quarta-feira, dezembro 06, 2006

As notícias on line

Comprar um jornal é também um hábito.
No tempo das «vacas gordas» comprávamos vários jornais, pelo menos um de manhã e outro à tarde. Isto, apesar de muitas vezes mal se ter tempo para o desfolhar e ler os títulos. Mas, enfim, era um costume, e o jornal era proporcionalmente barato.
Os tempos têm mudado, fazem-se mais contas à vida, e pensamos que multiplicando por 30 o preço que se paga pelo jornal diário a quantia já faz diferença ao fim do mês, portanto muita gente só compra semanários e vai dando uma olhadela aos títulos dos jornais diários que se vêm nos quiosques.
Ou então, quem tiver um pouco mais de tempo, dá essa olhadela através da net, aos jornais on line. E aí temos muitíssimos. Basta saber um pouco de inglês e francês para se ter acesso às notícias internacionais mais importantes.
Por cá, também podemos consultar quase todos, com algumas restrições naturais. O «Público» andou com esquisitices, e apesar de ter melhorado ainda levanta muitas barreiras à sua consulta on line, no que só perde, mas ele lá sabe o que faz.
O que me deixa bem admirada é a posição da LUSA.
Tanto quanto entendo, a Lusa é uma Agência Noticiosa. Ela não publica nada, vende notícias. Eu não posso «comprar» o jornal da Lusa, não é?
Então, porque carga de água, é que desde há uns tempos as notícias aparecem apenas com um parágrafo e quem quizer conhecer o resto tem de ter assinatura? Por exemplo, eu fico a saber que
o sistema de ensino em Portugal discrimina os alunos mas o resto da notícia é de acesso reservado.
Para proteger o quê? Será pressão dos jornais que lhe compram as notícias? Com sinceridade não entendo o que se ganha com isso e, pelo contrário, penso que há quem venha a perder: os leitores perdem a informação, a agência perde publicidade, os jornais perdem leitores que poderiam ir procurar o que é que os seus articulistas opinariam sobre o caso.
Devo ser de vistas curtas, mas não entendo qual a vantagem desta medida antipática.

2 comentários:

Anónimo disse...

Imagino que isto te irrite mais a ti do que a nós... Para ser franca nunca me lembrei de ir ver uma notícia à Lusa. Mas tu com este hábito de «rastreares» as notícias da manhã, calculo que fosses lá ver o que havia de essencial em portugal.
Com sinceridade não entendo a reserva que eles fazem. Segui o teu link, e... também fiquei frustrada! Ainda por cima sobre ensino. Que raio é que se vai apresentar hoje no ISCTE???

cereja disse...

Também fiquei curiosa, Joaninha...
Claro que tens razão, a mim irrita-me quando dou a minha voltinha pela manhã, ao passar pela Lusa que dantes era óptimo porque não tinha «palha» nenhuma e apanhava as notícias essenciais, agora fico a ver navios...