chegou mais gente que se foi sentando nessa secção, mas ninguém fumou. Deviam ser uns okupas como nós.
Das duas uma – ou começa a haver muitíssimos mais não-fumadores do que dos outros e nem se justifica os restaurantes terem essas secções, ou estes andam muito mais sensatos e não acendem os cigarros em zonas fechadas mesmo que estejam autorizados.
O balanço é que foi positivo e fiquei satisfeita.
Andamos muito mais civilizados, e isso é bom.
14 comentários:
Que estranho. Quase duas da tarde e a nossa Joaninha ainda aqui não poisou...? Ela vem sempre antes de mim!
Olha Emiéle, a história tem graça e já tenho visto isso noutros sítios, as zonas destinadas a fumadores estarem às moscas. Mas não generalises. São casos pontuais, a maioria não é bem assim...
Eu tenho dois grandes amigos que são muito... muitíssimo fumadores, mas têm uma certa preocupação nos locais onde fumam... por exemplo não fumam em restaurantes, saem para vir fumar... acho que as pessoas estão cada vez mais a ganhar uma espécie de respeito, pois sabem que têm o direito de fumar, mas as outras pessoas também têm o direito de não fumar.
Olá Farpas e Raphael! (bom, Raphael a Joaninha também não tem nenhum acordo comigo... não lhe pago à percentagem por cada comentário... lol)
Olhem amigos, realmente não quero generalizar, mas penso que aquilo foi sintomático. Como dizes, Farpas, acredito que as pessoas andam a aceitar cada vez mais os direitos de quem não gosta de fumar, o que é excelente.
Claro que estamos ainda longe do que seria o ideal...
Oooooh...
Tinha deixado a «resposta ao comentário» aqui em cima escrita e fui almoçar. Agora cliquei para entrar e quando fui reler o que tinha dito, reparo que entretanto apareceu o Miguel!!!
Quanto aos voos internacionais, creio que a pior experiência da minha vida, foi uma vez em que vim de Macau para cá, (praticamente 24 horas de voo com as paragens) com uma amiga fumadora. E eu (burra!!!!!!) imaginei que não faria mal vir com ela na zona de fumadores. Foi um pesadelo, porque aquela gente, até com o receio do voo ou lá o que era, acendiam uns cigarros atrás dos outros! Não se conseguia respirar.
E outra coisa: dantes fumava-se nos cinemas. Aos anos que tal não se faz, e a verdade é que não vês um fumador deixar de ir ao cinema só porque durante duas horas não pode acender um cigarro. Estas coisas vão devagar, mas vão!
Insisto na soluºão baseada na sharia. Pelo menos uns para exemplo, assim ganhavam medo.fj
Tal como o Farpas, tenho vários amigos fumadores que têm um certo cuidado onde fumam, e quando estamos juntos num jantar, perguntam sempre se incomodam se fumarem... contudo tenho outros que entra pela casa dos meus pais a fumar, sem perguntarem alguma coisa, quando ninguem fuma lá em casa! Mas penso que as pessoas começam a pensar nos outros, pelo menos quero acreditar que sim!
Beijos
És terrível FJ! Mau comás cobras!
E olha que, como estamos aqui a ver, água mole em pedra dura... :D
Miguel, claro que não te respondi por não ter visto, então ia discriminar-te??? E já fui ao SD e vi a novidade. Parabéns, rapaz!!!
Quanto à Fatwa é para a malta da SOCA, pelo que vi, cá eu porto-me bem...
(há séculos, creio que no 1º mês de publicação, também integrei aquele colectivo; mas depois de uns 3 postezitos fugi, não tenho aquela pedalada!)
Olá Rita!
(tá visto que hoje só vejo os comentários fóra de horas)
Esse aspecto de se ir a casa de alguém, puxar do cigarro sem um mínimo de conversa sobre se incomoda ou não, já entra no campo da educação.
Mas tal como vocês todos, tenho amigos fumadores mas... educados. Contudo há uma amiga a quem tenho de dizer que não me fume no carro, porque aí é que detesto - o cheiro nunca mais sai!
Sou fumador e venho quebrar a unanimidade dos comentários anteriores.
Ser fumador é visto socialmente como um grande atentado ao politicamente correcto, como se fosse uma acção de marginais e já cansa esse moralismo que pretende determinar como é que todos devem agir.
Não fumo nos locais onde tal é proíbido mas com a lista de proibições a aumentar não sei se irei continuar a cumprir.
Gostaria de lançar uma pergunta, quais são os locais onde se deve poder fumar?
Pedro, por mim, desde que não me atires o teu fumo para cima podes fumar onde quiseres. Acho que em instituições públicas deveria ser completamente proibido, em cafés e restaurantes não tenho nenhuma oposição, só vai quem quer, embora aches que as pessoas que não fumam também devem ter direito a esses espaços, coisa que não acontece agora, por isso se a solução for equilibrar as coisas criando espaços de lazer onde não se pode fumar, acho muito bem, porque no fundo só se iria impor aos fumadores aquilo que é imposto aos não fumadores desde que se inventou o tabaco.
"embora ache" e não "aches" ;p
Pedro, quase todos aqui dissemos que temos amigos fumadores, portanto é porque somos capazes de conviver com o fumo... Não sou fundamentalista.
Contudo tenho a convicção que um fumador não consegue entender que o fumo e até o seu cheiro possa ser desagradável. Pois se para ele é uma coisa tão boa!
Ora para além dos malefícios que o fumador passivo sofre (e não é invenção, isso é científico) o ver-se «como um grande atentado ao politicamente correcto», não será porque é realmente... incorrecto?
Se eu fosse radical responderia à pergunta: «ao lar livre, ou na sua própria casa». Contudo, digo «em todos os sítios onde não é proibido»
Farpas: concordo contigo quanto
às instituições públicas e quanto a café e restaurante tb, deveria haver onde se pudesse e não pudesse fumar, e principalmente com informação bem visível.
Emiéle: já leio os teus blogues à tempo sufeciente para não ter dúvidas em afirmar que não és fundamentalista.eu também convivo com muitos não fumadores - a maior parte - e tenho-o conseguido fazer.
O meu comentário foi um protesto porque em relação aos fumo é usado um critério julgo que único. imagina só se as garrafas de vinho tivessem quase metade da sua superfície a descrever os malefícos sociais que o álcool provoca em Portugal; imagina um carro com metade da sua superfície a dizer a qt de CO2 e CO e PB que liberta por cada 100 Km, etc etc.
e não esquecer que o fumo também incomoda os fumadores. fumar não é saudável, começa por ser uma opção e transforma-se num vício.
Aí, estou completamente de acordo, Pedro. E se falar no alcool é coisinha que não fazia nada mal as pessoas preocuparem-se... Não direi com o vinho talvez, mas as bebidas mais fortes que se anda a consumir cada vez mais novo! Aí está um exemplo do estrangeiro que não é nada de seguir.
(só uma nota - como nunca deixas aqui comentários, não fazia ideia de que tinhas continuado a acompanhar estas minhas notas sobre tudo e sobre nada, que me divirto a escrever...)
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