O fisco, essa hidra a que todos fogem
Nesta guerra surda bastante barulhenta por sinal, que se vem travando infelizmente entre diversos trabalhadores, segundo o tal conceito de «casa onde não há pão, todos ralham ninguém tem razão», uma dessas ‘guerras’ mais violentas tem sido contra os trabalhadores da Função Pública. E nessa tal guerra, onde os trabalhadores do privado, sem se darem conta de serem manipulados, se aliam com o patrão (governo) contra outros trabalhadores, há um telhado de vidro que nessas críticas é esquecido – as contribuições fiscais. Para a enorme maioria de um trabalhador no sector privado, é um dado adquirido e que nem se põe em causa, que o vencimento que vem na folha do contrato é apenas uma parte daquilo que na verdade vão ou costumam receber. Porque é essa parte que depois é sujeira a imposto, e isso agrada a todos – patrões e empregados.
O fisco decidiu agora implicar com as ajudas de custo. É verdade que isso não é um salário, é uma ajudinha. E deveria ser assim, tal como o subsídio de almoço. Mas o certo é que em muitos lados essas tais «ajudas de custo» fazem parte do que se ganha todos os meses Então porque é que não se aumenta o ordenado, de modo a cada um poder pagar o seu dia a dia? É claro que a resposta está nos impostos. Se se confirma que «as "ajudas de custo" e outras formas de remunerações como complemento de salários» existem tão enraizadas nas nossas empresas, como é que «a culpa» seria apenas do empregado que recebia e não do patrão que pagava? Pelos vistos parece que se vai bulir com isso para escândalo de alguns mas para a moralização do geral.
O fisco decidiu agora implicar com as ajudas de custo. É verdade que isso não é um salário, é uma ajudinha. E deveria ser assim, tal como o subsídio de almoço. Mas o certo é que em muitos lados essas tais «ajudas de custo» fazem parte do que se ganha todos os meses Então porque é que não se aumenta o ordenado, de modo a cada um poder pagar o seu dia a dia? É claro que a resposta está nos impostos. Se se confirma que «as "ajudas de custo" e outras formas de remunerações como complemento de salários» existem tão enraizadas nas nossas empresas, como é que «a culpa» seria apenas do empregado que recebia e não do patrão que pagava? Pelos vistos parece que se vai bulir com isso para escândalo de alguns mas para a moralização do geral.
3 comentários:
Acho que estás a tocar aqui num ponto muito sensível, Emiéle… Este post não vai ser bem recebido, mulher. É uma verdade, sem dúvida, mas que ninguém quer assumir. Tenho amigos espalhados por diversas empresas e serviços distintos (bancários, publicitários, PT, empresas privadíssimas, etc) e falam nesses ‘extras’ com a maior naturalidade, como sendo um dado adquirido que nem sequer vale a pena ser referido. Os envelopes do fim do ano, onde a dúvida é se o do colega X veio mais cheio do que o seu. Tenho amigos que compraram o sofá da sala, ou a máquina de lavar loiça, com esses extras que não são o 13º mês, é outra coisa. E isso escapa completamente ao controlo.
Afinal, Joaninha, a malta tem-se mantido calada... Devem estar a pebnsar.
;)
Não é porque estivesse a pensar, é porque ainda aqui não tinha vindo hoje! Só acho que o teu post é perigoso (tema delicado?) porque afinal pode alimentar a mesma guerra. Bem vistas as coisas o que estás a dizer é que a malta da F.P. não tem nada disso, o que recebe de facto é apenas o que vem no recibo e sobre o qual paga o imposto. E como isso é a pura das verdades, levantas a onda contra os «privados» que recebem esses envelopes no fim do ano.
Eu sei que é assim, na minha família há de tudo. Tenho gente que trabalha no «público» com o salário certo mas só aquele, nem mais um tostão, e outros que estão em empresas onde até trabalham mais mas recebem bem melhor.
Devíamos era nivelar por cima.
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